e se eu te amasse pela ultima vez?

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— Taeyong escute, Cecília não é mais sua, esqueça! - o canadense relutante me falava enquanto sua mão esquerda estava em meu braço. - você a deixou, não a quis mais.... me escute e não cometa mais uma loucura homem!

Talvez eu estivesse irado, agoniado ou bem louco, mas o álcool estava presente em meu sangue, todavia em meu corpo... eu apenas a queria mais uma vez, pela última vez – isso não é pecado.

— eu amo ela Mark, você não entende? ‐ estava de frente para o mesmo. ‐ eu vou atrás dela, eu não me importo se ela não quer mais nada comigo... mas eu preciso ouvir dela.

Tirei impacientemente suas mãos de meu corpo, peguei minhas chaves em cima da cômoda e sai as pressas.
Não importava mais nada nesse momento, sinaleiros vermelhos, carros a minha frente... cortava tudo em cima da moto.

A três quadras da casa dela havia uma floricultura, eram quase nove da noite, parei as pressas e entrei no estabelecimento quase fechando.

— boa noite! Preciso de flores! - disse em bom tom ao rapaz que acabará de recolher a placa em frente a loja.

— estamos fechando senhor!

— eu sei, eu apenas preciso de flores - acabei por ver um belo vaso com orquídeas azuis, combinavam com seu tom preto azulado que estava em seus cabelos. ‐ vou levá-las.

Sai o mais rápido após pagar, liguei minha moto e parti devagar em direção a sua casa, se eu fosse rápido não sobraria nem o vaso. Ela morava em uma rua sem saída, minha moto ia em direção a sua casa, podia a ver muito bem pela cortina transparente que a anos pedia para trocar, mas lá estava ela se penteando em frente ao espelho, ela parecia feliz.... já faziam semanas que acabei com tudo por burrice.

Eu a queria de volta, para sempre, óbvio que não seria possível... mas eu tentaria.

Buzinei a cinquenta metros de sua casa, a mesma olhando pela janela talvez não tivesse me reconhecido... parei em frente e segui até a porta, apertei a campainha e gritei por seu nome.

— Cecília, abra a porta! Por favor. ‐ apertei a campainha mais uma vez.

Não demorou muito para a mesma abrir, ela me olhava curiosa, eu sabia o que ela pensava, mas apenas conseguia a olhar como a olhei na primeira vez que soube que estava apaixonado por ela, seus olhos sinceros, seu sorriso gengival e seus cabelos curtos com volume.

— o que faz aqui Taeyong!? - De braços cruzados a mesma me fitava.

— olha é loucura, eu sei... mas o que eu fiz foi burrice meu amor, eu quero voltar, nem que seja pela última vez, eu quero você. ‐ sem pensar entreguei as flores a ela.

— você bebeu né? É bem aparente.... olha Taeyong sinceramente não sei nem o que pensar sobre isso - ela pega as flores e as olha. - você é louco! Como pode fazer isso comigo e voltar como se nada tivesse acontecido?

Sua feição era triste, mas a minha também era, e quando eu me dei conta que o que eu fiz foi burrice já era bem tarde... mas não que eu não pudesse reverter isso. Sem pensar eu fui entrando na casa que antes era nossa, ela me olhava buscando por respostas, tirei as flores de sua mão a colocando na estante...

— Cecília... ‐ pensava apenas nela, não havia nada em que pudesse pensar. - eu errei, sinto muito, muito mesmo!

— Taeyo...

Apenas a beijei, ela não me recusou... pude sentir pela última vez como era o gosto amargo do amor. Nossa combinação era perfeita, não havia igual, um alcoólatra e uma fumante.

Encostei a mesma sobre a porta gélida, meu coração ia a mil, sentia o gosto de whiskey misturado com Redbull e seu delicioso e amargurado beijo. Minhas mão cometiam pecados em sua cintura, eu amava e podia sentir a mesma nas pontas dos pés. Suas pequenas mãos passavam pelas minhas madeixas as deixando desalinhadas.

— tae... ‐ ela nos interrompeu. - porque isso, porque agora? - seus olhos lacrimejando me fitavam, suas mãos apertavam meu peito e sua respiração era ofegante.

— me desculpa... foi um erro. - beijei sua testa. - me dê uma última chance. Por favor?

Eu a olhava, por alguns segundos que pareciam anos a vi balançar a cabeça confirmando.

— eu espero que essa não seja a última vez então. - sorrimos em sincronia.

for the last time -'°•Onde histórias criam vida. Descubra agora