O Lobo dos trovões

29 7 11
                                    

Inazuma. Quanto tempo fazia desde que ela tinha revisitado esse país? Bom, talvez 3 meses, Lumine supôs. A estética oriental era de certa forma reconfortante para ela. Se ela esquecesse todo o conflito que teve com a Arconte deste país... Bem, não era hora de pensar nisso. Paimon estava estranhamente calada, e Lumine queria aproveitar isso. Particularmente, não era como se ela detestasse esse traço de sua amiga, mas era cansativo ouvi-la falar por tanto tempo.

"Paimon tá sentindo um mal pressentimento há um tempo." A pequena garota voando ao lado dela disse. Agora isso chamou a atenção de Lumine. Paimon não é desse tipo de coisa.

"Como assim?" Ela decidiu perguntar, talvez ela poderia ter uma ideia do que Paimon queria dizer.

"Paimon não sabe explicar ao certo." Ela cruzou os braços com uma careta insatisfeita.

"Assim você não ajuda, Paimon." A loira respondeu, voltando a olhar para o caminho que estava seguindo.

Ainda faltava um pouco pra chegar em Inazuma. Ela agora amaldiçoava a si mesmo pela magnífica ideia de vir a pé. Ela queria se dar um tapa agora. A Viajante estava pensando tanto em sua própria idiotice que sequer percebeu Paimon parando para olhar para algo que pegou o seu interesse.

"Ei, Lumine." Chamou Paimon, tirando a loira de seus pensamentos.

"Hã?" Lumine olhou para trás, encarando sua amiga. "O que foi, Paimon?" Ela questionou.

"Aquela vila está bem movimentada né?" Ela aponta para a vila da qual elas estavam próximas. "Tem até aqueles soldados de Inazuma lá." Terminou Paimon.

Lumine olhou por um tempo, ela podia ver um pouco do movimento da vila, alguns soldados. Certo, para soldados virem aqui, deve ser um assunto sério. A loira decidiu ver do que se tratava por pura curiosidade e caminhou até dita vila, com Paimon a seguindo logo em seguida. Chegando próximo de um dos soldados, ela perguntou;

"O que aconteceu aqui?" Ela falou calmamente, com um leve tom de curiosidade.

O soldado de Inazuma se surpreende pela aparição repentinamente da garota, mas logo a reconhece.

"Oh... Viajante, você por aqui?" Ele perguntou desajeitadamente, coçando atrás da cabeça. Levou alguns segundos até ele se recompor. "Bom, tivemos vários relatos dos aldeões sobre como suas criações de animais vêm sumindo no meio da noite." Respondeu ele.

"Não poderia ser um lobo?" Supôs Lumine, mas no final ela sabia que essa não era a causa.

"Pensamos nisso à primeira vista, porém..." Ele parou por um momento, parecendo pensar se deveria continuar. "Venha, é melhor ver com seus próprios olhos." Ele se virou, andando para uma casa em questão, onde um certo número de pessoas estava se reunindo.

Lumine e Paimon se entre olharam, mas logo seguiram o homem. A jovem loira sentia algo errado nesta situação inteira, algo que ela não sabia dizer. Olhando de perto, Lumine percebeu que a cerca onde ficariam os animais estava quebrada, o que a fez pensar que era algo grande. Contudo, algo chamou sua atenção. Sangue, havia sangue seco na grama, uma boa porção do líquido vermelho manchava o verde vivo do chão. Então houve uma luta, uma que o proprietário da residência não parece ter ganhado.

Lumine olhou para Paimon e viu o rosto de preocupação de sua amiga, o sentimento ruim ao qual ela estava sentindo só aumentou.

"O senhor desta residência foi atacado enquanto supervisionava sua criação de ovelhas." O soldado parou próximo a cerca.

"Ele está bem?" Paimon perguntou, com preocupação em sua voz.

O silêncio do soldado só fez Lumine esperar o pior.

Monstros em TeyvatOnde histórias criam vida. Descubra agora