Capítulo 2

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- Josh -

Idiotas é isso que eu tenho, dois clientes idiotas. Meu dia já não estava fácil depois de uma longa noite de brigas e agora dois clientes se recusam a ter seus casos nas mãos de Sina, idiotas e machistas.

"Eles querem você aqui no escritório, Josh" A última mensagem de Sina me faz apresar minha despedida de Mia a deixando mais cedo na aula de balé. Digito uma mensagem para minha irmã avisando que estava a caminho esquecendo que havia uma rua a minha frente.

- Mas que merda! Olha o farol seu idiota! – Escuto a mulher de cabelos cacheados gritar quando freio abruptamente.

- Parabéns Josh, quer adicionar atropelamento nas suas tarefas? – Falo para mim mesmo.

A reunião durou mais do que o necessário, já que muitas vezes meus clientes paravam para falar sobre coisas banais do dia a dia e besteiras como "Você precisa ir na minha academia, Josh. Lá tem umas beldades que até servem de incentivo", trabalhei muito a minha paciência hoje.

Paro para almoçar e recebo uma mensagem de Sina.

SININHO: Achei a Babá perfeita, Josh! Buscamos Mia no ballet e a pequena amou a possível babá. Vamos estar em casa quando você chegar, brincando com Mia. Se você não gostar dela tudo bem, mas será um grande erro.

EU: Me passa o currículo dela, por favor.

SININHO: Então... Eu a encontrei no parque quando fui correr. Ela não tem um currículo como babá.

EU: SINA DEINERT BEAUCHAMP! Você está com uma estranha que encontrou no parque, dentro da minha casa com a minha filha?

SININHO: Sim, Joshua. Ela é um amor de pessoa e eu já conferi os antecedentes criminais dela, ou melhor, Noah conferiu e ela já sabe.

EU: Você me mete em cada coisa, Sina. Olha...

SININHO: Conhece primeiro ela e depois você me fala se eu estava errada.

Passo a mão pelo rosto respirando o mais fundo possível. Clientes idiotas, uma ex complicada, uma irmã sem juízo, um amigo que vai atras das maluquices da namorada e agora mais uma babá que provavelmente vou ter que dispensar e o pior, ela nem é confiável.

Passo o dia no trabalho, quero postergar o máximo possível a minha futura conversa com a tal babá do parque. Sina me atualiza de tudo que acontece no dia e não posso evitar de sentir um aperto no coração por não estar com a minha filha em um final de semana.

O caminho para casa foi uma busca com as melhores palavras de despensa, não quero parecer grosso na hora de dispensar a babá de um dia. Vou pagar o dia para ela e pronto, depois peço mais currículos para a agência de babás.

Assim que saio de casa sinto um cheiro diferente, alguma coisa doce, mas que nunca experimentei. Sigo para a cozinha de onde esse cheiro provavelmente venha e as risadas ficam cada vez mais altas.

- Any, tá bom? – Escuto Mia perguntar.

- Sim! Vamos desligar esse forno e colocar isso em um pratinho.

Paro entre a sala de jantar e a cozinha observando as duas. Mia esta fascinada com o doce marrom que está sendo derramado no prato e a morena de cabelos presos está concentrada de mais para notar minha presença.

- Hum! – Mia diz feliz. – Posso comer?

- Vamos deixar esfriar um pouco para não queimar a língua e nem a dar dor de barriga, tudo bem?

- Tá bom. – Ela assente e percebe minha presença me lançando um sorriso. – Papai!

Ela desce da cadeira e corre em minha direção. A pego no colo e seus pequenos bracinhos envolvem meu pescoço em um grande abraço.

A BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora