A Mercê de Suas Mãos

1°Superfície da Terra

Os capítulos serão postados uma semana sim e uma semana não.
Boa leitura!
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No infinito céu azul, anjos e deuses na mesma sociedade viviam em paz
                                          (ou não).

   Maxim me fodia com força tirando suspiros e gemidos de meus lábios, minhas mãos amarradas e ele as segurando acima de minha cabeça. Senti uma mordida forte no meu pescoço, minhas pernas tremiam de tanto tesão que eu tinha naquele deus...

.....
Isso não durou muito tempo, afinal, o ego de um deus é como uma taça de vidro.
.....

Maxim- Como ousas desafiar-me!? 'Esbravejou exaltando a voz assim a fazendo ecoar diante o infinito'.

Melina- Mas eu não me vi contra o senhor!
   'Me ajoelhei na sua frente implorando por misericórdia e então encostei a testa no piso branco, tão branco quanto o túnel da vida'.

Maxim- Você se opôs contra mim, duvidou de minha capacidade e autoridade!
   'Ele me olhava de cima com desprezo' O que você fará para que eu te perdoe?

Melina- Tudo... Farei tudo que o senhor desejar...
      'Me rastejei até perto dele e beijei várias vezes os seus pés, senti a parte de trás dos meus olhos esquentarem e meu nariz formigar, estava segurando as lágrimas que tentavam sair'.

Maxim- Só isso? Você me dá nojo...
'Ele deu um passo para trás e então chutou meu rosto me fazendo cair de costas com o nariz sangrando... Sangrando?'.
    Sua vadia... Você viverá uma vida humana na terra, sentirá cada dor e dificuldade deles, essa é sua punição.

Milena-  O que!? Eu apenas discordei-
'Antes mesmo de terminar a frase senti minha cabeça girar e ficando pesada, minha visão escureceu e eu apaguei.

   Abri meus olhos e levantei em um pulo, olhei ao redor sentindo minha respiração pesada e meu peito se apertar em ansiedade, observei o beco úmido em que eu estava, minhas mãos tremiam e meus olhos se esquentando por trás das pálpebras.

    Senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto, e dessa vez nem era por ter um pau enorme de um dos deuses dentro de mim...

   Eu estava desesperada, nunca havia estado no mundo humano... Só aí que eu percebi- Minhas asas!

   Droga, logo no meu alge do infinito... Não, eu deveria pensar pelo lado bom disso, eu não deveria ficar triste por eu ter perdido todos os privilégios de um anjo guardião, afinal, pra que alguém quer voar, não passar fome, não precisar do oxigênio, não sentir dor ou sangrar.... É, eu tô ferrada.

Milena- Que se foda você seu cuzão!
'Gritei olhando para o céu com as bochechas molhadas pelas lágrimas e levantei meu dedo do meio em direção ao céu ensolarado.

  Tinha acabado de parar de chover, as paredes ainda estavam encharcadas e o chão com várias poças de água. Eu estava descalço e com um conjunto de pijama curto de ceda branco. Não era a melhor roupa pra se andar em local desconhecido que havia todo tipo de atrocidade por aí, mas fazer oquê né.

  Andei até o final do beco colocando apenas a cabeça para fora dali e me apoiei na parede, ele deu de frente para uma rua principal, era movimentada e cheia de muvuca, lojas, prédios e comerciantes nas ruas entregando panfletos, provavelmente o centro da cidade.