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Ja estava escurecendo, e ainda havia carne para ser assada na churrasqueira. Wakasa estava bebendo com Shinichiro, mas sentia os olhares dele sobre mim, enquanto meu irmão era impedido de queimar as carnes.
Me aproximei para pegar um pouco de carne, e Shinichiro colocou uma grande demais no meu prato, mas não reclamei. Ainda observei de relance, Wakasa me olhando.
— Inui, pode cortar pra mim? — sussurrei mas acho que ele não me ouviu, então no primeiro passo que eu dei, Wakasa pegou o prato da minha mão.
Wakasa me entrega a cerveja dele, e começa a cortar a carne em pedaços menores, retirando a gordura.
Como ele sabia que eu odiava gordura?...
— toma um gole — ele diz ao se referir a cerveja.
— não! É amargo demais — fiz uma expressão de nojo e ele me encarou, mordendo o canto interno dos lábios.
— Coloquei uma pitada de sal — ele diz e volta a corta a carne — o sal ajuda a cortar o amargo da cerveja, por isso ela sempre é servida com tira gostos, dentre azeitonas, amendoins salgados, ou salgadinhos — Arregalo os olhos com sua fala — pode tomar um gole.
Acreditei em suas palavras e dei um gole na cerveja, sentindo o gosto do sal intercalar com o gosto da cerveja, deixando ela...saborosa.
Continuei tomando mais alguns goles, quando Wakasa me devolveu o meu prato, e eu devolvi a cerveja quase no final.
— É a primeira vez — murmurei meia desnorteada — que bebo álcool.
— Mandei ela tomar um gole, e não a lata toda — ele diz nervoso — Amara, olha pra mim.
O olhei e dei um sorriso, Wakasa segurou meu rosto em suas mãos, e olhou em meus olhos.
— Você ficou bêbada rápido demais — ele diz sério
— e você é ranzinza demais — resmunguei.
— Oh! Está mostrando suas garras — ele sorriu de forma sarcástica.
Balancei a cabeça negando, e Wakasa me puxou para uma cadeira, no caso ele era a cadeira.
O Imaushi pegou um chocolate que era do Shinichiro, e colocou o doce na minha boca.
— vamos cortar o efeito agora — ele sussurrou me fazendo arrepiar.
Assim que seus dedos tocaram os meus lábios, eu mordi o chocolate até devorar ele inteiro, e no final segurei um dos dedos de Wakasa o chupando para limpar o chocolate que ficou.
Wakasa sorri com uma expressão de surpresa muito grande. Ele não tem ideia de como reagir a isso.
— Você é bem ousada, não acha?
Wakasa retira seu dedo da minha boca e o desliza por meus lábios, limpando o canto deles.
— é doce...— murmurei com a voz embolada, mostrando que eu estava um pouco bêbada.
Wakasa se aproxima do meu ouvido e sussurrou.
— Você está um pouco bêbada, descanse um pouco.
Passei meus braços ao redor do seu pescoço, e Wakasa tirou o prato de comida do meu colo, colocando na mesa da cozinha. Sim ele me levou pra dentro da casa, longe dos olhares dos outros. Por fim me arrumei em seu colo, e deitei minha cabeça em seu peito, me sentindo tonta.
— quero mais...— sussurrei embriagada.
— Você quer dormir! — Wakasa murmurou me fazendo arrepiar.
