Love in apocalipse•Maggie and S/n

Capítulo 38

-O que é isso?-Ele pergunta.

-O senhor sabe muito bem o que é.-Falo.

-Eu já avisei, a Maggie não vai passar por aqueles portões.-Ele fala.

-É, mas a mensagem não chegou.-Falo.

Estava tudo combinado, Maggie acabaria com Negan, eu iria despistar meu pai e as pessoas do walkie talkie ja estava cientes de todo o plano e não avisariam a Alexandria.

-Você manipulou a comunicação?-Ele pergunta.

-Dessa vez vai ser do jeito que deveria ser.-Falo.

Ele pega o walkie talkie.

-Nada disso.-Falo dando um tapa no walkie talkie mas ele afasta.

Tento pegar o walkie talkie e ele vai afastando. Nessa briguinha, nós dois descemos rolando uma ladeira fora da estrada e caímos dentro de um buraco.

-Dá para sair por essas raízes.-Meu pai fala.

Havia algumas raízes de árvores que poderíamos segurar para escalar e sair dalí.

-Mas estão muito altas.-Falo.

Ele pula para pegar uma e consegue, mas aquela era fraca e ele cai. Não aguento e dou risada, foi muito engraçada a queda.

-Para com isso.-Ele fala.-Mas que merda. Você armou isso também?

-Vai me culpar por isso?-Pergunto.

-Parece que não te conheço mais.-Ele fala.

-Eu sou a mesma, só tô agindo diferente porque eu não apoio certas coisas, e eu não faço o que eu não quero.-Falo.

-Sinto muito se não sou o melhor líder.-Ele fala.

-Bom, foi você quem quis ir atrás da Maggie.-Falo.-Não é culpa minha.

-Sabe o que manter o Negan vivo significa para nós, né?-Ele pergunta.

-Eu sei o que significa ele morto para mim e para ela.-Falo.-Deveria significar o mesmo para nós que conhecíamos o Gleen.

-Eu entendo o porquê vocês não conseguem aceitar, de verdade.-Ele fala.

-Entende?-Pergunto.

-Vocês duas não voltaram mais para Alexandria, ela enforcou o Gregory daquele jeito.-Ele fala.-Eu sei, eu não sou cego.

-Mas também não quer enxergar.-Falo.-Você nem estaria vivo se não fosse pelo Gleen. Não teria me encontrado, nem o Carl, nem a mamãe e com certeza nenhum de nós. Ele fez aquilo. Ou já se esqueceu?

-Claro que não, eu penso naquilo todo santo dia.-Ele fala.-E enquanto a você e Maggie, eu odeio o que fiz, o que tirei de vocês, eu sei o quanto o Gleen significava para vocês, tanto quanto para nós, mas era o que tinha que fazer.

-Ela vai fazer o que tiver que fazer.-Falo.

-E por você tudo bem?-Ele pergunta.

-E por que não estaria?-Pergunto.

-Você popou o Dwigth, depois do que ele fez com você.-Ele fala.

-Por ele ter me trancado no armário?-Pergunto.

~Já saí faz tempo~

-Desfilar comigo sem eu poder falar nada?-Falo.-E você que deixa aquele cara em um cela, como se fosse um símbolo para todos aqueles cuzões que estão torcendo para que as coisas voltem a ser como antes.

-Manter ele vivo é como garantir que não voltem.-Ele fala.

Nossos tons de voz já estavam alto.

-Não, manter ele vivo é como dá esperança para que voltem.-Falo já abaixando a voz.

-Michonne conversou com ela.-Ele fala.-Ela veio ao acampamento, ela tava se convencendo.

-Ela tentou, mas o fato é que não aguentaríamos viver com isso.-Falo.-Assim como Oceanside.

-Oceanside?-Ele pergunta.-Quer dizer que Oceanside matou aqueles salvadores? A Arat.

-Tô dizendo que tiveram o que merecia.-Falo.

-Você sabia e não disse nada?-Ele pergunta.

-Eu também não aguentaria viver com isso.-Falo.

-Se isso não der certo, se ela matar o Negan e ele se tornar um mártir, a guerra terá sido por nada, todos que morreram terá morrido atoa.-Ele fala.

Nessa hora ele parecia querer chorar e estava segurando.

-O Carl, o Carl terá morrido por nada.-Ele fala.

-E enquanto o resto de nós?-Pergunto.-Acha que depois de tudo aquilo conseguiríamos lidar com isso? Você fica pedindo para termos fé nas pessoas, mas o fato é que você não tem fé na gente.

-Sabe que isso não é verdade.-Ele fala.

-Eu morreria por você e teria morrido por Carl, você sabe.-Falo.-Mas tem que me ouvir. Você tá em busca de alguma coisa por ele que não é para ser. Tem que deixar o Carl ir embora. Deixe-o ir.

-Eu nunca pedi a ninguém para me seguir.-Ele fala.

-Eu sei.-Falo.-Mas talvez devesse.

(...)

Eu e meu pai estávamos quase conseguindo sair, estávamos pendurados na raiz até que um zumbi cai dentro do buraco.

-Cuidado!-Ele fala.

O zumbi acaba me carregando e eu caio, voltando a estaca zero.

-Você tá legal?-Pergunto mesmo sendo eu quem caiu.

-Tô.-Ele fala.-Tem mais vindo.

Mais um cai e eu o mato.

-Consegue segurar aqui?-Ele pergunta segurando a raiz.

-Consigo.-Falo.

Faço um monte de zumbis e subo, alcançando a raiz.

Mais alguns zumbis caíram mas eu e meu pai ficamos pendurados ainda. Os zumbis estavam embaixo gruindo para nós, se caísse, já era.

Meu pai conseguiu subir, eu havia escorregado mas já estava subindo.

-S/a, você tem que adiantar.-Ele fala.

-Eu tô indo.-Falo.

Ele se segurou na raiz de uma árvore do lado de fora e se estendeu.

-Segura minha mão.-Ele fala.-Tá quase, anda.

Eu tentava mas não conseguia pegar sua mão.

-Filha, filha, segura minha mão.-Ele fala.

Consigo então segurar a mão dele e ele se puxa para cima.

-Reprovou no teste de escalada.-Meu pai fala rindo.

-Não se pode ser boa em tudo, né.-Falo.

Matamos alguns zumbis que apareceram. Eram muitos.

Encontramos um cavalo branco solto fugindo desesperado dos zumbis.

-Vai, eu vou ficar para levar eles para longe do acampamento.-Meu pai fala.

-O quê?-Pergunto.

-Eu vou ficar.-Ele fala.