Capítulo 35

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-Ei, para.-Arat fala.-Isso tá indo longe demais.

-Não, não tá.-Falo e aponto a arma para ele.

Não era o que eu queria, meu negócio é a briga, matar só quando precisa, e nesse momento talvez eu precise.

-Talvez tenha sido os dois.-O cara fala se referindo a eu e Anne.-Vamos lá.

Metade dos salvadores começam a vir em direção ao nosso pessoal. Estávamos todos prontos para lutar. Quando íamos começar, meu pai entra em nosso meio em um cavalo.

-Todo mundo para trás, agora!-Ele fala com uma arma na mão e logo sai.

-Vou falar com o Rick, vou tentar achar um jeito de todos se sentirem seguros.

-Redirecionamento, façam duplas para trabalhar.-Meu pai fala e os salvadores saem.

Todos voltam ao que estavam fazendo.

-Ei.-Falo indo até Maggie.

-Oi.-Ela fala e nos beijamos.

-O Hershel...-Falo e ela interrompe.

-Tá com a cuidadora.-Ela fala.

-Você veio trazer os suprimentos?-Pergunto.

-Foi.-Ela fala.-Tenho que resolver umas coisas com seu pai também. Inclusive, achei algo

Vamos até a carroça e ela me mostra o Justin morto como zumbi.

-Já foi tarde.-Falo.-Sabe quem fez isso?

-Não, encontramos ele no caminho.-Ela fala e suspiro.

-Tá tudo uma bagunça aqui.-Falo.

-É, pelo que você me falou ontem.-Ela fala.

-É culpa do meu pai, eu sei que ele quer ser bom para todo mundo, mas não tá resolvendo, e por isso ele precisa arrumar outra jeito.-Falo.-Quase entramos em guerra agora de manhã, e a culpa é dele. Eu avisei a ele sobre o Justin, ele não me ouviu e o Aaron tá sem braço agora.

-Você tem que se acalmar, não tem nada que você possa fazer.-Ela fala.-Você já falou com seu pai, deixa ele agir.

-Ele só tá fazendo isso porque o Carl morreu, só por isso ele quer agir como o Carl agia.-Falo.

-O Carl queria ver o lado bom das coisas, mas ele sempre tomava cuidado.-Ela fala.-Ele tinha uma boa visão do mundo, talvez devêssemos seguir.

-Isso é igual o socialismo, no papel é lindo, mas na prática não funciona.-Falo.-E não tá funcionando agora, isso tem que mudar, as coisas tem que mudar ou muita gente vai acabar morrendo.

-S/n, eu sei o que estou fazendo.-Meu pai fala.

-Será que sabe mesmo?-Pergunto e saio.

Eu estava um pouco afastada do acampamento amolando minhas facas.
Meu pai se senta na minha frente.

-Vai, pergunta.-Falo.

-O ferimento do Justin parece um furo.-Ele fala.-Fiquei pensando se era de faca, mas ele é pequeno, redondo e limpo. Menor e mais limpo do que um buraco de bala. Parece que foi uma flecha e eu vi você com a besta do Daryl ontem.

-A que ponto chegamos, pai, parece que não sou nada para você, nem em mim confia mais.-Falo.

-Eu confio, eu só estou perguntando porque é minha obrigação como líder.-Ele fala.-Eu não acho que foi você, de verdade, mas os outros acham.

-Se fosse eu, teria feito na frente de todo mundo.-Falo.-Eu não sei quem foi, mas sei por quê e você também. Dava para ter evitado tudo isso, eu avisei. Juntar essas pessoas ia acabar dando nisso.

-Não, é a coisa certa a fazer.-Ele fala.-O futuro pertence a todos nós agora.

-Por que eles merecem esse futuro e o Gleen não?-Pergunto.-Ou o Abraham, ou a Sasha. E todas as pessoas que o reino perdeu. Hilttop, Oceanside. Você já se perguntou o que eles querem? O que eles fariam se pudessem?

-Já.-Ele fala.-Ficar matando uns aos outros nesse mundo que já pertence aos mortos, esse não é o caminho. Não mais.

Pego minhas coisas e levanto.

-Vou trabalhar.-Falo saindo e ele se levanta também.

-S/a, eu sei que não concorda com tudo que estamos fazendo aqui.-Ele fala e paro.-Só tô pedindo que você tente, faça isso e deixe as pessoas verem e quem sabe todos esqueçam o que aconteceu. Talvez essa seja a melhor decisão que você já tomou.

Fui até o local que deveria procurar pelos salvadores desaparecidos. Maggie estava com Cindy verificando outro lugar, meu pai também em outro.

Walkie talkie:

-Relatório.-Meu pai fala.

-Grade 1 limpa.-Rosita fala.

-Grade 2 limpa.-Falo.

-Grade 3 limpa.-Meu pai fala.

-Grade 4 limpa.-Maggie fala.

-Grade 5 limpa.-Beatrice fala.

-Flautista 1, tudo bem aí?-Meu pai pergunta.

-Tudo bem, nada vindo em nossa direção.-Laura fala.

-Fiquem alertas, olhos abertos, ainda tem pessoas desaparecidas por aí.-Meu pai fala.

-Tem atividade nas proximidades, vou dá uma olhada.-Maggie fala.

-Estamos indo na sua direção.-Meu pai fala.-Grade 5, faça o mesmo.

Fui até o local onde Maggie estava.
Chegando lá, ela e Cindy haviam dado conta de todos, e era até uma boa quantidade.

Cindy estava escorada na varanda com as mãos sangrando, ela estava assustada.

Chegamos todos de uma vez, Rosita, meu pai e eu.

-Cê tá legal?-Pergunto para Cindy.

-Tô, só abri meu pulso.-Ela fala segurando a mão.

-E enquanto a grade 5?-Rosita pergunta.-Deveria está aqui antes de nós.

-Grade 5, qual é o seu status?-Meu pai fala no walkie talkie.

Não houve resposta então fomos até a grade 5.
Chegando lá, ela estava caída no meio da floresta desacordada. Cindy chega o pulso dela.

-Bea, Bea, acorda.-Cindy fala e ela vai levantando devagar.

-Você está bem?-Meu pai pergunta.

-Tô.-Ela diz.

-O que houve?-Meu pai pergunta.

-Eu não sei, Arat disse que tava tudo limpo e aí a gente foi na direção da estrada e me atingiram por trás.-Bea fala.

-E a Arat?-Meu pai pergunta.

-Eu não sei.-Bea fala.

Entrego a ela a arma dela que estava no chão.

-Obrigada.-Ela fala pegando a arma.

-Seja lá quem fez isso, levou ela.-Maggie fala mostrando o walkie talkie e algumas facas da Arat.

Voltamos para o acampamento.

Love in apocalipse•Maggie and S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora