The desolation

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Taehyung estava finalmente se recuperando.

Kim Taehyung era um fotógrafo extremamente famoso de 22 anos.

Um alfa lúpus que, apesar de colocar medo em praticamente todos apenas com a sua presença, era um amor, era cuidadoso e carinhoso.

Mas lá estava ele, deixando um buquê de lírios brancos sob a lápide do único membro da sua família que se importava consigo. Sua tia ômega havia falecido devido à um câncer no estômago aos plenos 38 anos. Apesar de todo o dinheiro que a família inteira havia aplicado no tratamento, sua amada tia não resistiu, indo à óbito a aproximadamente um mês atrás.

Enquanto caminhava de volta para o seu carro, decidiu que queria ajudar a salvar a vida de, pelo menos, uma pessoa. Decidiu ir ao hospital de ômegas mais pobre da cidade.

Jungkook suspirou frustrado, fazendo um bico involuntário e inflando as bochechas pálidas. Nem o lápis conseguia mais levantar.

Jeon Jungkook era um ômega dócil de 18 anos. Tinha o sonho de fazer faculdade de fotografia, mas era um tanto quanto impossível.

Ele possui uma doença terminal, uma doença que era exclusiva de ômegas, principalmente nos dóceis, também extremamente rara. Não havia cura, bom, na verdade existia uma.

Quem tinha essa doença, tem problemas com os glóbulos brancos. Por alguma razão desconhecida, eles só começavam a defender o corpo quando o ômega estava marcado por um alfa.

A doença foi descoberta assim que o ômega nasceu, o que causou desespero para as duas ômegas, já que não tinha o que fazer.

Jeon Soohye acabou engravidando de um alfa, que se recusou a assumir o bebê. Mas sua vida não parou pela gravidez. Quando estava com três meses de gestação, saiu em um encontro com uma ômega chamada Lee Junghee, com o qual se estendeu para mais três encontros até o namoro começar. Ela assumiu o bebê, alegando que tinha sido pela inseminação artificial. Casaram-se dois meses após o nascimento de Jungkook.

A doença acatou mesmo aos 15 anos, após o primeiro cio do garoto, tendo que ir toda semana no médico para tentar resolver alguma coisa. Aos 17, ele passou a morar no hospital e as mães não tinham mais dinheiro para bancar qualquer tratamento que sabiam ser inútil.

O ômega estava condenado à morte. Jungkook não tinha força nenhuma para fazer as coisas que gostava de fazer. Apenas ficava naquela cama dura do hospital, sem fazer absolutamente nada.

Ao soltar o lápis, suspirando frustrado, se ajeitou na cama. Iria dormir, era a única coisa que conseguia fazer afinal.

-Boa tarde. - o alfa falou na recepção do hospital, já dando para perceber a carência financeira do local apenas pela entrada.

-Boa tarde, senhor. - a beta falou gentilmente - O senhor veio visitar algum parente? - perguntou estranhando um pouco, era notório a condição financeira elevada do alfa.

-Eu gostaria de saber se posso conhecer algum dos ômegas? - falou calmamente, vendo a mulher franzir o cenho desconfiada - Acompanhado de um enfermeiro, obviamente.

-E eu poderia saber o por quê? - perguntou de forma rude.

-Minha tia morreu recentemente. - falou fingindo descaso - E além da doação que eu fiz para esse hospital, queria poder tentar ajudar diretamente algum paciente - falou sério, encarando a mulher.

-Certo. - falou, ainda com receio se alivia ao ver uma enfermeira alfa passando por ali. - Lee! - chamou, a vendo se virar para si - Está ocupada?

-Não, por que? - perguntou confusa, não costumava conversar com a beta.

-Pode, por favor acompanhar esse senhor? Ele pretende ajudar v algum de nossos pacientes e gostaria de conhecê-los. - explicou brevemente.

-Claro. - a alfa sorriu - Me chamo Lee Chaehyun. - se apresentou - E o senhor?

-Kim Taehyung. - eles apertaram as mãos e começaram a andar pelo primeiro corredor que tinha - Pode me apresentar a algum ômega que eu possa mesmo ajudar? - pediu de forma doce.

-Claro. - Chaehyun concordou - Precisamos apenas parar no quarto de um ômega, sou a enfermeira dele e preciso ver se ele está bem. - o alfa apenas concordou com a cabeça.

Passaram por alguns quartos até chegarem em um com o número 357 gravado na porta.

Assim que a alfa abriu a porta do quarto, Taehyung pode enxergar o ômega deitado na cama, adormecido.

Os cabelos castanhos escuros, a pele extremamente pálida, o nariz levemente grande, mas bonito no rosto do garoto. A boca bem desenhada, com uma pintinha estrategicamente posicionada abaixo do lábio inferior.

Percebeu seu lobo se agitar dentro de si, uivando alto. Pelo reflexo do vidro da janela, que ficava atrás da cama, conseguiu ver as suas orbes roxas. A cor dos olhos de seu lobo eram vermelhas e não roxas.

-Com licença, quem é ele? - perguntou imediatamente para a enfermeira, sabendo que seus olhos já tinham voltado a ser castanhos.

-Jeon Jungkook, está morando aqui a um ano já. Mas não há dinheiro que possa o salvar, senhor Kim. Não há tratamento para o que ele tem. - falou com pesar, tratava do garoto desde os 15 anos dele.

-E o que é? - permitiu que sua curiosidade falasse por si, vendo a mulher sorrir.

-Uitiosam colit leukocytes, latim para leucócitos falhos. - falou triste olhando para o menor.

-Estudei sobre isso na escola. - o Kim falou.

-Eu sinto tanto por ele. Jungkook é um amor, gentil com todos e um garoto extremamente fofo. Mas segundo ele mesmo, está morrendo lentamente nessa cama. - suspirou pesado - Ele não tem mais força para segurar um lápis e ama desenhar. Não consegue andar, sendo que amava correr. Não consegue tirar nenhuma foto pelo peso e queria fazer faculdade de fotografia. - Taehyung se entristeceu pela frase da mais velha - Quando ele ainda conseguia andar, era comum o ver na área infanti, sempre conversando com as crianças, desde as com câncer, até as da ala de queimados. Sempre fez a alegria de todos.

-Mas então ele piorou, certo? - o lúpus deduziu.

-Ele continuava indo lá com a cadeira de rodas todos os dias. E então, quando percebeu não ter força para levantar uma câmera, ou para ir lá fora fotografar qualquer coisa, foi ali que ele parou de ir lá. - secou uma lágrima que escorreu, era triste pensar em como o garoto sempre sorridente tinha se tornado tão triste - Ele perdeu qualquer esperança. - concluiu.

-E.Eu posso esperar ele acordar? Gostaria de conversar com ele. - pediu baixo, encarando o ômega adormecido na cama com uma aparência nada confortável.

-Sim, claro. - a alfa concordou enquanto se recompunha - Pode ficar no sofá. - apontou para o sofá pequeno que tinha para visitas - Eu vou tomar um ar, qualquer coisa, aperte o botão. - apontou para o botão vermelho com a aparência velha.

-Tá. - o alfa concordou, se sentando no sofá duro, vendo a mulher sair.

Seu lobo havia escolhido um ômega desconhecido e em estado terminal, não podia estar menos do que assustado.

  Seu lobo havia escolhido um ômega desconhecido e em estado terminal, não podia estar menos do que assustado

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Me desculpem por qualquer erro

Beijos na bunda

@95_pmj no twitter

Até o próximo capítulo 

Purple Eyes (Taekook)Onde histórias criam vida. Descubra agora