!.愛ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ ¹³☁

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William, com os olhos quase marejados, lutando para conter as lágrimas e os soluços, proferiu com dificuldade suas palavras, como se seus olhos estivessem prestes a transbordar junto com as emoções que ele tentava conter:

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William, com os olhos quase marejados, lutando para conter as lágrimas e os soluços, proferiu com dificuldade suas palavras, como se seus olhos estivessem prestes a transbordar junto com as emoções que ele tentava conter:

— Não!

William declarou com um tom grave, quase como um grito, encarando seu pai, Willie, com um olhar confiante e destemido, buscando transmitir uma mensagem poderosa através de suas palavras.

— Não? O que isso quer dizer, meu querido filho? Tens-te tornado muito desobediente às ordens de teu pai. Não ouviste jamais a sabedoria que diz para os jovens respeitarem os mais velhos? Será que devo ensinar-te tudo novamente, desde o princípio?

Willie falou enquanto segurava firmemente o braço de seu filho, que o encarava com uma mistura de raiva e quase lágrimas. William expressava sua raiva quase chorando, não de tristeza, mas de pura indignação. Era como se ele canalizasse toda sua fúria em lágrimas, em vez de palavras ou em golpes contra a parede, como tantos homens faziam, especialmente seu pai.

O pai de William se aproximou dele, sussurrando em seu ouvido, enquanto William mantinha um rosto sereno e frio, tentando ignorar suas palavras:

— És verdadeiramente um homem? Apesar disso, mostras fraqueza, chorando como um bebê. Pensas que não percebo por que não queres casar? Deve ser difícil para um filho de um imperador como eu saber que te deitas com outro homem, não é verdade?

William ficou indignado com a audácia de seu pai em usar seus segredos contra ele. O jovem William não podia acreditar que seu pai estava ciente de suas confidências. Ele olhou para seu pai, Willie, com uma expressão de ódio e repulsa, e disse:

— Como ousas dizer tal coisa? Desprezível!

Willie sorriu de maneira sinistra, seu sorriso carregado de deboche, enquanto continuava com um tom de voz elevado:

— O que foi? Sentiu-se ofendido, meu querido filho? Estou apenas falando a verdade. Afinal, como é se deitar com alguém do mesmo gênero, diferente de uma mulher?

Naquele instante, uma enxurrada de lembranças inundou a mente de William. Era difícil para ele aceitar que o homem que mais admirava se revelasse como um completo desapontamento, seu próprio pai, Willie. Desde sua infância, William fora educado para ser um indivíduo de caráter forte, sempre buscando o melhor, mesmo que isso significasse sacrificar seus próprios desejos.

William encontrava a verdadeira paixão em sua habilidade para a pintura, uma forma de expressão que transcendia os limites da realidade. Contudo, sua vida tomou um rumo diferente quando seu pai, decidindo suprimir seus sonhos, o matriculou em uma das escolas mais rigorosas da vila de sua família. Apesar dos esforços de William para se concentrar nas aulas, sua mente continuava a vagar em direção às telas imaginárias. Mesmo cercado por colegas de classe de alta linhagem, enquanto somente uma professora instrui os alunos em leitura e escrita, William estava imerso em um mundo próprio, distante da realidade imediata.

A professora, presente na sala de aula, exibia uma expressão de satisfação enquanto interagia com os demais alunos, especialmente com um jovem garoto de cabelos ruivos, cujo olhar carregava uma certa confiança, como se antecipasse elogios imediatos vindos da professora.

Enquanto a professora e o garoto de cabelos ruivos observavam, suas atenções se voltaram para William, cuja figura se destacava sob a luz filtrada pelas janelas da pequena sala de aula. A professora se aproximou de William, segurando seus braços enquanto brandia a régua em suas mãos.

— Por que não escreveste o que te ordenei? Serás tão preguiçoso que sequer começaste a escrever?!

Ela disse enquanto apertava as mãos pequenas e pálidas de William com firmeza, forçando-o a escrever com brutalidade.

William gritou de dor, sua voz infantil ecoando na sala, revelando sua aflição enquanto lágrimas inundavam seus olhos.

— Solte-me, por favor! Prometo escrever desta vez, prometo... Por favor!

A professora sorriu ao olhar para ele, seu sorriso carregado de malícia enquanto acariciava o rosto de William.

— Está bem, caso não escrevas e não alcances êxito na vida, não me culpes, culpe a ti mesmo, rapaz.

Os outros garotos que testemunharam a cena, incluindo o garoto de cabelos ruivos, começaram a rir de William, trocando murmúrios zombeteiros entre si enquanto a professora se afastava dele.

O garoto de cabelos ruivos se aproximou de William, lançando-lhe um olhar de superioridade enquanto sussurrava em seu ouvido. Sua voz, embora infantil, possuía um tom mais grave e penetrante do que a de William.

— Como pode um filho do maior imperador desta vila ser tão... Covarde, e ainda chorar diante da ameaça de uma mulher...

William tentou ignorar as palavras do garoto, mas este segurou seu rosto, forçando-o a encará-lo nos olhos com um misto de fúria e deboche.

— Olhe para mim quando falo contigo. Quem és tu, afinal? Um inútil?

William ficou indignado com as respostas do garoto. Ele hesitou antes de falar, mas finalmente disse com dificuldade:

— Eu sou alguém!

O garoto de cabelos ruivos sorriu debochadamente, franzindo a testa em sinal de desdém, como se expressasse nojo, e então disse:

— Ah, é mesmo? Então me diga, quem és tu?

William permaneceu em silêncio diante da pergunta do garoto, sentindo-se intimidado. Em seguida, com grosseria, o garoto de cabelos ruivos disse:

— Como eu pensava, tu não és ninguém...

Ele empurrou o ombro de William rudemente antes de seguir em frente, parando para olhar para o lado e repetir, humilhando-o mais uma vez:

— Ninguém!

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