★Because I Love You★//Shin Soukoku

★Flores★

°Não irei negar, são flores maravilhosas, tão belas como o som da paz e a natureza em si. Acho que poderei ficar em paz depois desse presente.°

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•Atsushi foi para sua casa naquela manhã. Estava exausto, não conseguiu dormir direito nem por um segundo. Sua noite se resumiu em cuidar de Akutagawa que esteve com febre a noite inteira, fazendo com que o albino não descansasse nada. O garoto só queria deitar em sua cama, era a única coisa que mais desejava, mas tinha muitas coisas para fazer ainda. Ele sentia que a qualquer momento iria desmaiar de sono, sentia seu corpo pesado como se estivesse carregando algo grande em suas costas.•

•Ele foi guardar suas coisas e voltou para limpar a casa. No primeiro momento em que iria varrer o local, o mesmo se sentou no sofá, estava cansado, então se sentar um pouco não faria mal•

•Não durou muito tempo para que Atsushi acabasse desmaiando em seu sofá. Ele estava tão cansado que acabou nem resistindo e apenas dormia como um anjo, nem sequer se movia.•

•Assim um longo tempo passou e ele dormia, nada o incomodava, ele apenas sonhava como uma criança. Barulhos de toques na porta eram feitos, alguém batia em sua porta, mas o albino não ouvia, seu sono era pesado. Como ninguém atendia e a porta estava destrancada, a pessoa entra no local. Esse alguém, era nada mais nada menos que Akutagawa, que mesmo doente veio a casa de Atsushi para devolver seu par de luvas que esqueceu na casa do mesmo.•

Aku: Jinko?...__Quando entrou, presenciou o platinado dormindo calmamente em seu sofá. Deu um sorriso e se aproximou.

"Jinko, Jinko, devia estar realmente exausto"__Pensou o moreno.

•Akutagawa pega Atsushi no colo cuidadosamente para que não o acordasse e foi deixá-lo em seu quarto.
Entrando no quarto, ele coloca cuidadosamente o albino em sua cama e joga a coberta contra seu pequeno corpo o cobrindo.•

•Deixa o pequeno par de luvas na escrivaninha do lado, da um beijo em sua testa e se retira indo embora.•

•Alguns minutos se passam e o albino acorda. Se senta na cama até raciocinar o que estava acontecendo e fica confuso quando percebe que está em seu quarto.•

-Hum?...__Boceja enquanto coça os olhos__Como eu vim parar aqui?...

"Gente, será que eu sou sonâmbulo?"__Pensa preocupado consigo mesmo.

-Tem a possibilidade de eu ter vindo pra cá e nem ter lembrado... Que cansaço...__Olha para a escrivaninha e vê seu par de luvas dobradas ali em cima__Estranho..__ele se levanta e vai para a cozinha.

Fui para a cozinha, estava com um pouco de fome. Passando pela sala, avistei uma carta em cima da escrivaninha do lado do sofá. Peguei ela e a abri.

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"Jinko, trouxe seu par de luvas que esqueceu em minha casa. Quando cheguei, você não atendia a porta, e como ela estava aberta resolvi entrar. Avistei você dormindo em seu sofá parecendo uma criança, então te levei ao seu quarto para ficar mais confortável. Deixei suas luvas em cima da escrivaninha de seu quarto. E por favor, te peço que não me mate por vir aqui mesmo doente".

"Ass: Akutagawa".

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Então foi ele que me deixou em minha cama. Quase levei um susto achando que era sonâmbulo, mas ainda bem que não sou. E sim Akutagawa, eu irei te matar, te pedi para descansar e ficar de repouso, mas não foi o que você fez.
Coloquei a carta de volta na escrivaninha e fui para a cozinha tomar um pouco de café para me manter acordado e não deixar que eu durma no sofá de novo enquanto arrumo a casa.

Comecei a limpar a casa e coloquei meus fones de ouvido para ficar um pouco mais divertido o ambiente.

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Após o longo trabalho, sento em meu sofá para descansar. Pensava nos momentos bons que tive com Akutagawa nesses últimos dias, e tive medo do que poderia acontecer depois. Amar já é algo complicado para mim, mas talvez ele possa me ensinar isso.
Eu estava sem nada pra fazer então me deitei no sofá e olhei para o teto enquanto pensava sobre o que poderia acontecer no futuro após minha escolha de ter correspondido os sentimentos de Akutagawa. Eu sei que pensar isso todo o tempo é chato, mas é como se isso fosse um chiclete preso na sola do meu sapato que não quisesse sair de jeito algum. Eu gostaria muito de pensar coisa bonitas e não pensar que poderia machucar Ryūnosuke a qualquer momento e me preocupar com isso. Amor nunca foi algo que eu soube lidar bem, principalmente no tempo em que eu namorava Anna, acho que foi por isso que ela começou a me tratar diferente antes de me assumir, nunca soube demonstrar direito isso, ela tem um ponto em ter me tratado daquele jeito. Talvez se eu nunca tivesse a conhecido tudo seria melhor, tenho receio de que ela possa acabar estragando tudo, conhecendo-a bem, é capaz de ela fazer isso a qualquer segundo - O que pode acontecer nesse exato momento - e estregar tudo. Mas não tenho o porquê de chorar pelo leite derramado, tenho que dar um jeito para que ela não acabe me prejudicando e nem prejudicando o Akutagawa. Gostaria de alguma coisa que transmitisse paz, poderia me ajudar a se acalmar agora.

Sinto que me perco nos meus próprios pensamentos, eu deveria pensar menos e ficar mais atento as coisas que poderiam acontecer. A campainha é tocada e eu vou ver quem seria.

Abro a porta e não vejo ninguém, olho para baixo e vejo um buquê de tulipas brancas no chão junto de uma carta que estava presa a elas. Pego-as gentilmente e tiro a carta que estava presa entre as lindas flores, abro e começo a ler o que estava escrito.

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"Bom, estou pedindo desculpas mais uma vez por sair da cama pra ir até a sua casa deixar seu par de luvas e comprar essas lindas flores que me lembram você. E por favor, não me mate por isso. Espero que aceite esse buquê como um pedido de desculpas".

"Ass: Akutagawa".

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Tá bom, dessa vez eu deixo passar.
°Não irei negar, são flores maravilhosas, tão belas como o som da paz e a natureza em si. Acho que poderei ficar em paz depois desse presente.°

As coloquei em um jarro com água em um lugar onde não poderiam ser derrubadas e guardei a carta junto da outra em uma gaveta.

Vou para a cozinha beber um copo de água e volto para a sala.

Após isso me sentei no sofá novamente e fiquei olhando para a janela que estava alí atrás. Aquele por do sol enquanto uma chuva pequena caia por Yokohama, os carros na rua estacionados ou se movimentando sem parar, as pessoas com guarda-chuvas indo trabalhar ou indo para suas casas se abrigarem desse tempo, aquela rua lotada de pessoas e carros, movimentada até a madrugada. Isso me acalmava. Olhar isso me lembrava de alguns momentos bons que tive com Ryūnosuke, ficar com ele era bom e divertido, Akutagawa poderia ser frio, mas era divertido e legal em alguns momentos, eu não gostaria de contar para ele o que realmente sinto e o que fiz com ele. Ficar pensando isso me deixou com sono, então acabei optando por descansar depois de um dia longo e cansativo de trabalho, e talvez isso possa sair da minha cabeça de uma vez e eu finalmente poderei ficar em paz. Fui para meu quarto. Talvez eu espere mais um pouco para contar a Akutagawa como me sinto, isso pode durar mais um bom tempo do que eu realmente esperava. Eu posso esperar mais um tempinho até eu realmente estar preparado para isso.

Sinto que tudo está tão iluminado para mim