Capítulo 47: RECOMEÇO

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SAMMY

Finalmente iríamos sair desse apartamento, estávamos esperando o elevador com as últimas bagagens. E acabamos nos encontrando com o Bruno, ele arregala os olhos quando ver nossas malas.

— Vocês estão indo...
— Embora! Graças ao seu assédio, nós não nos sentiríamos bem em permanecemos aqui, sabendo que a gente esbarraria com você, como a gora! Eu não disse pra você não falar com a gente? – Dan foi cruel em suas palavras.

Tenho certeza que as palavras do meu amigo, foram mais doloridas do que o tapa naquele dia! Então Bruno falou muito desanimado.

— Sei que vocês não querem falar comigo e não culpo vocês, sei que o que fiz foi horrível, mas não sou assim... antes de vocês partirem, podem me perdoar? Não queria que fossem embora, e muito menos com raiva de mim. – Bruno não era mal, talvez a frustração de um amor não correspondido, o tenha feito agir assim.

Não, não estou justificando o que ele fez, mas estava decidido a virar a página e seguir em frente, então simplesmente falei.

— Tudo bem, eu realmente te perdoou. – Falo, só que Dan era rancoroso de mais. Mas eu sabia que no fundo ele estava sofrendo, duvido que ele não tenha um apego emocional pelo o Bruno.
— Para San, ele não merece seu perdão!
— Ei, eu também quero suas desculpas sabia? – Bruno fala o pegando pelo braço e o abraçando com força.
— Me larga seu idiota..! – Daniel fala com rancor, tentando escapar, mas ouvi também sua voz tremer. Ele acaba desistindo de lutar, escondendo seu rosto no peito do mesmo e pude ouvi-lo chorar.

— Quando precisar de mim, você sempre pode me ligar, pra qualquer coisa, à qualquer momento. Ou até mesmo, vim até a mim. – Ele pega o rosto do meu amigo, limpa suas lágrimas e deposita um breve beijo nos seus lábios o soltando em seguida.

Bruno era alto, forte, moreno com traços indiano. Sua beleza era singular.

— Espero nunca precisar de você! – Dan responde se recuperando de sua crise momentânea pela despedida do seu ficante. Bruno coloca suas mãos no bolso, se mantendo neutro e fala ao meu amigo.

— Cedo ou mais tarde você vai vim me procurar, eu sei que vai. Você não arrumará um escape melhor que eu.
— Você se acha não é? Olha pra mim! Quem você pensa que é? – Daniel pergunta e Bruno simplesmente dá de ombros pela forma que ele fala.

— Quero tentar algo novo... posso te dar um abraço? – Falo e Bruno demorou um tempo para perceber que eu estava falando com ele.
— Tem certeza San? – Daniel me questiona.
— Eu preciso tentar... – Falo e me aproximo do Bruno, ficando nas pontas dos pés, ele se curva para nos abraçamos, mas logo em seguida no separamos e eu dou um breve sorriso em despedida, quando as portas do elevador abrem, eu e meu amigo entramos dentro, as portas se fecham. A última coisa que vimos foi Bruno nos dando tchau.

— E aí? Como foi? – Dan pergunta.
— estranho... mas é um grande começo, eu decidi e vou tirar esses traumas de mim. – Falo mais pra mim.

Quando apertei a mão de Elliot ontem, já estava imaginando que iria sentir algo negativo... mas não veio! Então talvez se eu me permitir, realmente possa me curar.

Estava disposto a deixar os traumas do passado para trás e seguir em frente, mas sabia que esse processo iria ser longo, mas eu estava decidido.

Estava tudo no seu devido lugar, meu quarto já estava arrumado do jeito que eu gosto

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Estava tudo no seu devido lugar, meu quarto já estava arrumado do jeito que eu gosto.

Mas como sempre Daniel gostava de me provocar, ele invade meu quarto e se joga na cama, a bagunçando toda!

— Porque você faz isso? – O questiono tentando tirá-lo de cima da cama Só que é em vão, porque ele me puxa e eu caio em cima da cama! Acabo desistindo e rindo.

— Você é muito perfeccionista, relaxa um pouco. – ele fala me dando um abraço.
— Sério que logo a pessoa mais perfeccionista desse mundo tá falando de mim? – Zombo dele.
— eu posso... um dia você invadiu meu quarto e passei dois dias procurando a minha blusa favorita, você tinha guardado no fundo da gaveta, junto com minhas cuecas! – Nós nos olhamos por um tempo e começamos a gargalhar.

As blusa de Daniel era curtas e pequenas e por isso era fácil me enganar, pois as vezes eu dobrava nossas roupas pra guardar.

Em poucos tempo, meu quarto é invadido novamente, mas dessa vez, pela a mãe do Dan, ela entra no quarto carregando um lindo sorriso.

— É tão bom ter vocês de volta em casa, a casa parece mais alegre, tô muito feliz por ter meus dois filhos de volta. – Eu e Daniel abraçamos ela e a mesma parecia muito emocionada.

Carla era mediana, era uma versão feminina do seu filho, (tirando os olhos) com pele clara e olhos azuis, cabelos cor de ouro que iam até a cintura. Na escala do seus 45 anos, ninguém daria essa idade a ela, por sua beleza e simplicidade.

— A gente tava morrendo de saudades de você também tia... – Falo em meio a sorriso.
— Que mentira, você não arrumou tempo pra vim me visitar! – Ela me repreende.
— Mãe, San trabalha de mais, a senhora sabe que ele tá juntando dinheiro para comprar sua casa, onde dê pra ele abrir o seu estúdio fora do shopping, pra ele não precisar pagar o aluguel absurdo daquele lugar. – Dan explica.

— Eu sei disso, espero que tudo der certo. Mas ver se não trabalhe de mais! Agora vamos descer pra jantar. – concordamos nos prontificando, para descemos pro andar de baixo.

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