LVII - Inexplicável

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Para a alegria daqueles que procuravam um pouco de privacidade e diversão na noite, o cinema estava tranquilo. Não era dia de estreia de filme algum e todas as salas com sessões em andamento estavam pela metade de cadeiras usadas.

O discreto casal observava os cartazes de futuros lançamentos, antecipando um provável próximo encontro, embora aquele fosse o primeiro.

—Acho melhor comprarmos as pipocas. O filme começa em quinze minutos. Vamos entrar e procurar bons lugares – sugerira o rapaz.

A adolescente segurando sua mão sorrira, ainda com o olhar nos cartazes.

—Obrigada por me trazer – dissera ela – Quero dizer, sei que me convidou, mas eu disse que queria ver esse filme, então foi como se tivesse sugerido que me fizesse o convite. Não quis que se sentisse forçado a me acompanhar...

—Hannah...– dissera o rapaz com aquele sorriso que sempre quebrava suas defesas – Confesso que estou querendo muito assistir a esse filme também, mas sabe como é, nunca viria sozinho. Não iria pagar esse mico, entende? Então se analisar, é você quem está me salvando aqui essa noite. Estou impressionado, faz um século que não venho ao cinema, pode acreditar...

—Acredite, sei como se sente, não costumo sair muito. E duvido que estava tão ansioso para ver um filme do Tom Cruise! – rira a garota – Mas obrigada por fazer com que eu me sinta bem. Vou confessar uma coisa, não estou feliz apenas pelo filme... sua companhia me agrada, não me sinto assim desde...

A frase parara naquela palavra. A menina ainda estava com a boca aberta, seus olhos encarando o olhar do companheiro. O clima ficara tenso de repente.

Desde que terminei com Caleb... – pensara a loira em silêncio.

Art sabia o que ela estava pensando. A conhecia melhor que ela imaginava.

—Eu... – voltara a falar a menina em um sussurro – Me desculpe...

Hannah baixara o olhar, mas o oriental lhe tocara o queixo, a fazendo erguer a face e o encarar novamente. O sorriso em seus lábios carnudos tinha sumido.

—Hannah, não quero estragar a noite, mas preciso dizer... – começara Art – Sei que tinha um namorado e sei que deve sentir falta dele. Não estou tentando ocupar seu lugar, eu só gosto de você e aprecio sua companhia. Acredite, quero realmente estar aqui com você. Não se preocupe com...

Antes que Art terminasse de falar, a menina já havia se erguido na ponta dos pés e alcançado seus lábios. Embora não se sentisse segura sobre aquilo, antes de sair naquela mesma noite, Hannah se prometera diante do espelho que não deixaria o fantasma das lembranças com Caleb a impedir de ser feliz.

Caleb estava longe, muito longe e eles não estavam mais juntos.

Ela precisava seguir em frente e Art claramente fazia de tudo para a agradar, mesmo sendo tão desajeitado às vezes. E não podia negar o que sentia também.

Fora um beijo molhado e apaixonado, desses que duram alguns segundos.

Quando os lábios finalmente se descolaram, Hannah permanecera alguns instantes com os olhos fechados. Era a primeira vez, o primeiro beijo entre eles. E fora ela quem avançara e tomara a iniciativa. Em sua mente, mil ideias sobre o que Art estaria pensando sobre ela dançavam fora de ritmo.

Já na mente de Art, apenas dois pensamentos estavam em conflito.

Quando descobrissem sobre aquilo, quem tentaria o matar primeiro, seu pai ou a mãe da adolescente? Seus planos incluíam ficar por perto da menina, cuidar dela, garantir que ficaria em segurança. Contudo, não havia um protocolo sobre como agir naquela situação. O que fazer caso ela se apaixonasse por ele?

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora