Capítulo | 5

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— Pelo que pude observar no raio-x você só teve uma torção leve – a Dra

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— Pelo que pude observar no raio-x você só teve uma torção leve – a Dra. Kim falou ao meu lado.

— Vai me dar um remédio para dor depois? – faço uma careta ao sentir seus dedos tocarem o meu pulso.

— Eu trarei para você, mas preciso imobilizar agora – diz pegando uma tala encima da mesa.

Estávamos há alguns minutos no meu quarto e eu já estava cansada. O esforço de hoje mais cedo com a fisioterapia foi totalmente cansativo e ter sido levada de um canto a outro por causa desse pulso acabou me deixando ainda mais cansada.

— Amor... – ouço a voz da namorada da doutora em minha frente soar pelo ambiente.

— Oi, meu bem – respondeu concentrada em terminar a imobilização.

— Eu posso falar com ela agora? – perguntou.

Jennie direcionou o seu olhar para mim e eu pude assentir. Não adiantaria adiar algo desse tipo e se ela é uma detetive, então provavelmente conversaria comigo de qualquer forma.

— Tudo bem – murmuro e me remexo na cama um pouco para achar uma posição mais confortável.

— Eu irei buscar os seus remédios e já volto – Jennie fala e vai até a outra – "Não força a barra com ela" – consegui ler o que a mulher havia falado através do movimento de seus lábios.

Quando se vive uma parte da sua vida trancada em uma casa e sem amigos, você simplesmente desenvolve habilidades estranhas por causa do tédio.

— Você se importa? – a vi apontando para um banco próximo à cama e neguei – Eu queria conversar, saber o que aconteceu realmente. Infelizmente as câmeras do corredor não pegam dentro dos quartos – abaixei a cabeça triste em saber disso.

Se eu contasse algo ela acreditaria em mim ou será como da última vez?...

— Você tem que me contar alguma coisa para que eu possa colocá-lo atrás das grades – se pronunciou depois do meu silêncio.

— Eu... eu não sei – murmurei apertando meus dedos com força.

— Eu irei prender ele, S/N – ela diz.

— Ele... ele chegou no quarto naquela noite e perguntou algo sobre eu estar acordada, não havia respondido até então com a esperança de que ele fosse embora – suspirei e senti sua mão pegando a minha – Senti quando ele se inclinou e abriu a janela do quarto...e-ele passou a mão por minhas pernas, mas eu não conseguia me mexer... estava tão cansada da minha primeira sessão de fisioterapia que não sentia as minhas pernas. E-eu nunca quis isso... – meus olhos transbordavam em lágrimas nesse momento.

Mesmo que ele não tenha conseguido fazer nada, dessa vez, quem me garante que aquele homem não fez nada enquanto eu estava em coma. Desde a primeira vez que vi ele senti uma energia pesada e muito ruim exalando dele.

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