THE TRUTH - FERLANE

capítulo 6 - doença

Pov : Narrador

E assim, mesmo com a preocupação pairando no ar, Alane decidiu guardar para si a verdade sobre sua saúde. O medo e a incerteza a consumiam, mas ela não queria preocupar ainda mais sua esposa, Fernanda.

Os dias se passaram e as tosses constantes se tornaram mais intensas, a falta de ar mais persistente. Alane se via cada vez mais debilitada, mas continuava a esconder sua dor e seus medos atrás de um sorriso falso. O peso da culpa por esconder a verdade de quem mais amava era sufocante, mas o medo do desconhecido a paralisava.

Até que um dia, enquanto Alane estava sozinha em casa, uma crise de tosse a dominou. Ela sentiu uma agonia profunda no peito, um grito silencioso por ajuda. E foi nesse momento que ela soube que não poderia mais ignorar a verdade, não poderia mais se esconder atrás das mentiras que a sufocavam.

Fernanda chegou em casa naquele exato momento, encontrando Alane caída no chão, lutando para recuperar o fôlego. O desespero nos olhos de Fernanda foi palpável, sua voz trêmula ao chamar pelo nome de sua esposa, tentando acordá-la.

Alane finalmente cedeu e buscou nos olhos de Fernanda a coragem que lhe faltava em admitir que precisava de ajuda. Entre tosses e lágrimas, ela finalmente confessou pediu o que deveria ter sido feito há muito tempo.

- Fernanda, me... me ajuda, por favor!

Fernanda aparece no quarto onde Alane estava e vê a cena, seus olhos se enchem de lágrimas ao ver o estado de Alane.

- Meu amor, o que está acontecendo? O que você está sentindo?

Alane tentou falar, mas foi interrompida por uma tosse violenta que a fez curvar-se, colocando as mãos no peito como se buscasse alívio para a dor que a consumia. Os olhos de Fernanda se encheram de lágrimas, enquanto ela se aproximava rapidamente, segurando Alane pelos braços, tentando oferecer algum conforto em meio à agonia.

A respiração de Alane ficava cada vez mais difícil, seus pulmões se enchendo de dor e desespero. Ela lutava para encontrar ar, sentindo a intensidade do sofrimento aumentar a cada segundo. Em um último esforço para se comunicar, Alane tentou falar novamente, mas a tosse implacável persistia, silenciando suas palavras.

E então, em um momento de fraqueza, Alane desmaiou nos braços de Fernanda, levando-a ao limite da angústia. Fernanda segurou Alane com cuidado, colocando-a no chão do quarto, seu coração pulsando em desespero. A visão de Alane inerte e pálida deixou Fernanda em um estado de aflição profunda.

O desespero tomou conta de Fernanda, enquanto ela se ajoelhava ao lado de Alane, tentando desesperadamente acordá-la. As lágrimas escorriam por seu rosto, misturando-se à preocupação em cada palavra que ela pronunciava. O medo de perder a pessoa amada era esmagador.

- Alane , meu amor , Alane... Alane! Por favor acorde , amor por favor... - implorou Fernanda em sussurrou entre lágrimas.

Em um ato de coragem, Fernanda se lavantou e pegou o telefone e ligou para o serviço de emergência, implorando por ajuda, suas palavras misturadas com soluços de desespero. Ela voltou sua atenção para Alane, segurando sua mão com força, suplicando para que ela retornasse ao mundo dos vivos.

O tempo parecia se arrastar enquanto Fernanda esperava pela chegada da ajuda médica. Cada segundo era uma eternidade, repleta de incertezas e temores. Mas então, um pequeno sinal de vida surgiu quando Fernanda sentiu o coração de Alane pulsar novamente e o ar invadir seus pulmões.

- Vai ficar tudo bem, meu amor, estamos aqui juntas. Por favor, aguente firme - disse Fernanda chorando.

Fernanda respirou aliviada, mas a angústia permanecia, pois a batalha não havia terminado. Ela segurou a mão de Alane com firmeza, prometendo estar ao seu lado, enfrentando juntas os desafios que estavam por vir.

Ao chegar no hospital, Fernanda estava apavorada enquanto acompanhava Alane sendo levada às pressas para a sala de cirurgia. Seu coração batia descompassado, e o medo a sufocava. Ela tentava manter a calma, mas as lágrimas teimavam em escorrer pelo seu rosto.

Enquanto aguardava ansiosamente por notícias, o tempo parecia se arrastar. Até que finalmente o doutor surgiu na sala de espera, seu olhar sério denunciando a gravidade da situação.

- Fernanda, preciso ser sincero com você. Alane está enfrentando um câncer no pulmão em estágio avançado. O tumor já se espalhou e o quadro é grave - disse o médico com cautela.

As palavras ecoaram na mente de Fernanda como um trovão, deixando-a sem chão. Ela sentiu um misto de desespero e determinação tomar conta de si. Respirou fundo e com a voz embargada perguntou:

- Doutor, existe esperança? Existe cura para o câncer da Alane?

- Sim, Fernanda, existem tratamentos disponíveis e, se tudo correr bem, há possibilidade de cura. Mas será uma jornada difícil e desafiadora, que dependerá muito do sistema imunológico e da força de vontade da Alane - respondeu o Doutor com compaixão.

Fernanda absorveu as palavras do médico, sentindo uma mistura de esperança e apreensão. Ela sabia que teria que ser forte por Alane, que precisaria de todo o apoio e amor para enfrentar essa batalha.

Com um nó na garganta, Fernanda agradeceu ao médico e pediu para vê-la assim que possível. Enquanto aguardava ansiosamente por notícias do amor de sua vida, ela fez uma promessa silenciosa a si mesma: estaria ao lado de Alane em cada passo do caminho, lutando juntas contra o câncer que ameaçava separá-las.

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- desculpe a demora meus mores.
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