The Charlie

Quatro

Charlie saíra com Noah para tomar alguns drinks, mas dessa vez não levou uma mulher para sua cama, ficara com o melhor amigo e voltara com ele para casa, estavam tão bêbados que adormeceram juntos.
— Charlie acorda.
Hum...
— Vamos, levante-se.
— Já vai...
— É sério, se você não se acordar agora, eu juro que jogo água em você.
— Tá bom, tá bom, já estou acordado.
— Isso sempre funciona.
— Engraçadinho, opa, espera aí, dormimos juntos?— Pelo jeito, sim.
— Cara, você se aproveitou de mim?
— Já falei que você não faz o meu tipo, vamos, deixe de gracinhas, vamos para a empresa em 15 minutos, temos um dia longo pela frente, há, vou usar um de seus ternos.
— Fique à vontade, meu amigo, você sabe mesmo como estragar o dia de alguém!
— Vamos, anime-se, você vai poder ver a secretaria gostosona! — Noah falou, piscando para o amigo!
— Muito engraçado.
Só quero que você aprenda o seu ofício o mais rápido possível, lembre-se de que Simon está de olho em você, ele está esperando somente um deslize para tomar o seu lugar.
— Sim, senhor! (Fez pose, se sentindo)

                                  **********

— Você deve estar adorando sua nova vida.— Noah fala entregando um café para Charlie.
— Para te falar a verdade não muito.
— Vamos, você agora é um homem de extrema importância, um milionário.
— Preferia minha vida de antes, eu era livre.
— Charlie, uma hora temos que crescer, não dá para viver aquela vida para sempre, para falar a verdade, estou feliz de ver você crescer, ter responsabilidades!
— Você tá parecendo meu avô falando. — Charlie fala com carinho, pegando no ombro do amigo.
— Eu só não entrego tudo para o Simon, porque adoro um desafio, e se fosse da vontade do meu avô o nome dele estaria no lugar do meu.
Só queria saber o que o vovô viu em mim, como confiar tudo isso a mim?
— Fico lisonjeado com o elogio, mas o seu avô tinha os motivos dele, você sabe o seu potencial e ele também sabia. Não deve ficar questionando!
— Eu vou tentar não fazer!

Os dois ficaram sorrindo e brincando até chegarem na empresa.
— Finalmente vou conhecer a secretaria.— Noah pisca para Charlie.
— Você não presta.
"Bom dia, vossa graça"
— Olá, seja bem-vinda vossa graça.
— Oi, Isabela, o que já conversamos sobre o, vossa graça?
— Me desculpe, continuo me acostumando.— A secretaria fala sem graça!
— Esse é o meu advogado particular, Noah Johnson.
— Muito prazer.
— O prazer é todo meu, senhorita Isabela. — Noah beija a mão de Isabela.
— Vou acompanhá-los até sua sala.
— Ok — Charlie respondeu olhando para o traseiro da secretaria.
— Srta. Isabela, por gentileza pode ir buscar duas xícaras de café?
— Sim, senhor, irei providenciar.
— Obrigado.
Ficaram olhando a secretaria sair, até que:
— Me sai bem?
— Muito bem, quase não deu para perceber a baba caindo da sua boca.
— Agora você me entende?
— Na próxima vez, tente não ficar olhando para o traseiro da moça, daqui a pouco ela vai te denunciar por assédio. — Noah fala em tem zombeteiro!
— Você é muito engraçado, já pensou em virar comediante?
"Eles rir"
— Falando sério, realmente ela é um espetáculo, mas devo lhe informar, ela não dá a mínima para você.
— Como você sabe?
— Eu sempre sei.
— Ela está noiva.
— Entendi, então quer dizer que ela só não está caída a seus pés porque está noiva?
— Faz sentido, ela deve ser muito fiel!
Eu sou muito bonito, é difícil alguém resistir ao meu charme!
— Você é muito convencido, vamos treinar a modéstia.
— Eu tenho os meus motivos para não ser modesto!
— Você é inacreditável.
— Eu sei, haha
— Certo, irei para a minha sala quando ela voltar com os cafés, preciso olhar a documentação e pôr as mãos na massa.
— Eu vou fazer o mesmo.
— Sei, vai ficar aí sem fazer nada na sua poltrona de chefão, que eu sei.
" Com licença, está aqui os cafés como pedido."
— Obrigado, pode se retirar para sua mesa.
— Está bem, estou à disposição.
Ela fechou a porta e saiu.
— Não fale isso, senhorita Bela. — Charlie coloca a xícara na boca com um olhar confiante.
— Você não presta.
Charlie sorrir de canto.
— Vou me retirar também, com licença vossa graça.
— Muito engraçado.
Noah passa pela porta e a fecha dando gargalhadas.
Charlie ficou até tarde trabalhando, ficou somente ele e Isabela revisando documentos, assinando documentos, ele estava esgotado!
— Chega por hoje.
Ela olhou surpresa para ele.
— Vamos comer alguma coisa?
— Eu posso pedir que tragam algo.
— Não, vamos sair daqui, antes que eu fique louco.
— Eu não acho.
— Besteira, você vai me acompanhar, não aceito um não como resposta.
Então ela aceitou o convite.
— Conheço um lugar com uma comida ótima.
— Ai que maravilha.
— Só não é muito chique.
— Não ligo para isso, senhorita.
Ela deu um sorriso e saíram.
— Diga-me, srta., você nasceu em Londres?
— Sim, vivi minha vida toda aqui.
— Já viajou para algum lugar?
— Não, nunca viajei para outro país, nunca tive tempo.
— Não me diga, eu sempre gostei de viajar.
— Então o senhor deve conhecer vários lugares diferentes, várias culturas.
— Conheço, eu sou fascinado, o mundo e belo srta.
— O senhor está gostando de ter voltado?
— Você pode me chamar de Charlie, na empresa é interessante me chamar de senhor, mas fora por favor me chame pelo meu nome.
— Então pode me chamar de Bela, é assim que todos me chamam.
Eles sorriram um para o outro e continuaram andando.
— É muito longe a lanchonete?
— Não, podemos ir a pé, exceto se...
— Não, vamos andando. — Charlie levanta os cotovelos para que a Isabela segure.
— Adoro a comida de lá.
— Então vou confiar em você. Me diga há quanto tempo você está noiva?
— Há três anos, mas nos conhecemos desde crianças.
— Bastante tempo.
— Sim. Eu o amo muito, éramos melhores amigos, aí o sentimento foi ficando maior e cá estamos nós, noivos. — Ela fala com um sorriso no rosto de felicidade.
— Que interessante, o meu melhor amigo é o Noah, ele sempre esteve comigo.
— Ele parece ser uma ótima pessoa.
— Ele é.
— Meu noivo é o meu melhor amigo e a Alie, ela é a minha confidente, minha irmã mais nova.
— Seus olhos brilham quando fala dela.
— Sim, ela é a melhor pessoa que eu conheço.
Charlie ficou calado por um tempo, lembrara da sua irmãzinha, de como eram inseparáveis.
— Bom, chegamos.
— Vamos entrar?
— Claro.
— Primeiro a senhorita — Charlie abriu a porta.
— Obrigada - O que você vai querer?
— O que você me recomenda?
— Já sei.
"Ela fez o pedido e ficaram rindo e se conhecendo, descobriram várias coisas em comum."
— Adorei a conversa, Charlie.
— Também gostei muito, Bela. — Posso te levar em casa?
— Não precisa, eu vim de carro, mas muito obrigada!
— Por nada, vamos repetir uma próxima vez?
— Claro.
Eles assentiram com a cabeça um para o outro e foram embora.
— Não irei para casa.
— Para onde, senhor?
— Para uma boate que fui outro dia.
— Sim, vossa graça!
Charlie terminou a noite como sempre fazia.