CAPÍTULO XVI: Dia do Cardan

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E, naquele dia, todos morreram...

Não restou nada.

Somente sangue...

E conhaque.

Carnificina.

Haha! É primeiro de abril! Espero que todos estejam se divertindo nesta tão especial data! Embora feriados também não se identifiquem como um amplo conhecimento meu, é o mais mágico. E há o natal, o grande natal. Mas Klaus nunca apareceu para mim, e eu, genuinamente, espero que suas renas penetrem os chifres em seu cu.

Não obstante, além de abrigar a mentira e os tolos, sua própria definição encarnada é quem presenteia o caos ao dia. Não apenas o dia da mentira, como do maior entre os mentirosos.

— Hahahahaha! É! Caceeete!

Não é inspirador levantar-se de sua cama ouvindo isto? Estávamos abrigados por Passione em seu esgoto terrestre. Embora, a tragédia se fizesse presente, garantindo cem porcento dos meus pesadelos... Um colega de dormitório. E eu estaria bem se fosse algo como Cérbero ou um galo cacarejante. Obviamente, Cardan. O castigo divino dos deuses, por todos os meus pecados. Para a minha surpresa, obviamente graças a Cardan, nossos arrepiantes aposentos eram, na realidade, bizarramente elegantes! Se compararmos a minha casinha de infância, um verdadeiro palácio. Eu estava digerindo remédios para dormir. Venenos de animais, sendo exato. Eu estive me fodendo para uma rotina popular em meus dezoito anos, todavia, precisava ser um homem comum aos olhos de Passione. Leves venenos foram a única maneira precisa e funcional encontrada. Ainda assim, apenas algumas horas. E eu jamais precisaria me preocupar em não acordar mais. Para a minha desgraça, por longos e tortuosos quinze anos, meu despertador vivo e sanguíneo.

— Sou mais velho que você! Vai se foder! Eu sou mais velho que você!

E em sua mente, não há fato mais fantástico. Acreditem ou não, _aquilo_ completara, hoje, seus dezenove anos. E eu permanecia nos dezoito. Por míseros quatro meses. Indubitavelmente, estava mais excitado em poder me ridicularizar que para seu próprio aniversário.

— “O viril e sensual príncipe da Inglaterra completa dezenove anos, enlouquecendo ainda mais mulheres que em oitenta e quatro. Será que finalmente escolherá sua princesa?” Oh, Aaron gostosão... Case-se comigo!

Como uma majestosa donzela, joguei-me em seus musculosos braços, afinando e suavizando minha voz. Que nojo... É o pensamento real de suas adoradoras. Um sensual e perfeito príncipe. Um verdadeiro cavalheiro! Culto, sábio, gentil... Onde estaria Cardan? Se o conhecessem além da coroa, não amariam tanto.

— Morra de uma vez, Clifford...

Resmungou, largando-me no chão, arrancando os jornais de minhas mãos. Anualmente, desde que tínhamos quinze, um assunto fundamental passou a ser severamente discutido pelo mundo: Quem se casaria com o perfeito príncipe britânico?

Neste instante, um toque se ouviu. O telefone, que, raramente, tocava. Eu achei que não funcionasse. Cardan o segurou e atendeu, confuso. Não era comum que alguém ligasse.

— Oi.

Era sua mãe, Elizabeth. Não encontrava aquela mulher há anos... Na realidade, nem ele. Eu repudiava os telefones. Sempre zumbiam e uma mísera ligação exigia esforço. Me irritava pra caralho. Se fosse necessário comunicar-me com alguém distante – em hipótese alguma – escreveria cartas. Os britânicos, obviamente, sempre estão um passo atrás dos americanos e ainda usavam até pombos correios. Entretanto, desta vez optava pela tecnologia. Deveria ser realmente importante.

Querido! Você cresceu tanto! Lembro-me de quando era só um garotinho correndo pela corte!

Seu momento mais calmo foi a ejaculação. Seria impossível outro esperma derrotar o vigor de Cardan. Se deseja vê-lo calmo, basta mata-lo.

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