Oh Al, amore.

I Put A Spell On You

Nota: Oi gente, tudo bom? Então, to vindo aqui antes pra dar umas explicações previamente. Primeiramente, esse é o penúltimo capítulo, pois eu escrevi essa shortfic em um dia, então não escrevi mais do que cinco capítulos. Segundo, esse capitulo em especifico tem hot. "Ah mas o Alastor é assexual" eu sei, mas vamos lembrar que só pelo fato de eu estar escrevendo um romance entre o Alastor e o Lúcifer, já significa que eu não estou e não quero seguir o canonico. Caso você se sinta desconfortavel com o hot, recomendo parar com a leitura quando chega nos parenteses que recomendam uma música para a leitura.

Havia se passado alguns dias desde os dois haviam tocado juntos pela última vez. Alastor estava sumido do hotel resolvendo algumas pendências com os outros overlords. Já Lúcifer, continuava tocando mesmo que sozinho. Agora que ele já tocava bem melhor, quando estava fora de seu quarto, recebia muitos elogios e pedidos de dicas de como melhorar tão rápido. Ele estava sentindo orgulho de si mesmo, mas o que não saia da sua cabeça era a cena de Alastor encarando sua boca na cara dura. Talvez ele estivesse apenas analisando suas expressões ou até mesmo tentando provoca-lo, entretanto, no fundo algo dizia que não era aquilo. Ele queria muito perguntar para Alastor o que aquilo tinha significado, mas ele sabia que seria taxado de doido pois o demônio jamais admitiria ter um interesse pelo rei mesmo se de fato tivesse.

Enquanto pensava sobre isso avoado pelo salão, acabou trombando mais uma vez Charlie, mas dessa vez, Vaggie estava ao seu lado.

"Boa tarde, pai. Está indo para a cozinha?" Falou animada, enquanto Vaggie acenava para ele ao seu lado.

"Boa tarde, meninas. Na verdade, eu estou indo para o jardim extravasar um pouco."

"Ah, sim. Inclusive, achei admirável a sua repentina aproximação com Alastor. Eu sabia que um dia vocês se tornariam grandes amigos." Ela deu uma piscadinha e o cotovelou brincalhona.

"'Amigos' é muito forte. Eu diria que entramos em um pacto de 'não-agressão-verbal' para que pudéssemos compartilhar a nossa paixão por música." Ele tossiu sem graça, lembrando novamente de que os dois estavam dançando juntos ontem a noite.

"Se você diz." Ela deu de ombros. "Enfim, aparentemente eu estava certa: a música realmente une as pessoas." Sorriu mais uma vez e pegou na mão se sua namorada. "Até depois, pai."

"Até." Despediu-se, olhando com carinho para as duas. Ele achava as duas juntas uma graça, tinha até um pouco de inveja de como o relacionamento delas era uma fofura.

Indo ao jardim, ele o encontrou vazio, o que era estranho já que sempre tinha algum demônio fumando ou usando droga ali. Sim, apesar do hotel ser um grande lugar de reabilitação, alguns demônios ainda viciados continuavam a usar droga escondido dos outros. Charlie fingia não ver, mas normalmente ela dava uma atenção particular para esses em especifico já que a maioria não gostava de ser interrogado em público ou no ato.

Lúcifer ficou por ali sentado em um banco e aproveitando o céu de sempre. Avermelhado e sombrio. As vezes ele gostaria de mudar toda a estética do inferno, era repetitiva e totalmente sem graça. Até que seus pensamentos foram interrompidos por uma voz familiar.

"De costas você consegue ser facilmente confundido com um pirralho fantasiado." Uma gargalhada aproximou de seu ouvido, fazendo o rei pular do banco, espantado.

"Porra, precisava chegar assim?" Demonstrou raiva, enquanto colocava a mão no peito para recuperar a estabilidade. "E outra: vai se foder. Pelo menos eu não pareço o massa cinzenta com roupa de cafetão."

"Massa-quem?" Questionou, pendendo a cabeça para o lado.

"Não importa. O que você está fazendo aqui?" Limpou seu traje com agressividade.