Ó miserável ser, tão patético e frágil em todos os dias de sua vida que se passam, inútil como sempre foi. Sua mera existência foi um grande erro, um desperdício de tempo que não deveria ter ocorrido, sempre esconde-te na escuridão de seu vazio quarto para se isolar do mundo a fora para continuar para o que você sempre serviu, nada.
Tão patético que todos os seus falecidos parentes, seus ancestrais, suas linhagens teriam vergonha de tamanha estupidez que tu és. Sempre tendo que ser consolado por sua doce mãe, que teve o azar de ter dado à luz para alguém como você, sendo que poderia ter tido um filho mil vezes melhor do que tu jamais será.
Sua existência é tão insignificante considerado à todos o resto, nunca terás algum tipo de relevância em sua miserável vida curta. Lembra-tes dos sonhos que tanto almejas? Jamais irão se realizar, serão destruídos diante teus olhos tristes e vazios por causa da tua escassez de força de vontade. Tão patético que sempre desistes na primeira falha que cometes, querendo que o resultado saia como esperado, mas parece que o destino apenas tem uma única aguardada para ti, a miséria.
Sempre envergonhado de si mesmo ao ponto de nem querer olhar seu próprio reflexo, a obesidade que lhe causa o desejo se cobrir por inteiro, até mesmo nos dias infernais de sol para terem que se deparar com a horrorosa vista de seu corpo horrendo. Sempre ouvindo as palavras de sua mãe, dizendo que não eres um obeso fracassado e inútil, que até pessoas como você não possuem vergonha de seus corpos, o que lhe causa mais desgosto sobre a ti mesmo. Sua doce progenitora dizendo que terás um brilhante e maravilhoso futuro, mas sempre negas suas esperançosas palavras, pois sempre soubes que nunca serviu de nada.
Tu sempre tiveste medo da sua inevitável morte, temendo a sensação de soltar o último suspiro, de morrer dolorosamente, de morrer cedo demais, de morrer sozinho e de não concluir nenhum de seus almejados sonhos tolos. Como sempre, tua mãe tinha que lhe confortar sobre isso, dizendo que quando morresse, iria se juntar à ela no paraíso para a vida eterna. Mas você sempre soube que apenas um lugar lhe aguardava quando partisse desse mundo, o inferno.
A timidez que sempre o acompanhou por todo o percusso de sua vida, temendo o julgamento alheio que receberia, temendo as falhas e os possíveis momentos embaraçosos irão o acompanhar por um longo tempo. Continuando a lembrar-se de erros insignificantes que cometeu no passado, agindo como se fosse a pior coisa que ocorreu, mas a realidade, é que você sempre foi o único que se importou com essas bobagens, enquanto todos pensam que tal coisa nunca aconteceu.
Seus segredos que sempre guardou consigo para que sua mãe não tivesse o desgostos de saber o que seu amado filho havia feito, mesmo quando a mesma lhe avisava para não o fazer. Mas tu sempre foi um deveras imbecil para não escutá-la, fazendo-te ter feito coisas que nunca faria em toda sua vida.
São inúmeras coisas sobre ti que fariam todos a sua volta terem desgosto de sua existência, preferindo que tu jamais tivesse nascido. Tu mesmo sabes que sempre foi um miserável, continuaras sendo um miserável, e sempre serás sendo um miserável.
Ó miserável ser, a tua existência foi um erro que precisa de uma correção. E a correção, será o fim da tua irrelevante vida.
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Miserável Ser
PoetryOs pensamentos negativos nem sempre serão sobre coisas a sua volta, mas também, serão sobre a si mesmo.