De que serve a morte sem um motivo
e uma vida sem alívio?
De que serve a dor sem esperança
e o prazer da lembrança?
De que serve a agonia do desapego,
de um romance sem desejo?
De que serve o fim sem um início,
na depressão de estar sozinho?
De que serve o Diabo sem um serafim
e as asas cortadas de um colibri?
De que serve o mal para bem final
e o amor por um ódio ideal?