capítulo 1

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Precisamos correr! Rápido. Pensa Ashley, você precisa levá-los para um lugar seguro, corremos pela floresta até um cemitério de ônibus e caminhões ao lado da minha casa.
Meus pés estão ardendo de tanto correr. o céu vermelho escuro, como sangue.
E essa sensação... De que algo está se aproximando que me dá arrepios na nuca.
Nós seis entramos em um ônibus em que estava aberto, colocamos várias coisas à frente da porta e aquela coisa começa a bater desesperadamente na porta. Querendo nossas carnes. Preciso protegê-los. Eu tenho que protegê-los
E aquela coisa começa a martelar a porta, fazendo um barulho insuportável.Bang, bang, bang.
-Eca- começa a Taylor se sentando em umas das cadeiras do ônibus e jogando sua cabeça para trás- Isso foi nojento.
Seus cabelos escuros estão grudando na sua testa de suor, ela está completamente ofegante.
Olho em volta para ver se todos estão vivos.
Estão bem. Sobrevieram. Que bom
Me agacho e começo a massagear os meus pés, até que percebo. A batida parou. Tá completamente em silêncio.
- gente, a batida parou- falo com dificuldade por conta da minha respiração incerta.
- provavelmente desistiu, ou...- Tyler começa a falar e ele percebe algo- alguma coisa...
Barulho. Barulho de coisas sendo emburradas. Todos nós viramos nossas cabeças em direção a porta. Lá estava. O fantasma.
Ele anda lentamente até nós, tento absorver tudo que está à minha volta. A caixa de armas está um pouco longe. Será difícil conseguir pegar.
Nós nos levantamos lentamente e fomos até o fundo do ônibus, tentando manter o máximo de distância possível daquele monstro
Várias coisas passam pela minha cabeça, e uma delas é a nossa morte. Não, isso tudo não pode ter sido em vão. Não pode ser
O fantasma anda lentamente até nós, bem lentamente.
- podemos abrir as portas do fundo?- pergunto bem baixo, tentando não chamar a atenção do fantasma que dá pequenos passos em nossa direção, o me me irrita cada vez mais.
- Não, tá bloqueado- responde tyler se encolhendo cada vez mais para abrir espaço para nos.
Preciso pensar em algo, algo que não resulte em nossa morte.
- o que faremos?- pergunta Taylor, sua voz está tremula de medo
Queria ter a resposta dessa pergunta. Ultimamente só estão me fazendo perguntas na qual eu não sei a resposta.
- morre- diz Aiden com um sorriso no rosto como isso não fosse nada.
-Aiden! - repreendo mas quando os meus olhos voltam para o montro.Ele ataca. Sem breve aviso, nem nada.
Todos nós gritamos juntos. E então o barulho do despertador.
Levanto em um salto e vou olhar as mensagens no nosso grupo.

Mensagem

Logan: todos bem?

Ashley: 👍

Aidan: Haha, isso foi perto.

Taylor: fisicamente sim.

Tyler: mentalmente não.

Ben: alguém terminou
O dever casa?

Olho para a estande cheia de dever de casa e apenas o encaro.
É bem difícil salvar o mundo e ter uma vida escola em dia. Dane-se.
Me jogo de volta a cama tentando ignorar q a escola existe.
Mas não posso.
Então me levanto relutante, apenas visto uma calça e um moletom e desço para o café.
-Bom dia, soldado.- diz meu pai com uma xícara de café em uma mão e o jornal na outra.
Meus pais são ex-soldados do exército americano. Então eles me chamam assim. Aprendi várias coisas com eles, como lutar, espionagem, leis etc...
-bom dia pai- digo puxando a cadeira para me sentar com eles. Mas olho a janela e o ônibus já está de frente a porta me esperando.
-Merda!- pego as minhas coisas e vou correndo.
- Olha a boca viu mocinha- grita a minha mãe da cozinha
Corro e já entro no ônibus. Avisto Ben e Aiden sentados juntos. Sento no banco a frente deles.
Me viro a janela planejando ficar em silêncio. Mas Aidan se aproxima e fica com o pescoço a cima do banco.
-Ei, Ash- começa, me viro pra ficarmos frente a frente - ontem a noite foi difícil né?
Volto minha visão a janels depois daquela definição de difícil. Ouço-o abrir um zíper e pegar algo.
- Eu terminei o trabalho de casa, quer copiar? - Viro- me em sua direção de novo, encarando-o.
A energia dele nunca acaba né? Meu Deus. Depois daquela situação de quase morte, achei que ele estaria pelo menos um pouco exausto. Como ele consegue?
- Obrigada.- falo pegando o papel de sua mão e começo a cópiar.

Merda, dormir na aula de novo.
Parece que os outros também, acho que tentar sobreviver um apocalipse durante a noite não é uma boa opção.
Me levanto e começo a arrumar meus materiais.
- Ashlyn.- Chama Aiden - estamos indo almoçar todos juntos. Você sabe, pra falar sobre "Coisas".
Fala colocando a mão na boca para que ninguém escute
Ele sempre fala "Coisas" quando se refere aos fantasmas. Deve funcionar bem.
Passamos por vários adolescentes que nós encara estranho, até chegarmos no refeitório e achar a única mesa vazia.
Todos estão exausto, é muito estranho.
-Deveriamos voltar pra Savannah.- Diz Tyler. Todos nós viramos para ele na mesma hora. Eu já tinha considerado essa ideia, porém é muito arriscado.
- Mas, tínhamos concordado que era muito perigoso.- diz Logan ajustando seus óculos no rosto.
-E daí? Deveríamos deixar as coisas como estão?- Rebate Tyler.
- Prefiro ficar semi-preso do que permanente preso.- Falo encarando-o
- Bem, talvez se você estivesse contado a verdade dês do início, não estaríamos preso naquele mundo demonioco!- Diz Tyler gritando e fixando os seus olhos em mim.
Ele tá certo.
Aidan da risada. Ele sempre dá risadas em situações sérias. Como ele consegue?
- E você. Nunca leva a sério nada!- grita Tyler olhando desta vez para Aidan. Que está ao meu lado.
Ele para de gargalhar, mas ainda sorri. Sinceramente, eu tenho muito medo desse sorriso.
- ah, se ela tivesse contando, você teria acreditado nela?- Pergunta Aidan estreitando os olhos- Com sua personalidade, duvido seriamente.
E foi nesse momento, que Tyler explode
Ele se levanta batendo as mão na mesa e começa a gritar.
- acreditando ou não, ela deveria ter dito alguma coisa! Agora fugimos de fantasmas todas as noites! Criaturas comedoras de carne!- ele fala gritando com todos, e estou me sentindo muito culpada agora- Eu perdi a conta de quantas experiência de quase morte eu tive! E não podemos contar para os nossos pais e nem NINGUÉM!
Ele dá um soco na mesa.
Ben se levanta, e faz apenas um movimento, de silêncio. E todos nós nos calamos e nos sentamos.
Tyler volta a falar, desta vez, mais calmo.
- Então o que mais deveríamos fazer?- pergunta mechendo na própria comida.
Por mais irritante que foi sua explosão, é compreensível. Se voltarmos lá, poderíamos descobrir o que está acontecendo, ou, torna as coisas muito piores.
Deveríamos arriscar?

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