O início de uma bela amizade

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"Sempre me imaginei vivendo a vida intensamente, fazendo o que me der na telha, sem me importar com as consequências"
— Noah?
— Charlie precisamos conversar!
Noah é o único amigo de Charlie, desde que se conheceram ficaram inseparáveis, um ajudando o outro, na faculdade eles eram populares e os pagadores do pedaço, Noah ainda não tinha se assumido homossexual, era o único segredo entre eles, Charlie sempre soubera, mas nunca questionei o amigo, mas ele sabia!
Noah sempre alegre, fazia as meninas rirem, mas nunca ia além do beijo, já o Charlie pelo contrário, sempre foi sedutor, sempre tinha a mulher que queria.
Depois de uma noite muito louca, Noah se viu trancado em um quarto da irmandade com uma loura belíssima de lábios vermelhos, ela se jogara para cima dele com tanta brutalidade que o fizera cair no chão, ambos estavam alcoolizados, eles se beijaram por muito tempo e Noah não sentirá absolutamente nada, nem uma excitação sexual, nada, e isso o incomodava muito, ele não queria aceitar o que ele era, não queria perder o amigo que tanto amava, pensava que se ele se assumisse gay, Charlie iria abandoná-lo, isso o consumia (Charlie era o seu irmão do coração).

A mulher que estava com ele ali não estava sóbria o suficiente para perceber que nada iria acontecer, então depois de algumas horas ela apagou em cima dele, ele se levantou e saiu de fininho.
— E aí? Rolou alguma coisa?
Perguntou Charlie encostado na parede semi nu após sair de um quarto.
— O que você acha?
— É disso que eu estou falando, vamos descer e comemorar!
Agarrou Noah pelo pescoço e desceram escada a baixo.

Noah se sentia mal por esconder o seu segredo mais obscuro do seu melhor amigo, mas não tinha escolha a não ser seguir sua vida tentando ignorar os seus sentimentos.

*********

Certa vez, Noah, com cinco anos, estava brincando com uma boneca de sua irmã mais velha, foi quando o seu pai viu e o espancou. "Boneca é brinquedo de menina" ele disse logo em seguida. Noah não entendia, tinha a penas cinco anos. Outra vez, quando ele tinha treze anos, se viu usando uma camiseta rosa que amava, novamente o pai o espancou "Isso não é coisa de homem". Com dezoito anos, ele saiu de casa e foi morar sozinho. Sua mãe o amava muito, mas nem mesmo ela o defendia do seu pai, que fazia questão de demonstrar a sua decepção com o filho mais novo. Ele morava sozinho e se sentia livre para ser quem ele era, trabalhou e estudou, entrou na faculdade e foi quando conheceu Charlie. No início, Charlie tinha uma atração inexplicável por Charlie. Charlie é um homem muito bonito, de uma autoconfiança inexplicável, isso chamou a atenção de Noah, mas Noah era solitário, não tinha amigos. Em uma noite, Noah estava voltando para o dormitório após passar horas estudando na biblioteca e encontrou Charlie desmaiado na escada. No início, ele não ia parar, mas ficou curioso e então se aproximou e tentou conversar com ele, e nada de resposta, bateu no rosto e nada. Ficou preocupado, foi aí que teve uma ideia de levá-lo para o seu quarto e tentar acordá-lo e isso foi a tarefa mais difícil, ele era muito alto e pesado, então depois de muitas tentativas de levantá-lo, ele enfim conseguiu. Ao entrar no quarto, o deitou na cama e fez algumas tentativas de acordá-lo e conseguiu.— Quem é você? E onde eu estou?
— Meu nome é Noah, encontrei você desmaiado na escada e te trouxe para o meu quarto para te ajudar.
— Cara, dessa vez eu acho que exagerei. — Prazer, meu nome é.
E ele apagou e dormiu.

***********

Na manhã seguinte, Charlie acorda em um quarto que não conhecia, um quarto simples, mas bem-arrumado e com um cheiro bom!
A porta se abre.

— Bom dia, que bom que acordou!
Charlie se assustou, será que...
Noah sorriu.
— Não se preocupe, encontrei você desacordado na escada e trouxe você para tentar te ajudar.
Ele respirou aliviado.
— Não é nada com você, eu só não, quer dizer, como é seu nome?
— Nós já tivemos essa conversa ontem, mas meu nome é Noah.
— Muito prazer Noah, meu nome é Charlie
— Eu sei, você é bem famoso por todo campus
— Espero que seja uma boa fama.
— Se boa fama for ser o galinha do pedaço.
— Nossa, magoou, mas fazer o que minha fama me precede.
Depois desse dia os dois ficaram inseparáveis.

**********


Em uma segunda-feira Noah estava calado e Charlie percebeu.
— Noah, tem algo te incomodando?
— Por que você está me perguntando isso?
— Você está tão calado, parece que tem algo te perturbando.
Noah às vezes ficava assustado com o tanto que Charlie o conhecia.
— Noah?
— Charlie precisamos conversar!
— Nossa parece algo sério, não vai terminar comigo, vai?
Ele falou com um tom de brincadeira, tentando diminuir a tensão.
— É algo muito importante para mim, não sei se depois disso você vai me ver da mesma forma, não sei se ainda vamos ser amigos.
— Você fez alguma coisa errada?
— Não.
— Me traiu, me roubou, mentiu?
— Não.
— Então não vejo algo mais sério, que me faria deixar de ser seu amigo.
— Bom, eu sempre fui diferente.
— Todos são
— Me deixa falar.
Charlie colocou as mãos na boca para se calar e Noah continuou.
— Eu não sou como você, não sou como a maioria dos homens.
Charlie o encarou.
Eu sou gay. — Falou rápido, como se estivesse tirando um peso de suas costas.

Ficou um enorme silêncio no quarto.
— Era isso?
Noah piscava sem parar, surpreso com a resposta de Charlie.
— Mas...
— Eu já sabia.
— Como assim, já sabia?
— Eu sempre soube, só estava esperando você se sentir à vontade em me contatar, sei que isso não é fácil, e eu fico feliz de finalmente você confiar em mim, e me contar.
Os olhos de Noah encheram-se de lágrimas, ele nunca tinha recebido esse tipo de acolhimento, sempre foi julgado, espancado pelo seu pai, não esperava essa atitude do homem que ele julgara mais mulherengo do Campos, logo ele.
— Vem aqui, meu amigo, deixa eu te dar um abraço.
Noah chorou, chorou o choro que segurava por anos.
— Você pode ser quem você quiser, Noah, você é o cara mais foda que eu conheço, eu admiro você, e o que você acabou de me falar só me fez admirá-lo mais. — Além disso, agora eu não vou ter um concorrente à altura, porque, para ser sincero, você é bem mais bonito do que eu.
Os dois começaram a sorrir sem parar e depois desse dia, Noah nunca mais se escondeu!

The CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora