my sweet vampire † frerard

🩸: a história deles

decidi que devia fazer um capítulo de apresentação dos novos colegas e amigos do frank antes de seguir adiante. vou postar junto com o 15. é apenas um insight sobre eles (e mais importante: sobre o gerard, o mikey tem poucas e boas pra revelar).

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Frank veio a conhecê-los quando a noite por fim chegou, um a um. Não haviam segredos que pudessem ser mantidos naquela casa, todos já sabiam a história de Iero, restava à ele desvendar o passado de seus novos companheiros.

"Fui um combatente francês durante a segunda guerra." Timmy disse, contemplativo. "Um mero soldado forçado a se retesar quando a França foi brutalmente ocupada pelos alemães. Me uni à forças de resistência que foram, por vezes, trucidadas pelos inimigos estrangeiros. Eventualmente, os malditos me capturaram, você deve imaginar, os nazistas eram muito mais que asquerosos, tentaram tirar coisas de mim à todo custo, e para a surpresa dos algozes: nada disse sobre meus compatriotas. Nem uma única palavra. Tentaram me matar com um tiro na cabeça, que saiu de raspão pela lateral. Asnos, é o que eram." Ele disse, chistoso. "No morgue, inconsciente e a beira da morte, fui recebido com admiração por uma jovem francesa. Enfermeira Dominique. Meu primeiro amor, e minha criadora." Ele suspirou, em genuína admiração. Frank pôde ver carinho transbordando de cada uma de suas palavras. "Uma criatura milenar e sábia, que viu em mim um possível vampiro com potencial para a magnificência."

"O que ela viu em você, exatamente?" Frank questionou, curioso.

"Um bordado na parte interna do meu casaco fajuto, perto do meu coração, foi o que ela me disse. Uma foice e um martelo. Você sabe o que isso significa. Foi o suficiente para ela não me drenar, e ao invés disso, me amar como ninguém jamais havia me amado antes."

"E onde ela está agora?" Pete e Mikey o olharam de rabo de olho, logo percebeu que havia feito uma pergunta delicada.

"Dominique não pertencia à um clã naquela época. Eu sim. Ela se escondia por detrás da profissão para beber o sangue dos quase mortos. Um caçador, como você, covardemente a matou durante o sono." Ele recordou, mas não parecia rancoroso, eram memórias antigas. Frank se deu conta de que Timmy era possivelmente um dos vampiros mais maduros daquela casa. Falava do passado como se fosse apenas isso, o passado. "Tive apenas doze anos com ela, e foram os melhores doze anos da minha vida. Não fui atrás do rapaz, ele já deve estar morto de qualquer maneira, ou muito velho, não guardo mágoas de ninguém, apenas do governo. Nosso maldito governo."

Pete, por sua vez, afirmou ser o vampiro mais novo depois de Frank. O que ele já suspeitava, pois este não se prostrava como os outros dois. O lembrava dos homens de quando ainda era criança, e seu instinto não falhou. Nascido e crescido em Illinois, foi transformado em 1982 aos vinte e quatro anos. Seu criador o acompanhou durante seus primeiros dez anos, como deveria ser, aparentemente; depois, partiram para caminhos distintos como bons amigos. Patrick era seu nome, um vampiro ancião e bastante amigável, segundo Wentz.

"Não vejo o cara há anos." Soava chateado, embora conformado. "Ele me assentou nesse lugar, cuidou de mim, e aí depois vazou, perdemos contato."

"Deve estar ejaculando o veneno em mais humanos por aí." Timmy zombou, recebendo um falso olhar irritado do amigo, que nada disse, pois sabia que era apenas uma brincadeira.

Mikey, no entanto, tinha a história mais magnética, aguardada e instigante, pois continha a incógnita mais dolorosa e difícil de todas, a dúvida cruel que fazia a cabeça de Frank Iero girar em círculos sem parar: quem era Gerard Way?