Jornada ao Mundo do Halloween

Uma Festa Assustadora

— "Acorde...Acorde, não há mais tempo, você precisa acordar agora. "

Edward despertou, pulando assustado de sua cama, com o barulho estridente e irritante do despertador tocando e vibrando na cômoda a seu lado.

— O que?...– Ele se perguntou confuso – Droga. Sempre o mesmo sonho, mas nunca me lembro das partes importantes.

Ele se levantou, irritado e um pouco sonolento, tremendo com a brisa fria que entrava por sua janela e invadia seu quarto, sendo acompanhada pelos galhos que arranhavam o vidro e as arvores farfalhando suas folhas em meio a ventania de fim de tarde.

— É, parece que vem uma tempestade por ai. — Ele falou isso olhando as nuvens escuras pela janela de seu desarrumado quarto. Enquanto também encarava a densa floresta que cercava toda a cidade.

Toda noite ele tinha o mesmo sonho, luzes estranhas, monstros, um castelo em chamas, um cemitério. Apenas coisas aleatórias, ele dizia, mas Marlene, sua mãe, frequentemente insistia que os sonhos nós diziam bem mais do que pensávamos.

Mas Edward não estava interessado em sonhos nem em mensagens secretas do subconsciente, principalmente depois de olhar para o velho relógio pendurado em sua parede e perceber que estava quase duas horas atrasado para seu compromisso de pegar doces com seu amigo.

Rapidamente então ele se vestiu, de maneira bastante desajeitada e apressada, colocando sua calça jeans azul esfarrapada, seus velhos tênis all stars, uma camisa branca e seu casaco marrom e tratou logo de sair correndo de sua simples e aconchegante casa para ir encontrar seu amigo na tão tradicional e famosa, Festa do dia das bruxas.

Enquanto andava apressadamente pelas ruas já escuras da cidade Edward se deparou novamente com a estranheza do lugar. Por mais que ele já morasse alí a um bom tempo ele nunca entendeu o motivo das velhas casas terem grades fortes de ferro e prata, além de fechaduras resistentes, feitas de aço, em suas janelas. O clima chuvoso já dava um tom frio e soturno ao lugar, e isso junto ao fato de ver esse costume de trancar as casas fazia Edward pensar que as pessoas estavam com um sentimento constante de medo e tentando se proteger de algo, que ele nunca conseguiu descobrir o que.

Andando sozinho pelas ruas, e tendo esses pensamentos sobre mistérios e coisas a se temer,  Edward começou a ficar um pouco nervoso. A noite a cidade parecia bem mais sombria e fria do que o comum. A chuva leve que caia do céu nublado dificulta sua caminhada, além é claro do breu e escuridão que os postes de luz fraca causavam, e se não bastasse é claro, havia uma neblina densa que cobria as casas, isso juntos as sombras dos galhos seco das árvores davam um aspecto assustador ao lugar.

Edward apressou o passo, tentando não demonstrar seu medo, quando ele sem querer acabou pisando em uma poça de água e sujando seus sapatos.

— Ah não, que droga, justo hoje tinha que acontecer isso comigo, tô sem sorte mesmo.

Ele estava esbravejando irritado, quando sentiu uma mão fria tocando em seu ombro. O jovem pulou de medo, mas se acalmou ao ouvir uma voz familiar.

— Ei calma aí, tá parecendo que viu um fantasma. — A voz familiar vinha de seu vinha amigo, Jason Wilson.

Jason era um garoto jovem, e apesar de ser três anos mais novo que Edward ainda era mais alto que ele. Com seus dezesseis anos Jason era o tipo de pessoa em que a frase "não julgue um livro pela capa" se aplicava.

Ele tinha um visual rebelde, sendo alto e magro, com pele clara, cabelos negros com mexas roxas e raspados nas laterais, brincos, piercengs e anéis por seu corpo, tendo tatuagens cobrindo seus braços, costas e pescoço, e um pierceng na sobrancelha, com alargadores nas orelhas. Mas apesar desse visual exótico, Jason era um doce de pessoa. Ele é bastante honesto, sempre buscando fazer a coisa certa, mas um pouco cético, e seu principal defeito sempre foi a sua fome. Ele é um tipo de pessoa gulosa, principalmente com seu prato favorito, que são os doces.