Capítulo 15

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Ódio não fazia parte do meu vocabulário

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Ódio não fazia parte do meu vocabulário. Nem mesmo a minha ex, que é uma pedra em meu sapato, conseguia extrair tal sentimento de mim, mas, por incrível que parece, neste intente eu odeio uma pessoa.

Um moleque imbecil. Porque, sim, é exatamente isso o que Guilherme é.

Tatiane poderia ter sido poupada daquela humilhação se o babaca tivesse tido a decência de desmarcar, em vez de insistir em um encontro que não queria ir.

O tapado nem sequer foi buscá-la, ficou pouquíssimo no restaurante, e para que, se não fazia questão de ter a companhia de uma garota incrível?

Para mim, parecia que ele estava fazendo um joguinho com a pequena borboleta, comprovando se ela seguiria disponível para acompanhá-lo, enquanto pisava na bola e agia como um verdadeiro babaca.

E sendo bem sincero, eu não me importava com qual fosse a sua motivação, ele estava brincando com os sentimentos de uma pessoa que era muito importante para mim. Não permitiria que fizesse aquilo.

Foi por este motivo que enviei um presentinho a ele, um aviso bem discreto de que estava de olho em cada um de seus passos. Podia estar há quilômetros de distância, porém jamais permitiria que continuasse brincando com a minha namorada falsa.

Graças a minha intensa vontade de proteger a garota, tive o meu melhor amigo zombando de mim, olhando-me como aquele ar presunçoso que eu tanto odiava.

— Se ela descobrir vai te matar, sabe disso, não é? — questionou, apoiando os pés sobre a minha mesa.

Que Nicolas era convencido e dramático, não era novidade, mas agora ele deu para ser um chato de galocha cheio de provocações.

Não sei por que insistia que eu, por acaso, comecei a gostar além do permitido da pequena borboleta, no entanto, mesmo com minhas diversas tentativas em desmentir, meu melhor amigo se convencia sobre a sua opinião, enlouquecendo-me com as provocações idiotas.

— Tati não vai descobrir — garanti, voltando o meu foco para a tela do computador. — Até porque, o amiguinho dela não sabe que foi eu. No máximo vai pensar que é alguma brincadeira.

O que não deixava de ser verdade. Fiz questão de ser bem cuidadoso com o anonimato, só queria que ele provasse de seu próprio veneno, pois me encheu de uma fúria ofuscante a atitude que teve com a coisinha pequena.

— E assim, não acha que está sendo meio imprudente indo perturbar um boyzinho só porque ele deixou a garota, que você jura ser apenas uma amiga, em um restaurante cinco estrelas?

Eu disse que esse convencido tinha prazer em me provocar, e agora, era ele o alvo da minha raiva.

— Você se ouve? — devolvi a pergunta. — Nicolas, o imbecil simplesmente convidou a garota para sair e a deixou lá em menos de cinco minutos após ter chegado, isso, sem contar que não foi capaz de ir buscá-la, ou simplesmente desmarcar o encontro.

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