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MARINETTE

Joguei o ioiô em outro prédio, logo a minha frente, mais uma vez impulsionando o corpo para frente e colocando meus pés no chão em seguida.

Entrei no banco suíço e não precisei me preocupar em procurar Chat Noir, Pegase e Bunnix, já que eles estavam na recepção, conversando com a mesma mulher da primeira vez que fomos lá.

Caminhei devagar até eles e cutuquei Bunnix, que logo se virou, abrindo um sorriso ao me ver, e me abraçando logo em seguida.

─ Que bom que conseguiu vir!

Chat Noir se virou para ver o que estava acontecendo e claramente ficou surpreso por me ver ali. E eu meio que já esperava essa surpresa vinda dele, já que Alix tinha dito que ele não queria que eu fosse. "Ela precisa ficar na casa dela e descansar", foi o que ela disse ter saído da boca dele.

─ O que você...

─ Depois nós conversamos ─ O interrompi e caminhei até o balcão para falar com a mulher.

Segundo ela, os clientes do banco deixavam alguma coisa de seu pertence ali, mas ninguém de dentro da empresa sabia o que exatamente era e também não sabiam a senha, por motivos de segurança.

Nós podíamos pegar o pertence de Kubdel, mas precisávamos da senha.

Um homem nos acompanhou até o segundo andar, onde entramos em uma sala com uma plaquinha escrita "Monsieur Kubdel" colada na porta. O homem segurou em suas mãos uma chave que tinha pegado antes de subirmos até lá e entramos.

A sala era bem simples, na verdade. As paredes eram brancas e eu tenho certeza que nenhuma criança nunca entrou ali, porque as paredes estavam incrivelmente limpas e não pareciam ter sido pintadas recentemente.

Certo. Precisávamos de uma senha de dez dígitos. Quantas combinações diferentes existiam? Quanto tempo demoraríamos para tentar todas elas? Porque eu não tinha a menor ideia de qual poderia ser a senha. Senhor Kubdel tinha conseguido uma maneira de nos levar até lá para pegar seu pertence, mas não tínhamos nenhuma senha.

─ Alguma ideia de qual pode ser a senha? ─ Perguntei para Alix. Afinal ela era a filha dele, então se tinha alguém naquela sala que poderia ao menos ter uma noção da senha, era ela.

─ Desculpa, mas eu não sei.

─ Nenhuma data, ou, sei lá, qualquer outra coisa... ─ Chat Noir incentivou.

─ No momento, eu não consigo me lembrar de nada.

Aquilo não fazia o menor sentido. Ele não teria nos feito ir até lá, para, no fim, termos que ir embora porque não tínhamos o raio de uma senha.

Eram só dez dígitos, poxa. Na verdade dizer que eram "só dez dígitos" é um exagero, afinal, não é preciso ser um gênio para saber que existem muitas combinações possíveis para essa senha.

─ Detesto interromper ─ O homem que nos acompanhou começou a falar ─ Mas preciso que coloquem a senha no monitor. E se não a tiverem, terão que se retirar.

─ Precisamos apenas de um minuto, senhor.

Ele ficou em silêncionpor um tempinho, mas logo assentiu, parecendo não ver problema nenhum em nos dar um minutinho para pensar.

─ Vocês têm alguma anotação do que foi passado pra gente?

─ Eu tenho ─ Pegase estendeu um cadernimho de anotações.

─ Obrigada.

Dei uma rápida olhada no que tínhamos.

De tudo que estava anotado naquele caderninho - que por sinal não era muita coisa -, apenas números importavam.
13-3-2-21-1-1-8-5

StrangersOnde histórias criam vida. Descubra agora