raicing

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O sol já se encontravam na metade do horizonte, lançando raios alaranjados no céu, que lentamente escurecia, dando espaço as estrelas e a lua minguante. Todo já haviam ido embora do colégio, menos Mark. O garoto do segundo ano, estava imerso em sua revisão para a prova no dia seguinte, que não havia reparado que todos já havia ido embora, além do próprio. Quando ouviu o zelador entrando na biblioteca, arrumando tudo, ele percebeu que já estava na hora dele ir.

Mark era o clichê que muitos outros adolescentes conheciam. Os óculos redondos e de grau elevado, a roupa certinho sem um amassado sequer, os cabelos lindamente arrumados e a sua obsessão por boas notas. Na verdade, o Lee não se incomodava muito. Gostava de sua vida como era. Sendo exemplo e tirando notas boas. No entanto, todo ying tem o seu Yang. No seu caso, era Yuta. O japonês do terceiro ano, imerso em brigas e confusões pela escola, os cabelos lisos tingidos de vermelho, as tatuagens em seu corpo, os pircing em seu umbigo e sua língua. Era clichê, até demais, remeter o Nakamoto a um delinquente daquelas séries da década de 90. O que de certa forma, era verdade. Mas ele não tinha culpa. Não tinha culpa de seu coração ter se apaixonado pelo japonês atrevido e rebelde da escola.

Mark saia pelo portão da frente, encarando o céu alaranjado e levemente rosado. Seu olhar distraído, se voltou a uma tosse seca e um resmungo. Era Yuta, apoiado na sua Kawasaki vermelha, enquanto tinha um palito de cigarro acesso seus lábios.

- Demorou mais dessa vez, amor. - O Nakamoto disse assim que o canadense aproximou-se as pressas, sorrindo tímido e alegre.

- O que está fazendo aqui? Achei que tivesse aquelas coisas que você tem. - Questionou enquanto o namorado retirava a bolsa de suas costas e a colocava no guidão da moto.

Yuta sorrio e jogou o cigarro no chão, pisando nele e o apagando. Seu olhar travesso se voltou para o pequeno Lee.

- Eu tenho, mas eu queria que você estivesse lá. Me vendo vencer em mais uma corrida... - Sua voz era sensual, conforme puxava o corpo do garoto contra o seu, fazendo sua perna sarrar no membro desacordado do canadense. Suas mãos se arrastavam pelo corpo atraente do garoto, apertando e massageando. - Aí você me dava um prêmio por ter vencido.

Mark suspirou, os braços circularam os ombros do Nakamoto, se não fosse pelo joelho estar teoricamente sustentando seu corpo, ele já teria desabado nos toques do namorado.

- Mas amanhã eu tenho prova, yuyu. - Disse manhoso encarando as orbes travessas de seu namorado.

- Eu te trago de volta assim que terminar. - Seus lábios se arrastaram nos do canadense, e um beijo casto foi lhe dado. - Eu prometo, meu bem.

Lee suspirou em deleite e com uma acenar, ele já estava subindo na garupa da moto, enlaçando a cintura do Nakamoto com as mãos. O queixo apoiado no ombro largo sentindo a sua fragrância forte e marcante em seu pescoço.

- Segura forte, bebê.

Antes mesmo do canadense concordar, o Nakamoto acelerou, assustando o namorado, que apertou mais ainda a sua cintura. Os cabelos vermelhos do namorado sobrevoavam pelo vento. Mark adorava aquela simples momento. Estar agarrado no namorado, enquanto o vento levava suas preocupações longe. Mesmo que achasse que o Nakamoto estava indo rápido demais, o garoto confiava nele. No silêncio da estrada, Mark podia ouvir apenas o ronco do motor e o coração acelerado de Yuta. Era como se estivessem em seu próprio mundo, distante das preocupações do dia a dia.

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Se Mark dissesse que estava se divertindo naquela corrida, pode saber que era mentira. Tanto quanto pela sua carranca de ficar esperando o seu namorado terminar para poder ir embora, e o fato dele ter que ficar conversando com pessoas que ele definitivamente não conhecia. Tirando os amigos de Yuta, ele com toda certeza não conhecia ninguém, muito menos confiava para que eles pudessem levá-lo embora.

𝐑𝐀𝐈𝐂𝐈𝐍𝐆 • YUMARKOnde histórias criam vida. Descubra agora