O Final Vermelho: A Ascensão - [URSS x Brasil]

CAPÍTULO UM - Estagnação | Reescrição |

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Nem um homem, nem uma multidão, nem uma nação podem ser confiáveis para agir com humanidade ou pensar de forma sã sob a influência de um grande medo.

Bertrand Russell

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Nota: Esse capítulo será reescrevido e aprimorado mais tarde com um novo patch. :)
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Moscou, Rússia - 25/12/2025 - 08:14

Seis dias antes de meia-noite.

Educadora Infantil Anastasia

A luz fraca da manhã entrava pelas janelas da sala de aula, projetando formas abstratas nos pequenos rostos concentrados. O cheiro de giz de cera se misturava ao calor que emanava dos corpos em movimento, em um ritmo lento e metódico.

Suspirei, enquanto minha atenção era atraída em uma mesa próxima à porta, um garoto de cabelos claros que mantinha o olhar fixo e concentrado no papel. Sua testa franzida em um leve sinal de esforço, enquanto a mão pequena ainda se movia habilidosamente, traçando linhas sobre a superfície branca.

Curiosa, aproximei-me devagar, para não perturbar a concentração. Ao meu lado, perguntando-me o motivo de tanta atenção: formas geométricas em preto e vermelho se entrelaçavam sobre o fundo claro, em um padrão que parecia quase vivo. "Kakoy krasivyy risunok! ", comentei com empolgação.

O menino ergueu os olhos, revelando um semblante tímido. Com gestos cuidadosos, tentou esconder o trabalho, como se temesse ser julgado. Sorri com brandura e afirmei que não havia pressa, e que poderia prosseguir se preferisse, a seu próprio ritmo. Logo emendou um "ya yeshche ne zakonchil ", quase inaudível. Apenas assenti, deixando-o à vontade para seguir adiante antes de falar: "Deti, ya dam vam yeshche 20 minut, chtoby zakonchit' risunki." Disse para toda a turma.

Andei pela sala em silêncio, o farfalhar ocasional das folhas de papel sobressaía entre o som acentuado de meus passos sobre o assoalho de madeira. A luz fraca do sol da manhã que entrava pela janela banhava a última carteira no canto, onde pude avistar uma pequena silhueta concentrada em seu trabalho.

Uma menina estava solitária sentada em sua carteira, iluminada pela luz que entrava pela janela.