— E respondendo sua pergunta, Rose não trabalha para mim, ela é minha namorada.
O silêncio nesse momento é escandaloso, sinto até o último fio do meu cabelo congelar, não consigo reagir, não consigo sequer abrir minha boca para dizer um simples NÃO. Os olhares de Regina e Dante se voltam para mim como se estivessem esperando uma confirmação, não consigo, tudo o que penso agora é em sair correndo e enfiar minha cabeça em um buraco no chão. O que ele está pensando para fazer isso? Ele não consegue entender o quão isso é perigoso? Se isso chegar nos ouvidos da empresa, estamos ferrados, quer dizer, eu estou ferrada, o que eles iriam fazer? Demitir ele?
(. . .)
Depois de mais algumas trocas desajeitadas de palavras e um constrangimento agoniante, felizmente (ou infelizmente) fico sozinha com Lino, estamos sentados a quase 10 minutos na areia da praia apenas observando o mar em silêncio, sinto vergonha de apenas olhar para ele nesse momento, e para falar a verdade eu não entendo exatamente o que está me incomodando.
— Ficou brava? - Lino diz, me puxando de volta para o presente.
— Não -Digo sem ainda o olhar.
— Não é o que parece.
Silêncio...
— Você tinha razão, você tem um dedo pobre para escolher homem, ele era um babaca.
Lee know tenta quebrar o clima tentando me fazer rir, mas em vão, continuo a olhar para frente, o escuro do mar me acalma. Lino suspira, chamando minha atenção.
— Fala logo, Rose, você quieta me dá medo.
— O que você quer que eu fale, Lee know?
— Não sei, grita comigo, me xinga, me bate, qualquer coisa, só não fica em silêncio, é assustador.
Fecho meus olhos e respiro fundo, tentando encontrar palavras um tanto quanto gentis para me expressar no momento. Em míseros segundos, eu tento entender o que eu senti ali naquela hora, mas minha mente está em branco, em vão...
— Onde você estava com a cabeça, Min Ho? Você é maluco? Você tem noção do que você fez? - minha raiva explode.
— Sim, e daí?
— E daí? É tudo o que você tem para dizer? Que merda, Min Ho.
— Não me chama assim.
Reviro os olhos e solto um suspiro audível, me levantando com raiva. Lino me segue e para na minha frente cruzando os braços.
— O que te incomoda tanto nisso? Foi por ter sido para seu ex que eu falei? É isso? Você ainda gosta daquele idiota?
— O quê? Deus me livre, claro que não...
— Então é o quê? Medo de essa mentira chegar até o Bang Chan?
Merda, o Bang Chan...
— Não... Quer dizer, também, mas tem a empresa, se alguém de lá fica sabendo, estamos ferrados, Lino. - ele ri.
— O que eles vão fazer? Me demitir? - reviro os olhos sem humor enquanto ele suspira novamente. — Se você ficou tão preocupada com isso, por que não negou assim que eu falei? Você teve chance para fazer
Ok, boa pergunta.
— Não sei, eu congelei, não esperei que você fosse maluco o suficiente para falar aquilo.
— E esperava o quê? Que eu fosse deixar aquele babaca falar daquele jeito com você? Eu tinha duas opções, ou dar um soco na cara dele, ou falar aquilo, resolvi ir pelo seguro.
— Você não precisava me defender, Lino, eu sei lidar com ele.
— Não era o que estava parecendo, eu estava vendo o momento em que você ia voar no pescoço daquela garota.
— Eu não ia, não sou assim.
Lino ergue apenas uma sobrancelha, inclinando levemente a cabeça para o lado, me questionando, idiota.
— Ok, talvez eu seja, mas o que eu quero dizer é que você não precisava fazer isso.
— O que você quis dizer foi "Obrigado, Lee Know, você é o melhor namorado que existe" - ele implica, me fazendo rir.
— Você não é meu namorado, idiota.
— Bom, nesse momento, para seu ex e aquela garota, eu sou, então é melhor me tratar como tal, se não... - ele abre um leve e irritante sorriso de lado.
Lee know insiste em me deixar em casa, mesmo que fosse longe do hotel. Tudo parece ter voltado aos eixos, minha conversa com Lilly fez com que eu me sentisse extremamente mais leve, passar a noite e mostrar um pouco mais de mim para o Lino fez com que eu me sentisse... Feliz?
(. . . )
Na manhã seguinte depois de um banho extremamente longo e algumas xícaras e café para tentar me acordar, estamos no hall de uma grande empresa de eventos, os meninos terão uma reunião sobre alguns shows no Brasil, Lilly se senta ao meu lado com a voz baixa para não chamar atenção de mais ninguém além da minha.— Onde você se meteu ontem à noite? - a olho sem entender. — Eu tentei te ligar.
Ah, isso... é... eu fui dar uma volta na praia.
— A noite? Sozinha? No Brasil?
— É Lilly, a noite sozinha no Brasil, esqueceu de que eu ainda sou brasileira? Eu ainda sei me defender?
— Ok, desculpa... Eu estou tão ansiosa para fecharmos esses shows aqui.
— Você acha que eles vão fechar?
— Sim, já enviaram a proposta e está tudo certo.
Após alguns minutos de conversas, todos são chamados para entrar, por mais que sejamos brasileiras, nós staffs sempre ficamos do lado e fora das reuniões mais importantes, e é sempre tão cansativo, esperamos por horas e não podemos nos afastar...
Se passaram apenas 20 minutos quando a porta da sala se abre e todos saem, um silêncio constrangedor acompanha todos, Lee know passa por mim sem nem sequer olhar meu rosto, os restantes dos membros saem em meio a suspiros e resmungos, corro atrás do Chan e o puxo suavemente pela blusa apenas para chamar sua atenção.— Chan, o que aconteceu? - digo baixo.
— É uma boa pergunta, princesa.
— Aconteceu alguma coisa? Devo me preocupar?
— Não sei, conversa com o Lee Know, por causa dele não fechamos o contrato...
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𝑳𝒆𝒕'𝒔 𝑻𝒓𝒚 🐺🐰
Fanfiction- 𝑉𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟, 𝑛𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑠𝑜́ 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒, 𝑠𝑒 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜, 𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑎𝑟𝑒𝑖 𝑒𝑚 𝑝𝑎𝑧 Rose Danfort de 27 anos, saiu do Brasil para viver em Los An...