Why'd you have to go and make things so complicated?

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O que eu fiz? Logo eu que sou contra traição, acabei de cometer isso.

– Quem é? – Ed perguntou, confuso.

– É o Austin. – meus olhos estavam grudados na tela, decidindo se atendia ou não.

– Ah, o seu namoradinho.

Me virei para ele, cansada de seu deboche.

– Dá para parar? Isso está começando a me irritar.

– Você é muito sem graça. Não posso fazer uma simples brincadeira com o seu namorado que você...

– Agora você está discutindo comigo, mas há alguns minutos me beijou!

– Porque você não parava de falar! Eu não via outra maneira de te calar.

Sem eu poder conter, lágrimas furiosas encheram meus olhos. Enquanto para mim significava o mundo, para ele foi só para eu parar de ser uma matraca. Cada pedaço de ilusão que habita dentro de mim rasga fervorosamente meu coração. Meu Caro cérebro, por favor, pare de mandar essas emoções para mim! É pedir demais?

– O que você quer de mim, Edward?

– O que? O que eu quero de você? Você quem veio até aqui, não seria mais correto eu te perguntar tal coisa?

– O que eu quero de você?! O que eu quero de você, eu nunca terei.

– O que? Me fala que eu compro, seja lá o que for!

– Não! O que eu quero de você não pode ser comprado, você não entende? E eu nunca terei.

Ele abriu a boca para falar, e ouvimos a campainha.

– Vou ver quem é.

– Não, deixa que eu vou. – ele disse e se foi.

Reparei num papel meio amassado em cima da cama. Sei que seria errado, e apesar disso, fui até ele e o peguei.

Tell me that you turn down the man

Who asked for your hand

Cause you're waiting for me

Congelei por uma fração de segundo, sentindo meus olhos quererem fugir na órbita. Minhas mãos tremeram um pouco, aquele sentimento me cutucando e sussurrando que era para mim. Para quem mais seria? Austin me pede em namoro e Ed não espera minha resposta. Some e de repente aparece essa letra mais do que suspeita num pedaço de papel com a sua letra nele.

Chacoalhei a cabeça algumas vezes, larguei a folha aonde a encontrei e fui para o meu quarto, me trancando.

Por que essas coisas acontecem comigo? Primeiro a gente discute, ele me beija, depois a gente discute de novo!

Recebi outra ligação do Austin. Resolvi atender.

– Oi, amor! Tudo bem?

– Sim, Austin. Desculpe não atender, não ouvi o celular tocar. Queria falar algo?

– Bem, é que eu estou saindo do país, e na minha opinião, não acredito em relacionamento a distância... Sei que é muito estúpido terminar por telefone, mas eu não posso ir até aí...

– Eu entendo, Austin. – o cortei. – Eu posso imaginar como é, e eu acho que a gente foi apenas um caso. Nada demais.

– Que bom que pensa assim. – ele parecia aliviado. – Então, terminamos tudo numa boa?

– Com certeza. – sorri.

– Gosto de ver que você é bem madura para maioria da sua idade, Maggie.

Reviravoltas do destino (Ed Sheeran)Onde histórias criam vida. Descubra agora