Uma situação desesperadora força Begin a tomar uma decisão trágica. Enganado por aqueles que um dia chamou de irmãos, ele acaba sendo enviado a um mundo novo, sem memórias do ocorrido e até mesmo de seu antigo amor, que fora junto com ele, mas que h...
O tempo passou enquanto Begin encontrava-se em um estado indeterminado. Talvez ele estivesse morto mesmo, ele próprio não tinha certeza. Sem que ele tivesse conhecimento disso, centenas de anos se passaram. De repente, ele abriu os olhos. Aquele que esteve dormente por dezenas de séculos estava novamente acordado. As amarras que o mantinham preso não mais tinham força sobre ele, ele podia sentir, o sangue ardia como chamas e circulava em suas veias, dos pés a cabeça, ele podia sentir cada parte de seu corpo. Ele estava de volta.
De repente, Begin abriu os olhos e se sentou. Ele olhou em volta, móveis luxuosos e requintados estavam por toda a parte. Ele ele estava em uma cama e, ao lado dela, sentada em uma cadeira refinada com vários entalhes feitos a mão, estava uma mulher de cabelos nas cores do sol e um vestido carmesim deslumbrante.
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O cérebro de Begin estava processando todas as informações que coletava em uma velocidade várias vezes mais rápido do que para qualquer pessoa normal. Muitas perguntas passavam em sua cabeça. Ele olhou diretamente para a jovem sentada ao lado. Ela aparentava estar bem tranquila enquanto olhava para ele, mas ele sabia, ou pelo menos podia imaginar, o que se passava na mente dela, pois era o mesmo que se passava em sua mente. Ela era amiga ou... inimiga?
Sem qualquer aviso prévio, a jovem puxou a espada que estava embainhada logo ao lado dela e saltou em direção a ele, ou melhor, ela simplesmente apareceu sobre a cama e na frente dele já com a espada desembainhada. Ela queria matá-lo.
Por um único instante, Begin deixou escapar uma fagulha de intenção assassina, talvez ela tivesse percebido isso e reagido, mas foi algo tão singelo e fugaz que o fato de ela ter percebido o impressionou.
Em um piscar de olhos, a jovem havia desferido dezenas de golpes para matar o homem sentado na cama, que por sinal era a dela, mas ele era tão habilidoso que conseguiu desviar de todos, o mesmo, no entanto, não podia ser dito da cama, que foi partida em vários pedaços.
* * *
Há alguns dias, Andruwyn e seu mestre haviam acabado de retornar à mansão da família e estavam sendo recebidos pelos guardas do portão.
— O senhor chegou tarde, mestre Edward, a mestra Izabele chegou há algumas horas — disse um dos guardas do portão. Haviam dois guardas guardando o portão frontal da mansão no momento, ambos trajavam armaduras metálicas polidas e deslumbrantes, pois elas carregavam consigo o símbolo que fazia referência à família que morava na mansão, uma família de muito renome na região.
— Ela já chegou?! Que droga, eu queria ter chegado antes. Onde ela está agora?
— Ela cumprimentou os membros da família presentes e foi direto para o quarto descansar.
— Entendi, bem, vamos entrar e nos organizar primeiro.
A carruagem seguiu por um belo caminho de pedras, que se estendia como um tapete vermelho até a mansão. Cada pedra estava polida e alinhada com precisão, demonstrando o esmero de seus construtores e também dos que o mantinham. Flores coloridas e uma grama bem cortada margeavam o caminho, criando uma atmosfera encantadora que podia ser descrita como tendo sido retirada de um livro de fantasia.
