BRIGHT • FALLKET

Cap 2 - Quem é ele?

Fôlego... algo que com certeza eu não vou ter.

Suas mãos perseguem todo o meu corpo apertando cada detalhe da minha pele, seus olhos me observavam atentamente enquanto eu me perdia em um limiar de prazer quase que inexplicável. Seus lábios tocavam meu pescoço indo em direção a minha orelha, seu coração batia ardentemente, era como uma taquicardia disparada, parecia música aos meus ouvidos, seus lábios tinham gosto de cigarro com um toque de menta, eram viciantes demais para o que eu tenha imaginado.

— Eu preciso saber até onde posso ir. — a voz melódica que parecia um vício de escutar falou com um certo tom de afirmação, aquilo realmente mexeu com meu coração.

— Até onde você quer me levar? — minha voz foi em meio a um sussurro, mas eu sei que ele pode ouvir.

Sua boca me atacou novamente em meio aos meus delírios de prazer, eu estava em êxtase, nunca pensei que aquilo fosse acontecer, um som começou a tocar no fundo e eu reconhecia aquele som, os olhos dele ficaram me olhando fixamente com uma enorme dúvida em sua feição, de repente eu acordo rapidamente vendo o despertador tocar as 06:00. Eu havia sonhado com o rapaz misterioso daquele dia, era tudo que eu jamais esperava ou imaginava, foi um sonho que parecia tão real, a maneira como eu lembrava de tudo eu esperava que fosse a mais pura realidade, uma realidade próxima da que eu queria. Fiquei parada observando o nada lembrando de tudo o que havia acontecido me perguntando o que estava acontecendo, levantei e resolvi despertar para o mundo, tomei um banho frio tentando focar em alguma coisa que não fosse aquele sonho, fiz minha higiene pessoal e acabei por optar vestir uma roupa mais confortável.

Eu ainda estou no segundo semestre da faculdade de moda, estava preocupada porque o professor havia pedido um croqui novo para um desfile com peças inusitadas, no caminho para a faculdade fui lembrando aos poucos da roupa que o rapaz estava vestindo, uma calça com desenhos aleatórios e uma blusa preta sem nenhum desenho, pensei em desenhar algo assim inusitado já que ninguém da sala havia pensado, em meio as criações o sonho me revirava várias vezes, eu não entendia o porque de estar com essa fixação com aquela pessoa, mas era viciante a maneira de lembrar dele e da voz dele. Coisas que eu sequer consigo entender, mas que eu sei que eu vou descobrir futuramente.