Índice
Prefácio..........................................................................1
1......................................................................................2
Notas do Autor – 1........................................................3
2......................................................................................4
Notas do Autor – 2........................................................7
3......................................................................................8
Notas do Autor – 3......................................................12
4....................................................................................13
Notas de Autor – 4 ......................................................16
5....................................................................................17
Notas do Autor – 5......................................................20
6....................................................................................21
Notas do Autor – 6......................................................23
7....................................................................................24
Notas do Autor – 7......................................................25
8....................................................................................26
Notas do Autor – 8......................................................28
9....................................................................................29
Notas do Autor – 9......................................................31
10..................................................................................32
Notas do Autor – 10....................................................33
11..................................................................................34Notas do Autor – 11 ....................................................35
12..................................................................................36
Notas do Autor – 12....................................................38
13..................................................................................39
Notas do Autor – 13....................................................40Prefácio
Por vezes, identificamo-nos mais com uma frase escrita
do que com outro ser humano.
Por isso escrevi isto, talvez tenha alguma utilidade para
alguém que precise da simplicidade da companhia e do
consolo de certas palavras, mais do que de falas densas e
complexas, que apenas o são por não terem qualquer
emoção.
Afinal de contas, quando escrevemos a nossa vida, uma
coisa tão pequena como um ponto e vírgula pode mudar
o rumo da nossa história, tornando um término repentino
de um ponto final numa pequena e agradável pausa.1.
Se alguma vez virem algo estranho
Compondo a minha sombra projetada,
Aproximem-se até o detalhe ganhar tamanho
E verão que, com palavras, está bordada.
Isto porque a luz do Sol deixará claro
Aquilo que deixei enquanto vivi
Não as palavras que, falando, declaro,
Mas sim aquelas que, calado, escrevi.Notas do Autor – 1
Sempre me refugiei no silêncio. Nunca percebi o porquê,
se seria para não ferir as pessoas com aquilo que poderia
dizer, ou para não me ferir a mim mesmo ao verbalizar
aquilo que pensava e sentia.
Creio que palavras ditas impactam mais o coração, o lado
emocional, ao passo que aquelas que são escritas podem
penetrar e alojar-se no nosso cérebro, na nossa razão.
Por isso sempre escrevi sobre tudo aquilo que tinha de
digerir e superar. Pelo mesmo motivo, sempre falei em
voz alta, comigo próprio, sobre as situações e os senti-
mentos mais supérfluos, do dia a dia.2.
Tenho estado tão deprimido
Que, sinceramente, nem sei como aguentei tanto.
Não falo por já ter sofrido,
Mas por não me encaixar em nenhum canto.
Despedacei o meu corpo
E o meu coração,
Tudo para fugir à atenção.
Eu só precisava de um porto
Seguro e pouca gente me deu a mão.
Sinto que perdi o meu humor,
Sinto tudo tão frio, seco e escuro -
- Talvez por falta de amor.
E as vozes na minha cabeça aturo,
Porque ao menos isso distrai-me da dor.
Não quero que me martirizem
E por isso sorrio quando dizem:
“Como é que estás sempre tão contente?
Tens tanta piada, devias ser comediante”
E infelizmente eu sou,
Disfarço o que sinto atrás de um palhaço
Que me segue, a cada passo
E apenas por acaso isso ainda não me matou.
Porque é exigente
Disfarçar o que se sente
A tempo inteiro, 24/7.
Não quero que me vejam, não é por mal.
Sempre que saio, vou a olhar para o chão
Só não quero fazer contacto visual
Para não começar uma conversa, então
É mais fácil evitar quem conheço,
E isto é egoísta, eu reconheço,
Mas não aguento mais a minha vida.
A minha cabeça está perdida,
O meu corpo já não aguenta
E a cada passo o ódio aumenta.
O ódio de quem fui, em tempos,
Ou de quem sou, não sei,
Tento agarrar-me aos bons momentos,
Por isso ainda não terminei
Com isto que me assombra, que me atormenta,
Mas a cada segundo
A morte me tenta
A ir mais a fundo,
Mas eu sou tão feliz,
Tenho o que sempre quis,
Será que têm razão?
Ou só tapo a minha cicatriz
Escondo o coração
E preparo-me então:
Está na hora do bis.
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Doze Luas até ao Eclipse
PoesíaUma coletânea de pensamentos, em verso e em prosa, de um adolescente que passou a adulto com demasiado tempo livre.