No, Carlos, not

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O dia havia sido perfeito. Sol, praia, risadas com Carlos. A confraternização da equipe era sempre uma boa oportunidade para descontrair e fortalecer os laços entre os pilotos. Como de costume, Lando preferiu se abster de bebidas alcoólicas, enquanto Carlos se entregou à alegria do momento, tomando algumas cervejas e caipirinhas.

No caminho de volta para casa, Lando notou que Carlos estava diferente. Mais agitado, falante e com um brilho estranho nos olhos. Lando tentou puxar assunto, mas as respostas de Carlos eram desconexas e agressivas. Uma sensação de apreensão começou a tomar conta de Lando.

Ao chegarem em casa, a situação se deteriorou rapidamente. Carlos, completamente fora de si, começou a gritar e atirar objetos. Lando, assustado e confuso, tentava se defender, mas era inútil. A fúria de Carlos era incontrolável.

Em um momento de desespero, Lando conseguiu se livrar de Carlos e se trancar no quarto, mas o estrago já tinha sido feito, Lando havia sido atingido por uma cadeira que Carlos arremessou. Lá dentro, ele se encolheu no chão, tremendo de medo e angústia. As palavras de Carlos ecoavam em sua mente.

– Você não é nada!
– Você nunca será bom o suficiente!
– Eu te odeio!

Lando não sabia o que fazer. A pessoa que ele amava, com quem ele dividia seus sonhos e medos, havia se tornado um monstro. Ele se sentia vulnerável, sozinho e completamente indefeso.

Lando se arrastou pelo quarto, a dor latejante em sua costela quebrada o consumindo. O som da porta do quarto se abrindo o fez erguer a cabeça, seus olhos cheios de terror encontrando a figura de Oscar.

– Lando! Meu Deus, o que aconteceu? - Oscar exclamou, horrorizado ao ver o estado deplorável de seu amigo.

– Carlos... ele... - Lando mal conseguiu pronunciar as palavras, a dor e o medo o sufocando.

Oscar o interrompeu, agindo rapidamente.

– Não se preocupe, Lando. Você está seguro agora.

Com cuidado, Oscar ergueu Lando, colocando-o em seus braços. Lando gemeu de dor, a costela quebrada protestando contra o movimento.

– Fique tranquilo, vou te levar para o hospital - Oscar disse, sua voz calma e tranquilizadora.

Lando se agarrou a Oscar, buscando refúgio em seus braços. A sensação de segurança que o australiano emanava era um contraste gritante com o terror que ele havia vivido minutos atrás.

Enquanto Oscar o levava para a porta da frente, Lando lançou um último olhar para a casa. A visão de Carlos, ainda desacordado no sofá, o fez estremecer.

– Cadê Alice? Cadê os meninos? - Lando questionava gemendo de dor.

– Eles tão com meus pais no meu apartamento Lando, eles tão bem...

No caminho, Lando contou a Oscar o que havia acontecido. A fúria de Carlos, a violência, o medo. Oscar o ouvia em silêncio, apertando sua mão com força em um gesto de apoio.

Ao chegarem ao hospital, Lando foi imediatamente atendido pelos médicos. Uma radiografia confirmou a fratura da costela, além de diversos hematomas e arranhões.

Após receber os cuidados médicos, Lando foi levado para um quarto. Oscar ficou ao seu lado durante todo o tempo, confortando-o e garantindo que ele estava seguro.

Lando olhou para Oscar, seus olhos marejados de gratidão.

– Obrigado - ele disse, com a voz fraca. – Você me salvou.

Oscar sorriu. – Sempre estarei aqui para você, Lando. Somos amigos, e amigos cuidam uns dos outros.

Lando fechou os olhos, exausto e dolorido. Mas, em meio à sua dor, ele sentia uma ponta de esperança. Havia pessoas que se importavam com ele, que o protegeriam. E isso era o que importava

Por essa vocês não esperavam né? KkkkCarlito abalou corações

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Por essa vocês não esperavam né? Kkkk
Carlito abalou corações... e costelas também
Espero que tenham gostado 🫶🏻🫶🏻

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