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Foi um erro provocar tanto Park Jongseong.

A pressão que coloquei nele foi demais. Jay me afirmou que estava tudo bem, no entanto, era claro que toda a nossa bravura no que diz respeito a nossas brincadeiras havia o afetado.

Percebi sua vergonha de avançar a nossa relação. E eu logo soube que deveria respeitar mais seu espaço e deixar as coisas rolarem naturalmente. Então depois do nosso sexo grupal com as duas meninas, Gabi - sua namorada - e Anna, eu não avancei mais e deixei que Jay ditasse o futuro.

Continuamos com nossas "brincadeiras", dormíamos na casa um do outro, e Jay continou a despertar meu desejo profundo de simplesmente tomá-lo. Eu imaginava todo tipo de vulgaridade, e ao mesmo tempo, ficava encantado com nossos momentos íntimos e inocentes, as pequenas carícias, sorrisos trocados, toques sorrateiros.
Como na vez em que ele colocou o braço ao redor do meu pescoço enquanto estávamos sentados no chão do seu quarto, nossas cabeças se encostaram uma na outra, e ficamos nos acariciando devagar, sabendo que era algo completamente proibido, mas que podíamos ignorar e continuar nossa ilusão de apenas amigos.

Os dias passaram, e todo mundo esqueceu o quase escândalo da festa de Jay. Gabi retornou a ser a namorada santa, Anna manteve contato comigo, mas, graças a Deus, quis ser só amiga.

E eu continuei na minha torturante aventura de tentar entrar nas calças do meu amigo homofóbico. Minha energia estava dedicada a essa tarefa. O medo de perder aquela amizade foi a única razão pela qual eu não fiz uma loucura e avancei em cima de Jay naquelas noites, dormindo juntinhos, trocando calor, sentindo seu cheiro viciante.

Eu olhava seu corpo de ladinho, bumbum malhado, empinado para mim, só chegando a apalpar com a mão. Beijei sua orelha, fazendo Jay gemer baixinho, não o suficiente para dizer que queria mais, porém não me recusando.Sentia-me um covarde, derrotado e torturado, e ao mesmo tempo, a pessoa mais sortuda do mundo, por poder sentir o cheiro daquele cara tão de perto, encostar no seu corpo, sentir sua pele arrepiada. Que privilégio, meu Deus. Tinha um homem gostoso, todo pronto para mim, e cedo ou tarde, eu sentia que iria conseguir mostrar todo o amor que eu tinha para dar.

Ficamos nessas brincadeiras, sem levantar a desconfiança de ninguém, e o tempo passou voando, até que de repente, estávamos perto do final do ano letivo da faculdade.Chegando o dia da última prova do ano, ficou combinado entre Jay e eu que ele iria me dar carona até a faculdade, mas quem acabou chegando em minha porta com seu carro foi o pai dele. Jay teve que buscar Gabi e insistiu que o sr. seu pai viesse em seu lugar. Retribui o sorriso e as boas maneiras do senhor Park, e sentei no banco ao seu lado depois de muita insistência pois eu queria sentar no banco de trás.

Aquele era o homem que havia inserido ódio e ignorância em Jay. Precisei de toda a minha falsidade para sentar ali do seu lado e conversar com ele. Porém era difícil não apreciar as muitas características que compartilhava com seu filho, o cabelo negro, a pele bronzeada e os olhos. Até o sorriso.Fui convidado para jantar na sua casa, e tentei me esquivar, já que minha relação com Jay estava um pouco insegura, e também fiquei com raiva por ele não ter vindo me buscar hoje e ter mandado o seu pai que eu odeio,porém acabei concordando.

Ele me deixou na faculdade. Encontrei Jay na biblioteca, ele estava acompanhado de não só Gabi, como também Anna. Fiquei um pouco constrangido de encontrar os três, mas logo entrei na conversa trivial. Suspirei fundo quando Jay beijou Gabi na orelha, no mesmo canto em que eu costumo beijar quando estamos deitados lado a lado. Ele não olhou para mim, mas sabia que a mordida no lábio era para mim. Era incrível como ele sabia ser sensual. Anna estava falando comigo. Limpei a garganta.

- Oi? - perguntei.

Ela sorriu e me olhou com pena. Inclinou-se para falar no meu ouvido.

- Para de encarar assim. Gabi vai perceber.

Seduction _ JayWon Onde histórias criam vida. Descubra agora