ONE-SHOTS SOOSHU

o amor não espera

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Soojin sempre foi uma pessoa que preferia as margens da vida social. Ela gostava de ficar sentada no canto, observando as pessoas ao seu redor, perdida em seus próprios pensamentos. Havia algo de reconfortante na maneira como ela podia estar presente, mas ao mesmo tempo distante, observando a vida se desenrolar como um filme silencioso.

No entanto, havia uma pessoa que conseguia tirá-la de sua contemplação silenciosa, uma pessoa que conseguia captar sua atenção mesmo em meio à multidão. E seu nome era Shuhua.

Shuhua era como um raio de sol, sempre iluminando tudo ao seu redor. Ela tinha um sorriso que poderia derreter corações e uma risada que fazia você querer rir junto. Shuhua era uma força da natureza e Soojin se sentia atraída por ela como um ímã.

A amizade delas começou na faculdade. Shuhua, com seu jeitinho extrovertido, se aproximou de Soojin no primeiro dia, oferecendo ajuda, já que a coreana parecia perdida. Foi o início de uma amizade que cresceu e floresceu com o passar do tempo.

No entanto, à medida que os dias se transformavam em semanas e as semanas em meses, Soojin percebeu que seus sentimentos por Shuhua estavam mudando. Ela se pegava pensando em Shuhua quando estava sozinha, seu coração batia mais rápido quando Shuhua sorria para ela, e ela sentia uma pontada de ciúmes quando Shuhua passava tempo com outras pessoas. Soojin estava se apaixonando por Shuhua.

Em uma noite estrelada, Soojin decidiu que iria confessar seus sentimentos para Shuhua. Elas estavam sentadas no banco do parque do campus, o único lugar onde Soojin se sentia confortável o suficiente para compartilhar seus sentimentos mais profundos.

"Shuhua," Soojin começou, sua voz mal acima de um sussurro. "Eu preciso te contar algo."

Shuhua se virou para olhar para Soojin, seu rosto iluminado pela luz suave da lua. "Claro, Soojin. O que houve?" Ela perguntou, sua voz cheia de preocupação.

No entanto, antes que Soojin pudesse responder, o som agudo do celular de Shuhua cortou o silêncio da noite. Shuhua pegou o telefone e seu rosto perdeu a cor. "Eu preciso ir, Soojin. Desculpe." Ela disse, se levantando e saindo correndo antes que Soojin pudesse dizer qualquer coisa.

Soojin ficou sentada no banco do parque, a frieza da noite se instalando em seus ossos. Ela tinha perdido a chance de confessar seus sentimentos.

...

No dia seguinte, Soojin estava sentada na mesa do refeitório da faculdade, sua cabeça baixa e seu coração pesado. Ao lado dela estavam Soyeon e Yuqi, suas melhores amigas e confidentes.

"Soojin, você precisa levantar a cabeça." Yuqi disse, tentando oferecer palavras de conforto.

Soojin apenas assentiu, seus olhos ainda fixos na mesa.

"Eu sei que é difícil," Soyeon disse, sua voz cheia de compreensão, "mas você não pode deixar isso te abater. Você precisa falar com Shuhua."

Enquanto Soojin estava perdida em pensamentos sombrios, uma figura familiar surgiu na entrada do refeitório. Shuhua apareceu com sua bandeja em mãos, seus olhos procurando um lugar para se sentar. Ao lado dela, uma menina desconhecida, que seguia Shuhua com um olhar curioso.

"Soojin," Soyeon cutucou Soojin, sua voz baixa e urgente. "Shuhua está vindo para cá."

Soojin levantou a cabeça, seus olhos se encontrando com os de Shuhua. Por um momento, ela se esqueceu de respirar, o alívio e a ansiedade se mesclando em seu peito. Mas então, seus olhos se desviaram para a menina ao lado de Shuhua, e seu coração afundou.

Shuhua estava com um sorriso caloroso enquanto se aproximava da mesa. Ela colocou sua bandeja na mesa e se sentou ao lado de Soojin, a proximidade fazendo o coração de Soojin acelerar. "Oi pessoal," Shuhua cumprimentou, sua voz alegre. "Quero que vocês conheçam Miyeon. Ela é nova aqui, então decidi mostrar o campus para ela."

Miyeon sorriu, acenando timidamente para Soojin e as outras. "Oi, é um prazer conhecer vocês."

Soojin conseguiu dar um sorriso fraco em resposta, mas seu coração estava pesado. Uma onda de medo e insegurança a invadiu. Ela se lembrou do seu primeiro dia, de como Shuhua havia mostrado o campus para ela, de como ela tinha se apaixonado por Shuhua. Será que Miyeon também se apaixonaria pela taiwanesa?

Ela tentou afastar esses pensamentos, tentou se concentrar na conversa, mas eles continuavam voltando, como um eco persistente. Ela se perguntou se Shuhua notaria o que estava acontecendo, se ela perceberia o quão perturbada Soojin estava. Mas Shuhua estava ocupada conversando com Miyeon, seus risos preenchendo o ar.

No entanto, Soojin sabia que ela não podia deixar isso continuar. Ela tinha que falar com Shuhua, tinha que confessar seus sentimentos. Porque o amor não espera, e ela estava cansada de esperar.

No final do dia, Soojin reunia toda a coragem que tinha e caminhava em direção ao quarto de Shuhua. Ela sabia que não seria fácil, mas ela estava determinada. Ela bateu na porta, seu coração batendo forte em seu peito.

"Shuhua," ela disse quando a porta se abriu, "precisamos conversar."

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