[SÃO PAULO: SANTOS - ANOS ATRÁS...]
POV: ???
O Paranormal não vem para a Realidade de maneira fácil.
E a Ordem sabe muito bem disso.É por entendermos essa frase que agimos nos locais mais inusitados.
Santos é uma cidade movimentada. Eu diria que uma das razões pra isso é o seu porto. Chegam sempre produtos importados e mercadorias de todo o mundo. É um local muito movimentado durante o dia e até durante a noite. E foi pensando assim que nós invadimos um dos galpões. Esse porto é um ponto de chegada de muitas coisas que chamam atenção para grupos ocultistas como artefatos, objetos amaldiçoados, livros e, até mesmo, criaturas.
Um informante disse que poderia ter uma atividade ocultista em um dos galpões. Sabendo da periculosidade disso, nós fomos até lá. Invadimos um dos galpões extensos durante a noite e interrompemos o ritual de um grupo de ocultistas que estava no local. Rapidamente, eu notei a espiral negra no chão repleta de lodo preto e cinzas. Antes que pudéssemos reagir, algo emergiu daquele símbolo.
Um Amálgama de lodo preto de 4 metros de altura consumiu os corpos dos ocultistas e os transformou em ossos apodrecidos com o tempo, retorcidos em espiral. Era como a união grotesca de esqueletos deformados com o lodo preto os juntando como uma liga. As cabeças de todos espirravam lodo preto pelo chão e tentáculos surgiam dessa fusão, tentando nos assimilar também e atacando o ambiente ao seu redor como se fora um recém-nascido enfurecido. Uma assimilação horrenda como essa precisaria ser expurgada o quanto antes.
O combate iniciou e eu acabei sendo atingido de raspão por um dos tentáculos. A criatura emitia sons erráticos como se os gritos de dor e agonia dos ocultistas fossem reproduzidos de forma invertida e inconstante. Enquanto recobrava minha consciência, eu me sentei e comecei a caçar a direção dos tentáculos de lodo preto. Um deles, subitamente, é disparado na minha direção como uma lança para atingir a minha cabeça. Por reflexo, eu fecho os olhos e ponho meus braços na frente.
...
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Lia: EI!! ACORDA, MOLEQUE!! - Uma voz me chamou e eu abri os olhos.
Uma mulher de uns 20 anos com os cabelos ruivos longos, presos por um rabo de cavalo, e olhos roxos cintilantes. Ela vestia o que parecia um cropped preto que deixava o umbigo à mostra, um casaco branco e verde amarrado na cintura, dois braceletes metálicos, uma calça forte verde-escura e botas pretas. Ela tinha afinidade com o elemento de Energia e um temperamento bem... impulsivo. Seu nome é Emília Moneghan, mas todos a conhecem por Lia.
Lia: Tela de Ruído! ~ELA SE ATIRA NA MINHA FRENTE, VIRANDO O CORPO PARA O TENTÁCULO DE LODO PRETO E ESTICA SEU BRAÇO, EMANANDO DESCARGAS DE PLASMA E ENERGIA QUE PROJETAM UMA BARREIRA RUIDOSA PARA NOS PROTEGER~
O golpe da criatura de Morte é rapidamente interrompido e seu tentáculo pega fogo e se desintegra em pleno ar ao entrar em contato com a Tela de Ruído. Mais sons de combate são ouvidos enquanto eu me levantava.
???: V-Valeu!! – Comentei, ainda surpreso.
Lia: Aí... vê se não fica parado!! A gente só se ferrou a partir do momento que entramos!! O tentáculo de lodo quase pegou na sua cara!! Tem noção do perigo disso, garoto?! A gente teria que levar só o seu esqueleto de volta pra Ordem!! - Ela me pega pelos ombros e começa a me sacudir muito rápido, deixando algumas faíscas elétricas com os movimentos.
???: "Acho que não vai ter esqueleto. Essa pirada vai transformar meu cérebro em purê se ficar me balançando..." - Pensei.
Por um reflexo, percebo a sombra daquela criatura sobre nós, dissipando a fumaça formada. Um rugido faz com que Lia me largue e, rapidamente, seus olhos brilham em roxo. A criatura novamente tenta nos atingir com seu lodo e ossos.
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Ordem Paranormal: Caçada Sangrenta
FanfictionA Ordo Realitas está abalada por conta de tragédias recentes que colocaram em cheque a confiança com seu líder. Em meio a esse cenário, um grupo de agentes é enviado para descobrir o paradeiro da Equipe Thunder em Redwood Valley, EUA. Ao mergulharem...