Capítulo 8. - Me diz ai, você traiu ou não traiu?

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Admito que o local era enorme e impressionante. Desde a abóbada na parte superior do salão, até às estátuas de antigos reis e rainhas que governaram Raviera, até a bela tapeçaria da família atrás do que seria o trono onde meu irmão encarava incrédulo. O salão ficou em silêncio por alguns segundos, até estourar em burburinhos e fofocas. Todos estavam chocados. Os nobres, duques, condes, marqueses e até alguns cavalariços, muita servos e todos pareciam reconhecer minha existência. Até porque tinha um quadro da minha família no corredor e minha cara não tinha mudado em nada, só meu estilo.

Enquanto especulam, encarei o quadro à minha frente

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Enquanto especulam, encarei o quadro à minha frente. Aquela era a minha família? Presumia que o mais jovem. Não reconhecia nenhum rosto, não sabia quem eram. Queria poder lembrar e ao mesmo tempo não. Era um sentimento confuso. Os via pela primeira vez. E pensar que a gente brincava, brigava e comia juntos, tudo o que fazia com minha família do navio. Nada parecia de fato real.

A incredulidade e o silêncio não demorou a se transformar em vozes altas  atordoadas e intensas. Meu suposto irmão se levantou do trono completamente chocado. Esse cara parecia ter saído de alguma revista de cavalariços. Cabelo curto alinhado, castanho, olhos azuis foscos, lábio fino, pele branca, barba aparada, e uma roupa pomposa com as cores vermelhas e douradas.

Havia um quadro apenas desse cara que se destaca. Parecia ser do tipo que se pudesse chuparia o próprio pau. E não parecia em nada com a gente, por isso entendia o título "bastardo".

Comecei a caminhar pelo salão na sua direção

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Comecei a caminhar pelo salão na sua direção.

- Você não estava morto? - A voz cheia de incredulidade e seu tom extremamente arrogante se sobressai diante de tantas vozes e comentários.

- Oh, sim. - Fiz uma reverencia teatral ao golpista. - O príncipe Albertin Gracy August de Raviera está vivo e ao seu dispor do reinado. - Digo com a voz mais adocicada que consigo fazer. Podia notar olhares incrédulos e alguns até felizes pela minha volta. Procurei por Alexander no meio das pessoas presentes no grande salão e não demorei a encontrar o gostoso. Que parecia atônito, enquanto um homem mais velho e imponente estava ao seu lado. Pelas fisionomias parecia seu pai. A calma que estava denunciava que sua mente máquina algo. Sussurrava no ouvido de Alex alguma tramóia inaudível aos chocados. E seu filho parecia ignorar completamente.

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