Volume 1: Capítulo 1 - Despertando...

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P.O.V Diogo

Senti uma leve incômoda da luz solar em meus olhos fechados e comecei a me mexer em busca de proteção... espera, luz solar! Com um movimento rápido, abri os olhos e me levantei, olhando em volta sem reconhecer nada.

"Parece que não foi um sonho..." murmurei baixinho, analisando melhor o local, percebi que estava deitado em um gramado verde, encostado a uma árvore - que parecia ser um carvalho - e ao lado estavam minha mochila e guarda-chuva. Mais à frente, um caminho de terra, provavelmente formado pela passagem de pessoas.

Fechei e abri minhas mãos algumas vezes, "Pelo menos parece que continuo bem fisicamente e com o mesmo corpo, mas não custa confirmar." Pensei, para então colocar minha mão direita no bolso interno do meu casaco e pegar um dos meus celulares, usando minha digital para desbloqueá-lo, mas não funcionou... tentei novamente e nada...

Após 5 tentativas sem sucesso, assim como o reconhecimento facial, cheguei a duas conclusões:

1ª - o meu corpo mudou pelo menos em pequenos detalhes, como digitais e faciais;

2ª - de alguma forma, o meu celular foi afetado ao ser transportado comigo;

Depois de desbloquear meu celular através do padrão, abri a câmara frontal e... "Hm, o meu rosto parece igual, exceto pelos meus olhos." Foi o que saiu da minha boca, e sim, meus olhos haviam mudado, agora não eram mais ambos azuis brilhantes; enquanto um deles continuou azul, o outro se tornou vermelho carmesim como sangue. "Algum efeito colateral?" pensei.

Levantando um pouco as minhas camisetas, vi que o meu corpo continuava definido, com o meu abdômen trincado ainda visível, assim como os músculos superiores dos meus braços e das costas. Pelo menos o meu corpo continua atlético. Após me analisar por completo e restaurar as minhas digitais nos meus dois celulares, peguei minha mochila e guarda-chuva.

Caminhando até a pequena estrada de terra, olhei para os dois lados, levantei a manga no meu braço esquerdo e revelei o meu relógio. Abri a bússola do relógio e esperei adaptar-se ao campo magnético. "Hm... vamos para o leste, então." Foi o meu pequeno comentário depois de analisar o meu relógio. Antes de começar a caminhar, uma luz familiar apareceu no local onde acordei pela primeira vez.

Daquela luz surgiu Laylah, mas com uma roupa ligeiramente diferente... ok, muito diferente. Ela agora vestia uma espécie de camisa branca com um colete preto por cima, acompanhada por uma saia preta com detalhes dourados e sapatos marrons. Mas continuava muito bela.

"Laylah?" questionei, confuso.

"Desculpe, jovem Diogo, mas irei acompanhá-lo neste mundo como sua serva", ela comentou, curvando-se ligeiramente. Mas eu não precisava de uma serva ou algo do tipo.

"Eu não acho que preciso..." Eu ia dizer, mas ela me interrompeu. "Por favor, não recuse. Ter causado a morte de alguém, mesmo que por um erro, eu não conseguiria viver com esse peso. Permita-me, pelo menos até sua morte, servi-lo como minha própria punição!"

O que fazer? Eu não queria, ou pelo menos, não precisava de uma serva. Mas ao mesmo tempo, não queria que ela se sentisse culpada e remoída por dentro. "Acho que posso aceitar. Não é como se um humano vivesse muito tempo, pelo menos para um ser longevo, como acredito que sejam os anjos", pensei antes de me virar para ela e encarar seus olhos safiras e suspirar... "Tudo bem..." eu disse, e ela rapidamente ganhou um sorriso que me fez desviar o olhar, sentindo o sangue subir às minhas bochechas. "Droga! Que beleza natural. Concentra-te, Diogo, precisas encontrar civilização, não ficar hipnotizado pela beleza!" gritei em minha mente.

"Agradeço, Jovem Amo!" Ela disse, caminhando ao meu lado. "Não me chame assim, por favor", comentei, um pouco envergonhado. "Não posso aceitar esse pedido. Como serva, vou assumir o meu papel!" Ela disse, parecendo bastante inflexível nesse aspecto.

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