Você esta ai, Deus? Sou eu, Dean Winchester.

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Oi leitor, tudo bem? Uns avisos antes de começarem o capítulo:
Não é minha primeira fanfic, mas estou um pouco inferrujada, então tenham paciência comigo kkk.
E eu vou atualizar a história uma ou duas vezes por semana.
Boa leitura e espero que goste! ❤

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Pov: Dean

Eu gostaria de acreditar que existe mesmo um Deus por aí que se importa com as pessoas aqui nesse lugar miserável, porque eu poderia orar e ter fé que um dia eu ficaria bem depois que minha mãe morreu, que Deus enviaria um anjo dos céus pra me ajudar. Qualquer coisa. Qualquer ajuda. Mas isso não existe, então continuo aqui.
Ouço uma batida na porta e espero Bobby entrar, só que quem aparece do outro lado é meu irmão. Imediatamente sinto meu coração se esquentar, eu não esperava vê-lo aqui.

— Oi Dean. Hã... – Sam fala com uma voz calma, passando muito cuidado comigo. Ele se senta na beira da cama em que eu estava sentado. – Eu senti sua falta. Como você ta? Digo... você ta bem?

Faço que sim com a cabeça. Eu estava mentindo, e Sam sabia que eu estava mentindo, só não queria ter que escrever sobre isso.
Sim, eu consigo me comunicar escrevendo, mas para falar minha voz simplesmente não sai, eu não consigo, algo me prende. É assim desde que a mamãe morreu. Psicólogos dizem que isso se chama mutismo seletivo, falam que é psicológico e que eu posso voltar a falar, mas acho bem difícil.

— Dean – Ele me chama, me fazendo voltar a prestar atenção. – Então... hoje não vai ter aula na faculdade então pude vir aqui, foi uma viagem, mas queria te ver.

Eu automaticamente dou um sorrisinho com isso. Eu sinto muita saudade do meu irmão, quando ele entrou pra faculdade de direito, parece que algo se quebrou dentro de mim. Eu queria mais que tudo que ele não tivesse ido, mas não tem nada que eu possa fazer sobre isso.

— Agora se arruma, a gente vai tomar ar fresco, você precisa sair.

Arregalo meus olhos e faço que não desesperadamente com a cabeça. Tudo que eu não quero é sair.

— Ah, mas você vai, não tô perguntando, tô comunicando. – Sam da um tapinha na minha perna e se levanta. – Vamos.

Me jogo na cama e coloco o travesseiro na minha cara, querendo ficar ali, mas Sam insiste, então me arrumo.
Dirigi até uma praça que eu e o Sam costumamos ir, caminhamos até a árvore que também costumamos a sentar embaixo dela. Logo me deito no chão, usando de apoio a própria árvore.

– Olha, eu vou pegar o impala e ir comprar lanches pra gente. – Faço uma careta, ele queria sair com meu carro? – Relaxa, sua bebê logo vai voltar sã e salva. Espera aí que já volto.

Sam sai e eu dou um grande suspiro olhando ao redor. Tanta gente tão feliz e vivendo normalmente, queria ser assim. Fecho meus olhos e dou outro suspiro, quando os abro, sinto uma presença. Olho pro lado e tem uma pessoa perto. Perto demais. Tomo um susto muito grande, quase o chamo de filha da puta, o que seria um milagre, já que eu não falo.

— Oi Dean. Eu sou um anjo do Senhor e tenho trabalho a fazer.

Speak - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora