Desgraça Ao Seu Dispor - By Luiza

- Toc, Toc.

Algumas Pessoas são a nossa Salvação, Da mesma forma que outras podem ser a nossa Destruição.

[...]

— Lily, abra a porta! — Gritos, sirenes, tudo isso eu ouvi naquele maldito dia.

— Mamãe, acorda mamãe! — eu olhava o rosto sereno da minha mãe já sem vida, enquanto pessoas tentam me tirar da sala que ja estava em chamas.

— Por que? porque eu perdi logo você? — a dor no meu peito já estava grande, a falta de ar acabou se fazendo presente por conta da inalação da fumaça.

— Quando eu estava prestes a desmaiar, uma menina de casaco vermelho me pegou no colo, eu não fazia ideia de como aquela menina apareceu ali.

— Você vai ficar bem, criança. — Então eu logo apaguei.

FlashBack Off.

• Seul, 7 de Janeiro, Sexta-Feira, 11h manhã.

— Alô? Dr. Joung? — acordei com um susto, meu celular estava tocando sem parar.

era ligação do doutor, ele parecia preocupado.

— Lily! venha ao consultório o mais rápido possível, hoje mesmo! — como eu tinha acabado de acordar, não tinha entendido muito bem.

— As 13h eu estarei ai, certo? — Dr. Joung concordou e eu logo desliguei, droga, perdi o meu sono.

— Hoje eu estou de folga, trabalhei a semana inteira e nem tive tempo pra arrumar a minha casa.
Assim fui fazer minhas higienes matinais e tomar um banho.

— No meio do banho percebi minha vista escurecer um pouco, e acabei vomitando um pouco de sangue, mais do que o normal.

— Eu estou bem, deve ser algo que eu comi. — Voltei a tomar banho e limpei o chão, eu não estou doente.

— Decidi secar meu cabelo e passar algo no rosto, eu estava meio pálida, essa semana não consegui me alimentar direito.

— Meus olhos estavam fundos e minha boca ressecou muito.
eu estou morrendo aos poucos.

— Enfim, terminei e fui por minha roupa.

— Eu coloquei um vestido branco junto com um blazer que ia até os pés, e nos pés uma bota branca.
Por estar frio, optei por uma roupa confortável.

— Somente peguei a minha bolsa e fui em direção ao hospital.

[...]

— Logo que entrei na sala O Dr. Joung disse para eu me sentar, a sala era bastante espaçosa com uma vista surreal, fiquei olhando alguns segundos para a paisagem até eu perguntar.

— O que houve? me chamou aqui tão depressa, estou de folga hoje. — logo olhei em sua direção, ele estava lendo alguns papeis que pareciam ser bastante importantes.

— É o resultado do seu último exame. — Ele parecia tenso, deve ser algo ruim.

— O que foi? deu um resultado ruim? — Ele parecia meio receoso, parecia estar com medo da minha reação.

— Você está com uma doença rara chamada Glioblastoma, com cirurgia você tem 1 ano de vida, mas sem, você pode ter somente 3 meses.
— Ele estava com uma feição triste, não entendi o motivo de sua tristeza.