Capítulo único.

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capítulo único.
"A Sereia"

Misericórdia não era algo de que a sedução variava, mas sim das mentiras, da ilusão, da magia do canto tão esbelto quanto a paisagem do mar inquieto ao pôr do sol

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Misericórdia não era algo de que a sedução variava, mas sim das mentiras, da ilusão, da magia do canto tão esbelto quanto a paisagem do mar inquieto ao pôr do sol.

Para sereias, o mar era sua única casa, os homens poderiam pertencer-lhe, mas elas jamais pertenciariam a eles. E quando ao ápice da lucidez, do encanto pelo timbre, da magia a afundar no coração, e perturbar a mente, os homens caminhavam até as rocha, e então, devorados eram, levados até o fundo do oceano, pelos seres belos com
suas esbeltas caldas, com as escamas e barbatanas como as de peixe, seus cabelos nada incômodos ao sal que ao submerso pertencia.

E de lá, ninguém voltara para contar.

Regúlos Black jamais imaginara, que emcantar-se por seres tão aterrorizantes fosse algo honesto, chegara a imaginar que eram apenas histórias as quais os pais contavam as crianças para não aproximar-se do mar. Mas ao ver o ser ser retirado da água, pelos comensais da morte, aquela majestosa garota, tão esbelta como qualquer ser marinho ou humano, com seus olhos de tragédia, marrons como caramelo, cabelos pretos como o céu da meia-noite, ele entendera.

Ele detestava o mar, o oceano, tudo da deriva da água. Mas, a pediria para levar consigo para o profundo daquela imensidão aquática.

Quando seus olhos encontraram os seus aquela noite, Regúlos sentira-se vazio, ao saber que jamais a conseguiria responder com o rescuo que ela lhe implorara pelo olhar.

Lord Voldemort planejava transtornar a vida de Albus Dumbledore, a retirar a vida dos preciosos meio-sangues que aventurariam-se a andar pelas proximidades do lago negro, e ao canto da sereia, afundariam-se.

Regúlos caminhara todos os dias ao lado daquele rio em busca da sereia, sobre a névoa, chuva, ou sol. Mas a sereia mostrara-se cética a mostrar-se ao belo garoto.

Black desistira.

Esperando que a sereia houvesse se libertado das garras serpentinas de Lord Voldemort. E pudesse estar vagando pelo mar onde agora havia atravessado.

Dentro da Caverna de Cristal ele roubara, junto a seu elfo, o medalhão da sonserina, o bem maior de Lord Voldemort, visando destruí-lo quão sedo conseguisse, para enfraquecê-lo cada vez mais.

O peso de carregar no entanto, aquela fonte de sofrimento e angústia, decidira-se afogar-se junto ao pertence do grande Lord.

A sereia como uma de suas memórias de desamparo, surgira, encantada pelo reluzente dourado e a cobra traiçoeira contida ao arredor de seu pescoço, com seus olhos de tragédia e beleza enigmática, de tanto seduzente.

Desta vez, não parecia temer.

— Desculpe-me.

Ela movera-se, incomodada com as palavras sutis do jovem garoto.

O sentimento de culpa subiu amargo.

E realizara que não poderia salvá-la, não de quem ela era, de quem ela foi feita a ser.

Sua única salvação, era o sacrifício, a morte.

— Leve-me ao profundo consigo — ele pedira. Ela lhe encarara, uma mistura de pensamentos, e um pingo de desconfiança. Afinal, ele era um comensal da morte. — Mate-me, e eu a deixo ficar com isso.

— Eu não quero isso — a garota respondera, como um desprezo, então seus olhos percorreram a seu corpo e em seus mínimos detalhes. — Quero você.

Assim seja, cara...

Sequer sabia seu nome.

— Arthemisia.

— Cara Arthemisia — terminara. Porém palavras vieram á seus lábios, como um implorar, quando seus joelhos encostaram o chão. — Se for apenas eu o que deseja. Destrua este medalhão, rápido.

Arthemisia parecera confusa. Mas aproximara-se do rapaz, segurando em seu medalhão.

— Peça novamente.

E no fundo daqueles olhos sua consciência se esvaira, o coração perdeu-se na melodia, como o senso perdeu seu ritmo antes que a melodia em suas veias dancasse.

E entendera todos aqueles que um dia afogaram-se com as belas criaturas.

— Leve-me.

Ela puxara seu corpo para baixo, seus lábios, gélidos, encostaram os dela, tão macios e saudáveis, venenosos, com o gosto da vida, a promessa da morte.

Apesar de seu desgosto da água, nela sua história perdeu-se, e o que dela restara eram planejamentos do que pretendia fazer, escritos em um pequeno pergaminho, que residia no profundo desconhecido do lago negro, nas mãos de uma sereia, Arthemisia.

THE MERMAID - R. BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora