Capítulos 61: ENVERGONHADO

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SAMMY

Me desperto em seus braços, eu estava em cima dele! Senti minha pele grudada na sua, me fazendo perceber que eu estava completamente nu! Arregalo meus olhos os abrindo de repente, lembrando que fui eu mesmo que tirei a roupa!

Levanto minha cabeça procurando seu rosto e ele parece está dormindo em um sono profundo... ele é tão lindo.
Mas eu tinha que me focar em dar um jeito de sair dos seus braços sem acordar ele! Como eu iria conseguir tal façanha?

Eu literalmente estava em cima dele, com as pernas em cada lado de sua cintura, uma de suas mão estava em volta de mim. Meu corpo de repente começa a queimar. Eu estava totalmente exposto e vulnerável a ele, nada nos cobriam!

Tento tirar sua mão de mim, mas o ato faz ele me agarrar com os dois braços e um gemido de reclamação sai dos seus lábios.

Eu não ia conseguir escapar, então apenas chamo pelo seu nome, mas suas mãos começam a passear pelo meu corpo, tirando arrepios de mim.

Costas, bunda, pernas e bunda novamente... até que suas mãos aperta ali, tirando um grunhido da minha boca.

— Yan... por favor! – Implorei, mas não sei se foi pra parar ou continuar.
— Sua pele é tão macia, essa textura me deixa louco! – Ele fala enquanto passeia pelo meu corpo novamente, ainda com os olhos fechados.

A delicadeza que ele usava no seu toque, era maravilhoso e envolvente, era realmente fácil me perder.

Quando finalmente seus dedos vão para minha bunda de novo, ele abre caminho entre ela, encontrando meu ponto sensível. Meu corpo se arrepia, minha pele queima e meu ventre contrai.

— Yan... – O chamo mais uma vez
— Só relaxa por favor... – Sua voz era tão gostosa que permito-me perder,  acabo levantando um pouco mais a perna pra dar espaço para seus dedos brincarem ali.

E assim ele faz, sinto a ponta de um dos seus dedos me invadir e me contraio todo mordendo meu lábio, um novo frio na barriga me faz gemer. A sensação de tê-lo dentro de mim, me causou desconforto.

— Se você não relaxar eu vou te machucar e não queremos isso..! – Finalmente ele abre os olhos procurando meu rosto, estava tão constrangido que escondi meu rosto nos seus peitos.

— Yan... podemos fazer depois? É quê... desde ontem eu não me alimentei bem, eu não sei se vou conseguir fazer... – Falo a verdade.

Ele tira a mão da minha bunda e me abraça forte, isso era muito constrangedor e de certa forma era tudo tão novo também.

— Você me promete que não vai fazer mais isso? Que não vai dormir com fome? – Sentir culpa em sua voz e isso me deixou mal, então só quis tranquilizá-lo.

— Desculpas, eu não faço mais, eu sempre me alimento bem, bem até demais, foi só porque eu passei o dia ansioso por saber que vinha pra cá! – O que não era mentira.

— Pois eu vou deixar você comer alguma coisa antes... – Ele tira suas mãos de mim, eu levanto minha cabeça achando seu olhar. Suas mãos estavam debaixo da sua cabeça. Eu estava livre, mas seus olhos estava me avaliando com atenção, esperando pelos meus movimentos seguintes.

— Você pode fechar os olhos até eu chegar no banheiro? – Ele abre um sorriso malicioso e fala.
— Tá querendo esconder o quê? Eu já vi tudo ontem, cada detalhe. – Seus olhos estavam tão intenso e escuro que os fechei com minhas mãos.

— Não importa, você precisa mantê-los fechados... por favor! – Eu estava tão envergonhado pelas lembranças de nós dois na banheira! Pego suas mão e levo até seus olhos, tampando sua visão com ela.

— Tá certo, mas vou te dar dez segundos! – Pude ouvir humor em sua voz e novas lembranças me Invade.
— Yan... - Ele começa a contar e saio de cima dele, só tive tempo de chegar no banheiro e trancar a porta atrás de mim.

Meu coração estava batendo rápido, porque ele fazia isso comigo? Ele gostava de me Destabilizar.

Olho no espelho e apesar de tudo que aconteceu ontem, eu consegui dormir bem e minha aparência estava nada mal, me encontrava com um sorriso bobo no rosto.

Nem acredito que eu tive coragem de falar tudo pra ele! Ele realmente iria me aceitar como eu era? Iria aceitar tudo que passei? Todos os meus traumas? Ele agiu tão delicado comigo hoje, ele realmente me desejava... eu gostava disso!

Eu não quero lembrar de ontem, quero que hoje seja perfeito, finalmente eu iria pedi-lo  em namoro e o que ele respondesse, iria deixar bem claro o que ele realmente queria de mim! Mesmo que no meu coração já esteja claro.

Mas me deixo avaliar o banheiro com mais atenção, ele era dividido em três partes. A pia, que tinha uma divisória de mármore entre ela e a banheira, e um box que levava ao chuveiro. Era muito luxuoso.

Minha mochila estava no mesmo lugar,  minhas roupas estavam dobradas e penduradas em um suspensório. Pegando minha cueca, a visto rápido e só agora percebo que eu não a tinha escolhido! Ao ajeitar ela em meu corpo, ela foi até um pouco abaixo do meu umbigo e deixou a metade da minha bunda pra fora, deixando meu corpo sexy.

Eu vou matar o Daniel! Eu tenho certeza que foi ele. Então procuro outra, só que as outras duas que ali se encontravam eram piores! A parte de trás era completamente desprovida de pano e era apenas segurada por elástico na cintura e pernas... então a que eu estava, era a mais comportada!

Porque Daniel fazia isso comigo? Termino de vestir minhas roupas e percebo que tinha tudo ali que eu precisava nas prateleiras, até meu sabonete, ele tinha comprado! Por isso que ele disse que não precisava levar nada.

Faço tudo que tinha que fazer no banheiro e abro a porta bem devagarinho... ainda bem que a porta não fazia barulho, mas ao bater um pouco forte ao fechar, acabou fazendo um clique, me denunciando! Não olho em sua direção e corro em direção a porta que me levaria para fora do seu quarto.

— Sério que você vai fugir? – Ele pergunta. Arrisco olhar em sua direção, ele estava de bruços e pude ver seu corpo forte relaxado na cama, pude ver até sua bunda..! Ele fez menção que iria se levantar então abro a porta falando.

— Vou fazer nosso café da manhã... – passo pela porta a fechando atrás de mim, soltando o ar que estava prendendo, descendo os degraus rápido de mais até chegar a ilha que vi ontem, que com certeza me levaria à cozinha.

Mas tarde demais paro dando de cara com uma mulher muito linda, sua pele era negra e ela tinha um sorriso no rosto quando deu de cara comigo. Um cheiro maravilhoso de café da manhã me invade e engulo em seco, eu estava faminto. Ela vem ao meu encontro.

— San, não é? – Ela pergunta já de frente para mim, confirmo com a cabeça, até parece que tinha esquecido como fala. Mas tento falar e seguida.

— E a senhora é Mary? É um prazer, Yan me falou que sua comida é maravilhosa... – Me repreendo na minha mente por estar falando de comida.

— Exatamente, mas me chame apenas de Mary… posso te dar um abraço? – Novamente confirmei com a cabeça e um abraço acolhedor me envolve.

— Você é tão fofo como Yan disse que é, ele não exagerou em nada! – Ela fala de forma carinhosa pegando na minha bochecha que logo fica vermelha.
— Obrigado... – falei não sabendo como agir. Ela me larga falando com um sorriso doce nos lábios.

— Aposto que você quer tomar seu café da manhã, vem, sente-se aqui que eu te sirvo... – Ela me arrasta para um banco alto e rapidamente me serve de café, começo a fazer uma série de perguntas a ela sobre o asiático que não tardará a tá aqui embaixo, então precisava ser rápido em obter algumas respostas sobre ele.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora