Uns grupos desciam no elevador e eu desço com o último grupo: Z, Kay, Bones e Miguel.
-Bora derrubar a Night! – Bones dizia, quando chegávamos na garagem.
-E aí? Vamos como? Estamos em 5. Será que cabe todo mundo no carro do Chay? – Z perguntava, quando nos deparamos com a nossa garagem com alguns outros veículos saindo da mesma.
Lock, Leya, Rick e Alessa já haviam saído e, provavelmente, estavam esperando na saída.
-Você pode ir comigo. – Kay me chamava para sua moto.
-E a gente? – Miguel me perguntava.
Eu pegava do bolso do meu coldre/cinto e eu dava a chave do carro para Miguel, arremessando, enquanto andava para a moto de Kay.
-Obrigado.
-De nada. Cuide bem do meu carro. Não quero ver ele rachado nem quebrado... muito menos, destruído ou amassado. – Eu brincava e embarcava na Lady of The Night.
Eu segurava na cintura de Kay e saímos da garagem e indo junto com todos ali para a Night Corporation. A Operação Maverick havia começado.
Dirigindo por aquelas ruas tão vazias, eu podia lembrar da primeira vez que andava por elas. Cheias de trabalhadores, felicidade e tranquilidade. A guerra realmente destrói possibilidades e oportunidades.
As ruas pareciam tão irrelevantes e tão sem sentimentos. A guerra tirou isso das pessoas. Os prédios... não havia nenhuma luz acesa em nenhum prédio que, antes, possuía civis. A grande maioria conseguiu evacuar a cidade e partir para outras, mas outras não tiveram a mesma sorte e acabaram indo para o seu fim.
A CyberPUNKS sempre teve o mesmo propósito. Nunca tiveram uma conquista tão grande. A EMP1RE e a CyberPUNKS juntas, numa aliança contra o fim de uma guerra que poderia ocasionar num futuro mortal e quase impossível de se viver.
Estou nessa junto e eu sei que vamos derrotar. Mesmo com mortes, pessoas machucadas nisso, nós vamos conseguir. Não importa se alguém possa morrer, o importante é que vamos conseguir. Apenas... não quero levar sangues de meus amigos em minhas mãos e na minha culpa,
Quanto mais a gente se aproximava, mais eu ficava nervoso. Eu olhava para cima e via o grande arranha-céu da Night Corporation, que continuava mesmo acima das nuvens. Era imponente. Me provocava um sentimento de "ser inferior".
Estacionamos nas bordas do prédio e uma luz vermelha ecoava da aura do prédio. Era assustador. Todos paramos e nos reunimos para entrar juntos. Lock iria na frente e tomava a frente.
Uma ligação fica no meu capacete. Math começa a falar:
-Fiquem tranquilos. Estou comunicando a todos. As câmeras de segurança estão sem filtro, ou seja, elas não estão funcionando. Estão desligadas. Emily instalou um vírus de ataque, um pouco antes de vocês chegarem. Nenhuma câmera de segurança que nós encontramos e conseguimos hackear está funcionando. O caminho está aberto. Câmbio, Math. – A chamada é desligada.
Nos deparamos com um balcão e uma recepção muito calorosa: parecia uma entrada de hotel 5 estrelas. Tapete vermelho e chão amarelo com detalhes mais antigos de época, demonstrando luxúria e riqueza.
Vemos ao balcão o possível segurança. Era um robô com um terno preto e uma gravata vermelha, com o símbolo da Night Corporation (N) no peito direito, em cima de um bolso. Tinha olhos vermelhos e uma máscara branca, em meio ao seu material cinza, com fios atrás da cabeça. Atrás dele, tinha dois elevadores, com cor cinza-escuro.

VOCÊ ESTÁ LENDO
CYBERPUNK 2086
Science FictionO ano é 2086, 9 anos após o primeiro auge da época cyberpunk. A cidade é nova agora: NeoTown. Muita tecnologia e muita diversão, para os mais privilegiados. O sistema não mudou, mas o problema é que, agora, o governo quer controlar todos e quer ter...