Capther 2- A origem dos sonhos

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Pov narradora

    Dean olhava pelo retrovisor do carro, inquieto, desconfiado e genuinamente assustado. Mesmo não demonstrando isso.
    Seus olhos pairavam na mulher do Banco de trás de seu carro, logo voltando para a face de seu irmão. Esse que estava com os senhos franzidos, os olhos semi arregalados e a mão em sua própria testa.

    A mulher no banco de trás tinha sua face calma e pensativa, como se quisesse dizer algo, ou até acalma-los, pois sentia o medo e desconforto de ambos. O carro estava em movimento, e o que Dean e Sam queriam, era chegar até Castiel, para que o mesmo explicasse a situação para os dois.

__ Por que estão me levando até Castiel? __ Sem ao menos um dos irmão falarem onde estavam indo, a mulher apenas pergunta, mas com sua expressão ainda mais calma.

__ Como você...

__ Eu já lhe disse, Sam Winchester. Eu consigo sentir e escutar tudo o que você pensa...

    E o silêncio novamente prevaleceu ali. Com a mulher olhando diretamente nos olhos de Sam pelo retrovisor, e o mesmo tentava desviar seu olhar do dela.

Minutos atrás.

__ Olá, Samuel Winchester.

__ Quem caralhos é você?! __ Dean logo se pronunciava, entrando na frente do irmão como forma de protege-lo.

__ Kaylah. __ Dizia de forma calma e neutra, como se nada mais além dos irmãos existissem no local onde se encontrava.

     A mulher continuava andando em direção a Sam, como se nada lá pudesse parar a mesma. Tinha consciência da força psicologia dos dois, pois já sabia os demônios, fantasmas e até monstros que os irmão haviam derrotado antes da mesma encontra-los. Sabia da ida de Dean ao inferno. Sabia dos "poderes" de Sam, e até mesmo o que ele fazia para conseguir usá-los.

__ Você pode me dizer o por que apareceu nos meus sonhos durante uma semana inteira?__ Foi a vez de Sam falar.

__ Tudo tem um motivo, Sam. Eu sei o que você fez. Eu sei o que você ainda faz. E também sei o que pretende fazer no futuro. __ e então, ela para. Sem mais nenhum passo, deixando Sam sem alguma palavra, e Dean ainda mais confuso.

__ Como assim? Como assim, o que ele ainda faz?! O que ele pretende fazer?!

__ Ruby... Ruby é o nome dela, certo? __ Kaylah diz, tombando a cabeça para o lado. Sam a olha com mais desconfiança e desconforto. Mais do que antes. __ Precisamos conversar a respeito de tudo isso, pequeno Sam...

Agora...



    Depois de todo o ocorrido, lá estava a mulher. Sentada no banco de trás do carro dos irmãos Winchesters, apenas esperando chegarem ao destino.
    Dean, ainda desconfiado e inseguro, mesmo que não fosse evidente. Era previsível. Estava tomando qualquer cuidado com os movimentos da mulher, mesmo que não fosse nenhum. Kaylah estava imóvel. Olhando para a janela ao lado direito do carro, fazendo o mesmo que Sam.

    Seu olhar pairava em tudo o que Sam olhava. Para qualquer árvore que ele já teria visto, qualquer arbusto ou até mesmo qualquer pedra. Ela lembra de tudo antes de entrar no carro. De como ela esperava eles queimarem os restos mortais de alguém, e de como ela esperava Dean e Sam conversarem sobre o que iriam fazer com ela. E para Dean, a melhor decisão foi leva-la para Castiel, e conferir o que ela realmente era e o que queria.
    Apenas permaneceu imóvel. Sua vista ficava turva, como se estivesse quase caindo em um profundo sono.

__ Eu estou aqui para lhe proteger, Sam. __ Ela diz, mas nenhuma palavra a mais foi dita pela mesma.

__ O que quer dizer com isso? __ Rapidamente, Sam se vira para encara-la no banco de trás, mas ass que se virou, a mulher havia caído em um sono.

    Sam percebendo isso e, sabendo que a viagem seria longa. Decide deixa-la dormir, apenas até chegarem no hotel em que estavam hospedados.


🍃



     Castiel estava parado em um parque, olhando crianças brincarem e pularem junto a seus pais, que divertiam as crianças com suas palhaçadas humanas. Ele gostava disso. Apreciava o jeito de que os pais cuidadosos cuidavam de suas crianças. Educaram bem. Eles pareciam felizes aos olhos do anjo. Felizes demais.
    Ao seu lado estava o Anjo Uriel, que apareceu lá repentinamente. Ele estava sentado em um banco de madeira ao lado de Castiel, esse que permanecia em pé, admirando a alegria humana e infantil. Havia percebido a presença de Uriel ali, apenas esperava que o mesmo dissesse o que queria lhe dizer, e ir embora.

__ Está sentindo a presença também. Isso é um fato. __ Uriel dizia enquanto sorria indiscretamente para Castiel.

__ Não era para ela estar aqui, correto?...

__ Sabe que nosso pai não permitiria isso. Ela desobedeceu regras.

__ Ainda é um anjo, Uriel. Não perdeu sua graça. __ Castiel tentava reverter a situação. Sabia que Uriel travaria uma guerra com quem quer que seja esse anjo. Mas sabia que se tal coisa acontecesse, muitas das pessoas que Castiel tanto admirava, morreriam ali mesmo.

__ Vamos apenas fazer nosso trabalho. Não está exitando, está?...  __ O silêncio prevaleceu entre os dois. O céu ficava ainda mais nublado e as crianças lentamente paravam de gritar, enquanto seus pais a chamavam para irem embora. O local ficava casa vez mais vazio. A áurea dos dois anjos ficavam pesadas. Seus rostos ficavam neutros, como se conversassem pela mente. __ Apenas faça o que é certo, Castiel.

     A última palavra dita, foi por Uriel. Sumindo pelos céus nublados, as nuvens carregadas pela chuva e os raios entre elas. O clima deixado pelos anjos la, não era nada agradável.
    Foi então que Castiel havia decidido. Ele estava pronto. Pronto para ir atrás dela, pois já sabia o caminho que os irmãos Winchesters estavam percorrendo pela cidade, e como encontra-los. Não seria algo difícil na cabeça dele.
     Suas mãos estavam suadas e sua mandíbula fechava bruscamente. Não queria fazer algo assim. Mas se não fizesse, Uriel faria....

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