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DAELLA ARREGALOU os olhos quando escutou seu tio a chamá-la pelo seu nome

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DAELLA ARREGALOU os olhos quando escutou seu tio a chamá-la pelo seu nome. A garota estava escondida em baixo de uma poltrona e não fazia ideia de que Aemond sabia da sua presença ali.

– Saía daí, Daella! – Fora o que o Targaryen dissera.

– Não sei se vou me acostumar com você me chamando pelo nome. – Ela falou quando conseguiu sair do esconderijo.

Os dois se entreolharam de maneira envergonhada. Aemond não conseguiu olhar a sobrinha nos olhos por muito tempo e logo desviou. Daella fora se aproximando devagar, ela queria ajudá-lo, tinha que ajudá-lo.

Aemond estava sangrando.

– Não é um bom momento. – O garoto falou ao se levantar.

— Posso resolver isso – Daella começou, sua voz era tão calma e serena que Aemond pensou que a garota o estava enfeitiçando – Posso resolver, se você me deixar.

Aemond se virou querendo esconder o seu rosto e os ferimentos que Otto Hightower havia feito nele. Daella o encarou fixamente, ela sabia o que ele sentia.

Não da maneira que ele sentia, claro que não, Aemond fora mutilado. A garota sentiu vergonha de sua própria aparência por um tempo, quando todos a encaravam com nojo ao perceberem seus cabelos negros.

Ela sabia o que era sentir nojo de si próprio.

Daella deixou o livro que estava em suas mãos em cima da poltrona em que estava escondida e caminhou até Aemond, caminhou sem medo. O platinado estava coberto com um de seus lençóis, em extremo silêncio.

– Tio... – Daella sussurrou.

Aemond não falou nada, apenas balançou sua cabeça em negação. Daella piscou observando os arranhões nas costas do garoto, ela podia fazer com que a dor parasse. A Velaryon caminhou até Aemond e se ajoelhou na sua frente.

Aemond a encarou com o seu único olho, ele estava arregalado.

– Tio, deixa que... – Ela ergueu a mão para tocá-lo mas ele a impediu.

O platinado segurou o pulso de Daella com um pouco de força, seu olho brilhava. Daella suspirou ao perceber que Aemond queria chorar. Nunca imaginou vê-lo naquele estado, tão sensível.

– Você não entende? – Ele disse – Eu sou uma aberração! Sou um príncipe que não possui nenhuma beleza, as pessoas não sentem nada mais que medo por mim.

– Sua beleza nunca me assustou.

A resposta de Daella fez com que Aemond suspirasse e soltasse o seu pulso. O garoto a observou, seu olhar ainda brilhava mas ele parecia estar muito mais calmo.

𝑇𝐻𝐸 𝐶𝑅𝑈𝐸𝐿 𝑃𝑅𝐼𝑁𝐶𝐸, 𝑎𝑒𝑚𝑜𝑛𝑑 𝑡𝑎𝑟𝑔𝑎𝑟𝑦𝑒𝑛.Onde histórias criam vida. Descubra agora