Eu acho que vou esperar aqui, então.

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Pov: Castiel

Dean me olha assustado e logo veja os olhos com força. Ele achava que eu era uma alucinação?

— Dean, eu ainda estou aqui. E eu sou real. Veja. – Estendo meu braço e toco gentilmente na sua mão, dando uma pequena apertadinha. Ele abre os olhos, ainda com medo na sua expressão. – Não precisa ter medo de mim. Eu estou  aqui pra ajudar.

Dean balança sua cabeça negativamente, ficando em pé em um pulo e saindo pra longe dali. Por que ele fugia? Caminhei para chegar até Dean, segurando seu braço e o virando para mim.

— A gente precisa conversar.

Ele tirou minha mão do seu braço com agressividade e me deu um soco no nariz. Não imaginei que ele seria tão resistente, mas todos no céu já disseram mesmo que Dean Winchester não é fácil. Temo que eu falhe nessa missão.
Depois de se desvencilhar de mim, Dean voltou a andar em passos largos para longe. Fecho meus olhos e dou um suspiro profundo. Decido o deixar ir por agora, pois de certo que não adiantaria segui-lo. Vou deixar ele digerir o que está acontecendo e depois tento um novo contato.
Eu acho que vou esperar aqui, então.

Pov: Dean

Fecho a porta atrás de mim com força, meu coração pulando no meu peito e com dificuldade de normalizar minha respiração. Ando até o sofá e me jogo nele, tentando me acalmar.

— O que aconteceu garoto? – Bobby me pergunta, com confusão refletindo no seu rosto. – Você ta com uma cara horrível.

Bobby cuida de mim desde que meu pai morreu, mas ele é como um pai pra mim muito antes de John morrer. E ele me entende muito melhor do que meu pai jamais entendeu. Sempre tive dificuldade de morar com meu pai por causa desse problema de não conseguir falar, mas Bobby me entende. Ele não fica bravo comigo por isso.
Apenas me levanto do sofá ignorando sua pergunta, como honestamente eu faço a maioria das vezes, e vou pegar um copo de whisky. Bebo tudo num gole só.

— Dia difícil. Entendi. – Disse Bobby, olhando preocupado para mim. – Vai pegar suas coisas. Eu tenho uma caçada em Colorado. Sei que costumo te deixar aqui, mas não vou te deixar sozinho assim.

Dou um suspiro profundo e retiro o pequeno carderninho e a caneta que sempre fica no bolso da minha calça, e escrevo perguntando o que iríamos caçar. Levo o caderninho pra perto e viro pra ele.

– Não tenho muita certeza, mas pode ser algum espírito. Te conto mais sobre o caso quando estivermos no carro, agora pega suas coisas.

[...]

Estava mofando no quarto de hotel, tomando uma cerveja, enquanto Bobby fazia a parte investigativa. Claro, que essa parte só ele pode fazer, porque não falo. Eu participo da parte da ação, de realmente caçar a coisa. Entretanto faz tempo que Bobby não me deixa acompanhar ele e confesso que isso me irrita, eu me sinto útil quando eu caço.
De repente a TV começa a falhar e as luzes do quarto piscarem. Pego a arma que já estava em cima da cama e procuro por algum espírito que poderia estar pelo quarto. Quando vejo algo aparecendo em minha frente, automaticamente atiro, mas logo a arma voa da minha mão.
Olhando melhor, vejo que é o cara do parque, meu coração começa a acelerar novamente. Estava acreditando que era só um louco no meio da rua, mas agora o vendo aqui, penso que estou enlouquecendo, porque não existe essa coisa de anjos.

— Dean, por que você sempre está tentando me machucar? Eu sou um anjo, você não vai conseguir. – Ele fala com uma calma muito estranha, com uma cara de confusão que vejo que ele realmente não entende o porquê de eu fazer tudo isso. – Precisamos conversar. Você não pode fugir dessa vez, eu não vou deixar.

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E , vocês acham que Dean vai querer ouvir o Castiel? Que vai deixar ele cumprir a missão dele? Me deixem saber o que vocês acharam do capítulo nos comentários!

Speak - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora