Já fazia um tempo de Willy nas estrada em busca de ingredientes para seu chocolate, ele era um aventureiro nato que havia se adaptado a todas intempéries da vida para sobreviver, sempre tendo uma imensa sorte pois na maioria das vezes era apenas um garoto inocente e burro arriscando tudo por algum ingrediente que ele considerava indispensável para o melhor chocolate. Em troca, tudo o que Willy podia oferecer era seus dotes como cozinheiro, que aprendera com sua mãe, ele podia preparar muitos pratos além do chocolate e por isso conseguia se estabelecer em certos lugares por algum tempo. Mas sua facilidade em conquistar o coração das pessoas e sua beleza chamava a atenção de mulheres e de homens, apesar disso ele dizia se concentrar unicamente em aprimorar seus doces. Uma hora iria acontecer de alguém usar isso para aproveitá-lo
— Estou lhe dizendo, Willy, essa planta fica muito boa com doce de leite, os antigos aqui da região costumavam saboreá-la com melaço, caramelo... Ela dá uma refrescância interessante na boca — Fala Samira, a filha do fazendeiro de cacau para quem Willy estava temporariamente trabalhando como cozinheiro, apenas esperando a colheita do cacau para conseguir alguns exemplares daquela safra em específico, ele era muito especifico com seus ingredientes
— Qual o nome dessa planta, senhorita Arlington? Eu tenho que experimentá-la se é tão gostosa quanto diz — Perguntou Willy Wonka interessado com o pano de prato jogado no ombro, Samira passou a língua entre os lábios, desde que ele chegara na fazenda ela tentava desesperadamente que Willy a fodesse, mas ao contrário de todos os homens ao seu redor ele era tão desinteressado em sexo e que ela tinha vontade de arrancar os cabelos
— Videira da Punctura... Dá aqui perto de casa, naquele caminho que leva ao lago — Ela respondeu dando de costas — Se você quiser eu posso te levar até lá... Aí a gente aproveita e toma uma banho no lago
— Ah não senhorita, Arlington, seu pai não me concedeu moradia até a colheita do cacau para ficar passeando e brincando como se eu estivesse de férias, tenho que preparar todo o menu do jantar e...
— Willy! – Ela a chamou sedenta mordendo os lábios e batendo o pé com impaciência — Parece que você é obcecado com essa coisa de cozinhar e fazer doce... Papai já disse que não precisa fazer doces que ele está com medo de pegar uma diabetes — Raimond Arlington não conseguia resistir a nenhuma sobremesa que Willy preparava e estava em vias de o proibir — Além disso só uma nadadinha não vai atrapalhar seus serviços... — Ela tentou o máximo possível fazer aquela carinha dengosa e pidona que ela só fazia para o pai quando queria muito alguma coisa, Willy ponderou, mas nem olhou para ela direito
— Tudo bem, acho que um banho refrescante não vai matar ninguém
— Yay! Eu sabia que uma hora ia te convencer — Ela o abraçou por trás e apertando bem e aproveitando para respirar fundo o seu cheiro sempre tão bom de temperos agridoce
— Tudo bem senhorita, Arlington, vamos agora à tarde, mas agora é melhor me deixar terminar esse pavê de castanhas.
Samira tomou o banho mais cheiroso que ela podia, mesmo que fosse se banhar em lago, ela queria estar com um cheiro que deixasse Willy enlouquecido. Ela era diferente de todos os homens que ela já tinha conhecido e usado, além de ser inegavelmente inocente, meio burro, ele também era insuportavelmente fofo, bom e extremamente lindo, ela nunca vira nenhum homem tão lindo quanto ele, nem olhos mais verdes ou mesclados de verde com castanho como folhas de outono caindo em um lago cristalino, ela bem tentou seduzi-lo, mas ele não queria ficar por nada, só pelo cacau e ela teve certeza que só conseguiria se casar com ele se fosse uma semente de cacau. Naquela tarde colocou seu maiô com o decote mais ousado e com parte das costas totalmente abertas e mostrando quase que as nádegas inteiras, para disfarçar colocou uma sainha minúscula. Se o pai a visse saindo daquele jeito iria ter um enfarto, mas o coroa também infantaria se soubesse o quão promíscua era a filha com os trabalhadores da fazenda.
