Obsessão Proibida - Christopher Bang

A garota

Toda a família estava ansiosa para conhecer a garota, por mais que eu estivesse em casa não gostava da sensação de ter que conhecer alguém novo, ainda mais com a ignorância e idiotice de toda a minha família, a garota foi claramente obrigada a estar ali, tímida, ela esbanjava cabelos cacheados na altura dos ombros, vestia um vestido que realçava bem todas suas curvas, era visível o desconforto nos olhos castanhos médio, mesmo acanhada me comprimentou com um sorriso que viera acompanhado de uma covinha no canto direito da bochecha, local contrário de onde se encontrava sua pintinha no canto da boca, o que lhe deixava realmente atraente, por ter meu espaço invadido de repente não esperava visita, para cumprimentá-la apenas me levantei de minha cama e retribui o sorriso, mas era inevitável a forma em que olhava detalhadamente tudo naquela garota, eu apenas de calça moletom e chinelo enquanto eu via uma das garotas mais bonitas da cidade bem em minha frente, ou melhor dentro da casa em que eu mesmo moro. A mãe da garota não parava de falar o quão desamparada ela estava, reunindo toda a família em casa, nisso colocou sua filha para me conhecer melhor enquanto ela e o marido tinha uma conversa.

"Bom não tem muito o que dizer, agora meio que somos primos"_ sentei me na minha cama indicando que ela também poderia se sentar

"esperava mais desse fim de mundo"_ ela disse ainda sem olhar para mim

"gosta de motos?"_ era inevitável não olhar para aquele vestido de cetim preto, tão fino que era perceptível até o menor movimento que ela fizesse

"porque a pergunta?" _ ela se virou para mim sem expressar interesse

"Tenho uma na garagem, posso te mostrar a cidade durante a madrugada."

"ah, dahora mas acho que minha mãe não iria gostar da ideia de eu sair tarde da noite de casa"_ ela disse e voltou a observar e julgar mentalmente cada canto do meu quarto

"fica tranquila ela não vai saber"

"Eu mal cheguei e você já vai me sequestrar?_ ela riu_ gostei de você, acho que vamos nos dar bem priminho" _ela se levantou da cama e passou a andar pelo quarto indo em direção à minha coleção de automotivos em miniatura

"Ah não me chame de primo, me chame pelo meu nome."

"Como vou saber seu nome sendo que você não se apresentou?"_ ela se encostou na estante se virando pra mim com os braços cruzados e um sorriso de canto

"Christopher bang, ou melhor Chris"

"Prazer Chris, sou a Milly"_ ela estendeu gentilmente sua mão direita

"Milly já chega, o Christopher tem que trabalhar. _ a mulher disse vindo em direção ao meu quarto _ Essa é minha filha Chris, espero que vocês se deem bem"_ ela terminou a frase e levou a garota pra fora do quarto fechando a porta logo em seguida.

Como já era por volta de 19h, decidi me arrumar para sair um pouco, distrair a mente e deixar essa garota se acostumar por si só com o lugar e a família maluca em que ela havia se metido. Fui para o banho e logo terminei, me vesti com uma calça jeans preta uma blusa branca larga e uma jaqueta de couro preta, coloquei um coturno nos pés, já pronto peguei meu capacete, fone e luvas e sai da casa passando por todos sem dar satisfação, de longe percebi a garota organizando o quarto próximo ao meu que se tornará seu, passei direto e coloquei meu fones, sai sem rumo e parei em um lounge qualquer, pedi bebida e me sentei em um dos pequenos sofás que ficavam próximos aos leds néon escritos algo como " inesquecível ". O tempo estava passando e eu continuava entediado, já havia bêbado bastante, pelo menos o suficiente para que eu consiga voltar para casa em pé na moto. De longe uma garota de cabelos longos pretos se aproximava de mim, mantive os olhos fixos nela para ter certeza que era a mim que era queria, e eu não estava errado, a tal se sentou ao meu lado e desenvolvemos uma conversa rápida.