— Nós conhecemos naquela noite que comentei com você.
— Há, entendi.
O clima ficou pesado e todos ficaram mudos por um tempo até que:
— Meu amor, vamos dançar?
— Claro.
Noah também saiu de fininho com todos, deixando somente os dois se encarando com olhares que fuzilariam qualquer um ou coisa no caminho.
— Enfim nós encontramos.
— Quer dizer que você estava me procurando?
Ele passou às mãos nos cabelos e a analisou dos pés a cabeça, com um olhar de lobo, um lobo olhando a presa que pretende caçar ou devorar.
— Vocês tem uma autoestima muito elevada.
— Diga-me que não gostou do nosso último encontro?
— Se enxerga. — Julia revira os olhos.
Charlie leva a bebida a boca.
— Você deveria ter modos.
— Quem é você para falar de modos.
Charlie continua a encarar e, ao olhar para as pernas longas de fora do vestido preto e colado em seu corpo, vê um decote muito bonito.
— Vou ser muito sincero com você, não planejava te ver novamente, mas já que isso aconteceu devemos agir civilizadamente, não acha?
— Seu... — ela se exalta e grita, mas ninguém ouviu devido à música!
— Olha, não foi nada pessoal, eu só não costumo ter um segundo encontro, meus encontros são somente por uma noite. Não sou o tipo de cara que se relaciona, então prefiro ir embora, evitar uma conversa embaraçosa, e você não é nenhuma santa, você foi por livre e espontânea vontade ou não foi?
Ela o olhou com fúria e o estapeou, um tapa tão forte que os seus amigos vieram correndo até eles.
— Meu Deus o que está acontecendo?
Eles se olharam, Charlie nunca havia apanhado de ninguém, muito menos de uma mulher e isso o deixou muito excitado, ele ardeu por dentro.
"Que fera, que olhos ardentes" — não foi nada Bela.
— só foi um pequeno desentendimento.
Noah estava adorando observar o que estava aconteceu, sempre amou um barraco.
— Noah?
— Charlie?
Ele olhou irritado para ele.
— Temos que ir!
— Mas já?
— Noah...
Isabela ficou os encarando tentando entender o que estava acontecendo.
— Não vá por favor, vocês acabaram de chegar.
— Temos que ir, mas a noite foi adorável.— Até a próxima, e Julia —ele acenou com a cabeça para ela a provocando.
— Babaca.
Ela apenas deu as costas e o ignorou.
— Julia, repetiu Isabela.
— Me deixa Bela.
Ela levantou e saiu em direção ao bar.
— Charlie me desculpa por tudo.
— A culpa não foi sua, não peça desculpas!
— Mas eu que lhe convidei.
— Está tudo certo, até mais.***********
Após terem saído do bar Noah não pode se conter e teve que perguntar:
— Quem era aquela mulher?
— Não é da sua conta! - respondeu friamente.
— Nunca te vi assim.— Que tapa foi aquele?
Está vermelho até agora. — falou em tom de travessura.
— Noah, eu não estou de brincadeira.
— Não vai me contar mesmo?
— Não, vou te levar para casa e retornarei, preciso esquecer o que aconteceu esta noite.
— Quando estiver de cabeça fria eu quero saber de tudo!
— Vou pensar.
Noah ficou calado, preferiu não discutir.*********
Mais tarde ele saiu para mais uma noitada, precisava beber, precisava de alguém em sua cama, mas não sabia o que estava acontecendo, não tirava a Julia e o tapa da sua cabeça, ele fervia só de lembrar daquela situação, fervia de excitação, desejo.
O jeito que os olhos dela queimavam de ódio.
Aquilo o intrigou o deixou louco.
Parou na mesma boate que a conhecera, não sabia por quê, mas algo o levou até lá. Ao entrar, olhou para o lugar que tinha ficado antes e já estava ocupado, então foi para o bar.
— Um whisky "The Macallan" um copo com gelo.
Olhou para as pessoas, quem ele estava procurando, era ela? Não estava acreditando que estava fazendo isso.
"Oi, uma vodca, por favor"
Ele olhou para o lado e era ela.
Ela se virou.
— O quê? Não acredito.
— Julia, você por aqui? — Deu um sorriso malicioso.
— O que você quer? Está me seguindo?
— E se eu estiver?
Ela não respondeu
"Seu drink senhorita" — Obrigada.
Ela ia saindo até que ele a puxou pelo braço.
— Não acha que me deve um pedido de desculpas?
Meu rosto está ardendo até agora.
— Você é muito ousado, me solta agora.
— Só quando você me pedir desculpas. — Falou em seu ouvido, Charlie passou a língua devagar no nódulo da orelha Julia.
Ela estava com aquele olhar de raiva e ele estava se deliciando com tudo que estava vendo, parecia uma gata selvagem.
— Você por acaso é louco ou o quê? — me solta agora se não eu vou grita e chamar os seguranças.
— Se você acha que vou te soltar sem você me pedir desculpas, você está muito enganada.
— Há é?
— Sim, é sim!
Ela apoiou o copo no balcão o pisou com força em seu pé.
— Já vi que é louca, você achou mesmo que iria me machucar, o máximo que você fez foi deixar um aranhão no meu sapato. — Charlie sorriu.
Ela ficou vermelha, estava no limite, quando ele a puxou e a beijou, ela resistiu no começo mais logo se entregou em seus braços.
Ele a firmou em seus braços e a trouxe para mais perto e a beijou profundamente, ardentemente, um beijo inesquecível.
Ela foi passando as mãos em seus cabelos os puxando, arranhando seu pescoço e ele soltou um gemido a encarou e puxou novamente para si, entrelaçou os dedos em seus cabelos os puxando e guiando para dar espaço para que passasse a língua em seu pescoço, voltou a beijá-la dessa vez com mais força até que ela voltou a consciência e se darem conta que estavam em público.
E então, Julia o empurrou!
— Você acha mesmo que eu te quero? — Me deixa em paz! — Falou ainda ofegante.
— Deu para perceber que você não me quer só pelo jeito que você me beijou. — falou, arrumando os cabelos ainda desarrumados.
— Eu não te quero. — Ela gostava de ver a cara dele surpreso, talvez ele nunca tivesse levado um fora na vida, e saber que ela era a primeira, isso foi impagável, ela se sentiu maravilhosa.
— Tanto faz. — Charlie virou para o balcão e se concentrou em sua bebida, até voltar a atenção para Julia.
Ele ficou olhando no fundo dos olhos dela, estava furioso, isso não era admissível, não estava acreditando que tinha realmente sido dispensado.
— Nunca mais encoste o dedo em mim, ou eu acabo com a sua vida. — Ela deu as costas e o deixou.
"Eu só posso estar ficando louco".
— Quanto ficou? — Falou para o garçom.
Ele pagou e foi para casa, não acreditava no que tinha feito, nunca tinha desejado alguém assim, nunca ficara com a mesma mulher mais de uma vez.
— Preciso esquecer que essa noite aconteceu, quem essa mulher pensa que é? — Eu que não quero olhar para a cara dela.
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The Charlie
RomanceCharlie é um mulherengo de 29 anos, que não acredita no amor somente no desejo carnal, acostumado a ter tudo que deseja e herdeiro de uma grande fortuna deixada pelo seu avô o (Duque de Iorque), Charlie se ver agora sem seus pais que morreram em um...