Prólogo

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 Faltava pouco, um sombreamento ali, e uma arrumada no olho direito e estaria perfeito.

Comecei a fazer um traço no olho quando meu celular toca, me assustado e fazendo eu estragar o retrato. Pego o celular com raiva de cima do criado-mudo e vejo o nome do meu pai no identificador de chamadas, ele já a via me ligado três vezes seguidas, e todas as vezes, eu ignorava, mais agora era diferente, raiva me consumia, e eu desejava desconta-la em alguém, e esse alguém seria Gregory por me fazer estragar o desenho que eu estava pintando a mais de uma hora e pelos  acontecimentos de uma semanas atrás.

- Que, que é? – Atendo a ligação.

- Lolita?! – Surpresa e preocupação substituíram a raiva que sentia, a ultima vez que ele me chamou pelo apelido foi quando eu tinha sete anos, e a dois anos atrás, quando minha avó morreu.

- Sim? – Digo mais calma.

- Vem aqui para a entrada do prédio,que eu estarei te esperando. – A uma semanas atrás ele quase bateu na minha mãe e agora quer que eu obedeço ele?, se antes eu pensava que Gregory não me conhecia, agora eu tinha certeza.

- Quando VOCÊ me ligou eu estava acabando de fazer um retrato e eu preciso terminar, fale pelo telefone, aposto que não é nada importante.

- Lyra, eu não estou brincando, vem aqui embaixo agora! É urgente. –Sua voz transmitia pânico, então resolvi obedece-lo.

- Ok, já estou descendo. – Desligo a chamada e vou para as escadas, já que nesse prédio não tem elevador.

Desço as escadas o mais devagar que eu consigo, o que não é muito difícil, já que estou morando no 7° andar. Quando chego na entrada meu pai esta encostado no balcão do prédio, conversando com o rapaz da recepção, Gregory aparentava preocupação e cansaço, ele passava a mão constantemente no cabelo enquanto falava desesperado com Noah.

Comecei a acelerar o passo , mais parei assim que vi quem estava ao seu lado, com uma  mão em sua costa e com a cabeça encostada em seu ombro direito. Como ela ousava pisar aqui depois de tudo que ela vez.

- O que ela esta fazendo aqui? – Pergunto friamente quando estou perto de Gregory, ele tira os olhos do recepcionista e me olha com tanta tristeza, que ate me arrependo de ter chamado sua atenção.

- Lolita, eu sinto muito .

- Sente muito? – Dou uma gargalhada fingida. – Se você sentisse não teria trazido essa...essa...essa mulher com você – Eu queria tanto xinga - lá de cabra e destruidora de família, mais eu não conseguia forma as palavras.

- Não Lyra, ele quer disser que senti muito... pela sua mãe – Aquela vaca me corrigiu com sua voz fina e nojenta.

- Minha mãe oque que tem ela? – Disse sem me importa pelo tanto que eu soava desesperada, olhei para Noah, implorando para que ele me dissesse o que estava acontecendo, mais tudo que consegui lhe arrancar foi um olhar de pena.

Meu pai desencostou do balcão e me abraçou forte, sussurrando varias e varias vezes no meu ouvido " eu sinto muito".

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2015 ⏰

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Lágrimas de Uma SuicídaOnde histórias criam vida. Descubra agora